Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sábado, 23 de agosto de 2014

Equipa do F C Porto que derrotou o Lille é a mais nova vencedora em provas europeias


O F C Porto é princípio e fim - como dizíamos aqui no anterior artigo. E é mesmo, tal qual a própria palavra quer dizer, sendo Porto de onde partem e aportam embarcações e tudo quanto abarcam seus meios e destinos. E, por analogia, o Porto é ancoradouro congregador de fortes sentimentos, refúgio de sensações, abrigo de sonhos e ponto de referência superior, qual voo de andorinha, avezinha benéfica, a levar e dar boas novas.

Contrariamente a aves de rapina que andam à cata de presas, à falta de melhor, quase como alguns clubes cujos representantes se julgam mais do que são, maila sua afeta comunicação. A pontos de tentarem por todos os meios minar terreno, até recorrendo a filmes (como alguém dizia, ainda por estes dias), de ficção menor...

Ora, sem ligar a campanhas orquestradas, porque o F C Porto está a começar bem a época futebolística e isso provoca já calafrios em determinadas pessoas, continuamos aqui e agora com mais umas dicas retemperadoras de tempos e modos, aproveitando a maré de recordes que a equipa principal de futebol do Porto está a passar. Desta feita sem tanta repercussão, mas com expressiva mensagem para dentro, por revelar quão apurado e avantajado está o estado atual do futebol portista, comparativamente com tempos de antanho.


Pois então, embora, como diz bem Lopetegui, o F C Porto é que deve ser protagonista, voltamos com algo paralelo, visto o que anda em torno da atualidade do clube merecer sempre atenção e apreço. Daí que, a propósito do jogo da 1ªa mão da pré-eliminatória de apuramento para a Liga dos Campeões, reparemos que a nossa equipa que bateu Lille é a mais nova de sempre a vencer em provas europeias.

Assim, com efeito, até nesse aspeto os “Dragões” fizeram história vitoriosa em França. Com a equipa que se vê na imagem cimeira: Da esquerda para a direita, em cima - Fabiano, Indi, Jackson, Danilo, Casemiro e Maicon; em baixo - Óliver Torres, Alex Sandro, Herrera, Rúben Neves e Brahimi.

Posto isso, passemos a historiar mais esta marca curiosa, relativamente ao F C Porto:

Depois de ter sido dado um passo importante no triunfo em França diante do Lille (por 1-0, como visitante), constata-se que o FC Porto alcançou essa vitória com uma equipa muito jovem em média de idades, dos que alinharam de início. Julen Lopetegui tem demonstrado ser um treinador habituado a apostar em jovens jogadores – Rúben Neves é o exemplo mais evidente - e isso tem-se notado tanto na constituição do plantel como nas equipas apresentadas durante os jogos. 

Estará possivelmente, deste modo, a formatar-se um bom naipe, cujos nomes, por certo, ficarão na História do F C Porto, como alguns símbolos referenciais do passado que  perduram pelos tempos adiante.

= Nomes históricos: José Rolando, Custódio Pinto e Fernando "Pavão"...

Voltando a enquadrar a atualidade destes tempos de 2014: Durante o encontro referente a 1ª mão do decisivo play-off de acesso à Liga dos Campeões, da passada quarta-feira, os “Dragões” entraram mesmo para a história, já, ao apresentar a mais nova equipa vitoriosa em provas europeias - embora contando como terceiro onze com média de idades mais baixa da  história portista, mas, por outro prisma melhor, como formação mais nova a vencer em competições entre clubes europeus. Pois, com a não inclusão inicial de Ricardo Quaresma (de 30 anos) e a entrada de Casemiro (de 22 anos), o onze azul e branco ficou com uma média de idades situada nos 23,48 anos de idade, fazendo assim história no âmbito das estatísticas no F C Porto, sobretudo por ter vencido, ou seja fazendo melhor que as formações antecessoras.

Em todo o caso, para encontrar um onze com menor média de idades nas competições europeias é preciso recuar e recordar um jogo da já extinta Taça das Cidades com Feira (antecessora da Taça UEFA e sua seguidora Liga Europa).


Assim, aproveitando o facto, relembramos: Corriam os anos sessentas e os “Dragões” defrontavam os alemães do Hannover, em 1965, num encontro que ficou marcado por uma derrota por números inesperados de cinco golos sem resposta (que anularam a vitória do F C Porto por 1-0 na 1ª mão). Flávio Costa era o treinador e escalou uma equipa com uma idade média de 22,79 anos, atendendo também ao impedimento de um ou outro com mais idade (como por exemplo o guarda-redes titular, substituído então pelo habitual suplente), através de formação composta por Rui, Atraca, Valdemar, Almeida, Rolando, Luís Pinto, Custódio Pinto, Jaime, Manuel António, Amaury e Nóbrega.

Como ilustração, juntamos fotos relacionadas, mais esta aqui com o plantel alargado com outros elementos utilizados ao longo da mesma época.

Equipa do F.C. Porto, época de 1964/1965. De pé da esquerda para a direita: Rui, Rolando, Azumir, Paula, Miguel Arcanjo, Luís Pinto, Festa, Joaquim Jorge e Américo. Agachados: Jaime, Artur Jorge, Custódio Pinto, Almeida, Rico, Carlos Baptista e Nóbrega (Imagem que, com a devida vénia, recolhemos do espólio do blogue Dragão do Porto).

Depois, outra fornada jovem, com marca dentro do mesmo escalão, alinhou em 1966, um ano depois, quando o clube da “Invicta” voltou a participar na mesma competição com um onze muito jovem (22,89 anos), dessa vez frente ao Bordéus. José Maria Pedroto, o popular Mestre Zé do Boné, era o técnico e, perante as possibilidades do momento, fez entrar de início Rui, Valdemar, Almeida, Sucena, Atraca, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Ernesto, Djalma e Manuel António, num jogo que acabou igualmente em derrota (por 2-1, igualando a respetiva eliminatória, após a vitória portista por 2-1 nas Antas; dando-se por fim o caso da eliminação por moeda ao ar… como ficou na memória histórica).

= Grupo de avançados dessa época: Manuel António, Amaury, Ernesto e Nóbrega.

Até que agora em 2014 a equipa que venceu em Lille, desta feita, foi a mais nova a vencer o jogo correspondente. Havendo, efetivamente, o onze composto por Fabiano, Danilo, Maicon, Bruno Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Herrera, Óliver Torres, Brahimi e Jackson Martínez dado bom resultado e colocado os esquadrão dos “Dragões” em vantagem para a 2ª mão, a ser disputada na próxima terça-feira. 

Assim sendo, daqueles outros tempos, de outrora, serviu o presente, pelo menos, neste caso, para avivar memórias e recordar nomes que muito deram na defesa das cores azuis e brancas.

= Linha atacante de meados da década dos anos sessentas, entretanto com Djalma...

Os tempos agora são outros e o FC Porto é um grande clube europeu mais habituado a vencer, com estatuto carismático e estofo superador de dificuldades, já com tradição de vitórias. Sempre a alcançar novos objetivos e a obter novas forças, consolidando tão grande estatura desportiva.

Armando Pinto

((((( Clicar sobre imagens e recortes digitalizados, para ampliar )))))

1 comentário:

  1. Presentemente a nossa equipa tem uma média de idade bastante baixa. Por outro lado a valia técnica de todos eles é muito boa. Atualmente, a maturidade é adquirida mais cedo porque são acompanhados e preparados na formação especializada, sucessivamente nos escalões a que vão ascendendo e muitos deles chegam à equipa principal já bastante rodados. As equipas B não existiam e são agora uma ótima solução para lhes dar rodagem e traquejo.

    DRAGÃO, SEMPRE!

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