Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Final de campeonato para sempre lembrar…


O Campeonato português de futebol está ao rubro, vermelho pelo favorecimento ao clube do regime, mas também abrasado pela luta que vem sendo dada pelo F C Porto, apesar de tudo. Estando ainda aberto quanto a definições, perante as possibilidades à conquista da mais importante prova do calendário do desporto-rei em Portugal. Enquanto a prova caminha para a fase decisiva, num final de campeonato a prender atenções.

Um cenário desses tem ocorrido por diversas vezes, em anos diversos, estando de fresca memória o campeonato decidido ao minuto 92 com o golo vitorioso de Kelvin no célebre Porto-Benfica que figura no Museu do F C Porto by BMG; tal como antes houve o inesquecível título conquistado em casa do adversário de estimação, em pleno estádio da Luz, que no fim ficou às escuras e de rega ligada por mau perder... Assim como, bons anos antes, aquele campeonato de épico momento nas Antas, do golo de Ademir que, praticamente, acabou com a travessia de longos anos. E, entre diversos mais, o do caso-Calabote, em 1959…

Ora, como esse é um exemplo que jamais poderá ser esquecido, recorda-se esse facto aqui e agora, para os devidos efeitos. E, para que conste, deitamos mão a uma página da obra “O Século XX do Desporto”, do jornal A Bola, onde, apesar de se notar umas pontinhas do que aquele jornal lisboeta é useiro e vezeiro, o essencial é até ali confirmado.


Um final de campeonato para sempre lembrar: Assim como houve o holocausto que há quem pretenda negar, historicamente, sabendo-se de tal barbaridade que fez sofrer tanta gente; também casos houve, num outro nível obviamente, como neste caso do desporto da bola, em que o sistema BSB dominou a seu bel-prazer o futebol luso, não olhando a meios. Panorama que ultimamente tem sido reavivado, com campeonatos dos casos estorilgates, túneis, etc. O que presentemente tem ocorrido com a sistemática expulsão de jogadores das equipas adversárias nos jogos do Benfica, de forma ao clube do regime ter a vida facilitada, além de penaltis a esmo (para um lado e nada para o outro), mais as obstruções apontadas pelo árbitro italiano Colina e tudo o mais...  O que volta a trazer acima que este campeonato de 2014/2015 está a ultrapassar as raias da decência. Como não se pode esquecer jamais o de 1958/1959. Algo para também ter sempre presente, ao que se vê.

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

3 comentários:

  1. Já decorreram muitos anos sobre este memorável momento, que foi um dos mais saborosos triunfos que me lembro de ter vivido! Hoje, sinto um orgulho indescritível por ter esperado 19 (!!) anos por uma conquista tão difícil quanto desejada, e ainda sinto a emoção daquela dramática espera de quase dez minutos para que terminasse o escandaloso conluio calabotiano da Luz.

    Depois, aconteceu Viena...!

    DRAGÃO, SEMPRE!

    ResponderEliminar
  2. INOCÊNCIO João Teixeira CALABOTE (n. 29.03.1917-f. 02.01.1999), de Évora. No rankimg dos árbitros portuguesa internacionais em 2009 estava em 70º lugar, tendo usado as insígnias da FIFA entre 1953/54 até ter sido irradiado em 1959. Nessa lista Xistra era o 69º classificado, a condizer com o chamado Xistrema.

    ResponderEliminar
  3. Do Jornal de Notícias, em "Calabote-50 anos depois":
    «----- Porém, em cima do minuto 90, Teixeira faz o 3-0 e volta a entregar o título ao F. C. Porto. O jogo termina a seguir, mas não há campeão. Na Luz, ainda faltam jogar oito minutos, mais os quatro de compensação concedidos por Calabote - que ainda expulsou três jogadores da CUF -, quando, na altura, não era normal dar-se mais do que dois. Foram 12 longos minutos de sofrimento em Torres Vedras, enquanto o Benfica desespereva por mais um golo, que não veio a acontecer. A festa mudava-se, de vez, para as Covas.

    Poucos dias após o mais dramático epílogo dos campeonatos, Calabote é alvo de inquérito federativo e acusado de ter mentido no relatório, escrevendo que o jogo principiara às 15 horas e terminara às 16.42 horas. O árbitro de defende-se e diz que o seu relógio é que vale. Nada feito. É acusado de corrupção, mas diz que nunca recebeu um tostão. É irradiado uns meses mais tarde.

    ResponderEliminar