Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 5 de outubro de 2014

Salvé... Data diamantina de Mário Silva, histórico ciclista português do F C Porto !


É nesta data o aniversário natalício de um nome que é um dos grandes referenciais históricos do F C Porto, um ídolo de nossa infância e juventude, como grande representante portista dos inícios da afeição geradora do Portismo aqui do autor destas linhas – o antigo ciclista Mário Silva. Perfazendo neste dia a soma de 75 anos de vida, uma efeméride jubilar que importa assinalar, por quanto ele, o aniversariante em apreço, representou na auto-estima de muitos portistas durante tempos em que o ciclismo foi das mais importantes modalidades no ecletismo do F C Porto.

= Mário Silva, ao sagrar-se vencedor da Volta a Portugal, em 1961. =

No calendário formal das comemorações aniversárias, celebram-se as datas respetivas com atribuição de uma denominação abrilhantadora da efeméride.  Sendo  costume classifica-las como bodas, no sentido que as comemorações inicialmente se referiam à soma de anos passados dos casamentos. Na evolução semântica, por analogia, todos as comemorações passaram a ser classificados por essa tabela e nomes correspondentes. Ora, entre as mais celebradas, como são as bodas de prata (da passagem de vinte e cinco anos) e de ouro (dos cinquenta) há depois, seguindo na distância de 25 anos entre cada qual, a outra conta jubilar dos 75 anos, normalmente conhecida por bodas de diamante, da classe brilhante. É pois assim que, na assimilação de outros factos marcantes da vida social, para assinalar cada um desses eventos se associa o nome dum material valioso representativo, calhando ser de diamante a passagem dos 75 anos. Derivando o nome diamante da palavra grega "adamas", que significa força e eternidade apaixonada. Um significado que calha a preceito no que respeita a Mário Silva, admirado e aplaudido durante os anos em que o F C Porto foi expoente no desporto das bicicletas de corrida, como popularmente se dizia.

= Com a tradicional coroa de louros, de vencedor da "Volta"! =

Mário Silva, efetivamente, foi alguém no ciclismo, no seio da grande coletividade F C Porto e no panorama do ciclismo português durante a década dos anos sessentas – como já recordamos em artigo que aqui lhe foi dedicado, conforme pode ser relembrado no link que indicamos no fim deste texto. Mas nunca será demais tributar-lhe homenagens evocativas, por quanto para sempre o recordamos, a par com uns quantos de diversas modalidades, dos que mais nos despertaram sentimentos Portistas naquelas eras em que não eram muitas as vitórias no futebol, perante o totalitarismo imposto pelo regime político-desportivo desses anos de desvios de atenções perante outros acontecimentos…enquanto noutras modalidades, como o andebol de onze dos campeoníssimos, de evidente supremacia portista, não perpassava grande impacto até sítios do interior do país, ao passo que o ciclismo chegava a quase todas as terras e passava às portas das pessoas, por assim dizer.

= Equipa do F.C.Porto de 1961. Na foto (a partir da esquerda) constam: José Pacheco, Sousa Cardoso, Carlos Carvalho, Sousa Santos, José Pinto, Ernesto Coelho, Mário Silva, Mário Sá, Azevedo Maia, Júlio Abreu e Artur Coelho. =

= Os 5 ciclistas do FCP que terminaram a Volta a Portugal de 1961 (sabendo-se do que aconteceu entretanto…). Vendo-se na pose final, a partir da esquerda: Mário Silva, Carlos Carvalho, Sousa Santos, José Pacheco e Sousa Cardoso. =

Relembre-se que o ciclismo é uma das modalidades desaparecidas das atividades do F C Porto, mas, mesmo assim, ou apesar disso, passadas mais de três décadas o F C Porto ainda detém o máximo de vitórias individuais e coletivas no historial da Volta a Portugal em bicicleta. E trinta e um anos depois de ter acabado a modalidade no clube, o ciclismo do F C Porto é ainda das modalidades mais recordadas nas memórias dos adeptos Portistas. Transportando boas recordações os triunfos como o de Mário Silva, vencedor da Volta a Portugal de 1961 e com outras boas classificações e vitórias em Voltas, Grandes Prémios e Circuitos que se seguiram durante a sua carreira distinta. Em vista disso marcamos território justificativo com algumas imagens, quer do arquivo pessoal do autor, como algumas da página do facebook do próprio Mário Silva, como ilustração.

= Equipa do F C Porto, na pista e perante o público do estádio das Antas, na hora da consagração  da vitória individual de Mário Silva e coletivamente do F C Porto, no Grande Prémio Robbialac de 1965. A partir da esquerda:  Onofre Tavares (treinador), José Pacheco, Albino Alves, Cosme Oliveira, José Pinto, Mário Silva e Joaquim Leão. =

Sintomático desta constatação é o facto de ainda recentemente, na revista Dragões, em seu número correspondente ao mês de Agosto, ter vindo uma galeria retrospetiva das vitórias individuais de ciclistas do F C Porto na Volta a Portugal – de onde se respiga a parte respeitante à Volta de Mário Silva.


A propósito, como na noite da inauguração do pavilhão Dragão Caixa houve uma homenagem pública a alguns dos que são Lendas do F C Porto, num momento que nem deu para lhes ver a cara, praticamente, por ter sido quase às escuras, como é normal na ocasião de brindar em festejos, seria de fazer algo do género agora relativamente ao museu atual, em data oportuna, por exemplo (porque não no aniversário da abertura ao público…?) de modo a juntar Estrelas da História do F C Porto naquele museu simbolizado precisamente numa estrela, qual genérico desse espaço da constelação azul e branca de sempre. 

= Momento do brinde de honra na inauguração do “Dragão Caixa”. =

Considerando-se assim, desses antigos atletas, como autênticos senhores muito importantes do F C Porto e merecedores de tal concentração de estrelas, aqui para quem se exprime por estas palavras escritas: o Mário Silva e alguns outros ciclistas salientes, naturalmente, mais uns Américo, Festa, Armando, Gomes, Oliveira, Rodolfo, João Pinto, Vitor Baía, do futebol, Cristiano, Barbot, Fernandes, Brito, Leite, Magalhães, Castro, FranKlim, Vitor Hugo, Alves, Reinaldo, etc. do hóquei, Isolina Pinhel, Carlos Carneiro, Brazeta Oliveira, Manuel Sousa, Viães Lemos, Jorge Aragão, Aurora Cunha, José Sena, Fernanda Ribeiro, etc, também, do Atletismo, Fátima Pinto, Francelina Valadares, Franqueira, Paula Santana, Teresa Figueiras, Rui Borges, Paulo Trindade e mais da natação, Leandro, Borges, Filipe, Resende, Moreira, e quantos mais do andebol, o Manuel António, o Babo e Cª do basquetebol, Juliana, do pugilismo, Rui Costa, João e outros do bilhar, e por aí adiante, dos ainda vivos, felizmente, que podem representar épocas, factos e feitos da vida gloriosa do F C Porto…

Fica a dica de lembrança, à consideração de quem de direito.

= Mário Silva em pleno esforço de trepador, à frente de Joaquim Agostinho. (Numa época em que a secção de ciclismo do FCP usou camisolas diferentes, relativamente às outras modalidades do clube, derivado à publicidade, ainda não existente nas restantes camisolas, ao tempo). Imagem de dois  grandes do ciclismo Português, de épocas distintas, que ainda chegaram a correr juntos. Aqui a foto reporta a uma etapa em que Mário Silva venceu Agostinho, na tirada Alcains-Seia, com passagem pelas Penhas da Saúde. =

Entretanto e quanto ao que nos é possível, aqui deixamos nossos efusivos votos de parabéns ao “Mário Silva do Porto”, juntando nesta data especial uma mensagem de reforço ao Portismo que corre nas veias, enquanto força simbólica que merece nosso afeto.

= Na imagem, acima: Homenagem a Mário Silva, por uma associação cultural de sua terra natal, em Caldas de S. Jorge-Feira, com a presença de Jorge Nuno Pinto da Costa, Presidente do F C Porto, em Novembro de 2005. =

((((Clicar sobre as imagens, para ampliar))))

Nota: E... Confira-se (clicando no link seguinte) em “Mário Silva: um Ás dos pedais dos anos deouro do ciclismo do F C Porto

Armando Pinto

3 comentários:

  1. Tenho bem presente na minha memória a figura frágil de Mário Silva e o feito maravilhoso que almejou aos 20 anos de idade, vencendo a Volta a Portugal em bicicleta. Nesses tempos, era o ciclismo que nos confortava a alma portista com as vitórias de Fernando Moreira, Moreira de Sá, José Pacheco, Onofre, Joaquim Leão, Sousa Santos, Carlos Carvalho, enfim, uma elite de campeões que nos davam grandes e maravilhsos triunfos.

    Lamento que o nosso Clube tivesse abandonado a prática do ciclismo profissional mas compreendo que seria muito difícil competir com equipas de marcas com poder económico, ao tempo, muito acima das possibilidades do Clube.

    Mesmo assim, o ciclismo deu muitas alegrias aos adeptos e contribuiu para a projeção que hoje o FC do Porto goza.

    Abraço.

    DRAGÃO, SEMPRE!

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  2. Parabéns e muitas felicidades Mário Silva. Lembro bem do seu último ano em que correu pelo Porto como deu luta ao Agostinho, que depois acusou doping, mas como você se desgastou beneficiaram outros, como o Andrade, que subiu ao primeiro lugar de vencedor dessa volta. Foram muitos anos em que você esteve sempre entre os melhores. E nos fazia ve-lo como primeiro chefe de fila da nossa equipa.

    António Castro

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  3. A sua boa sugestão não deve ter sido atendida, infelizmente, porque para essa altura está anunciada a entrega dos dragões de ouro. Conforme foi anunciado hoje. Contudo podiam juntar tudo, mas deve ficar para outra ocasião, se for. Também não sei se seria bem, porque a gala dos dragões é mais para vips, incluindo a entrega do dragão de sócio todos os anos por norma que não se entende muito a sócios ou simplesmente adeptos que ninguém sabe o que fizeram. Digo contudo que pode ser que não caia em saco roto e façam essa homenagem aos considerados nossas estrelas ainda vivos, enquanto estão vivos os que ainda estão agora.

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