Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 8 de março de 2016

Considerações desportivas e sociais, a pensar no que dizem de não se poder desculpar nada com arbitragens (mas aceitam desculpas para os erros de arbitragens)…


Recordo-me bem de quando faleceu Salazar, o político que então era uma espécie de Guru aos olhos do povo, com o tabu que havia em falar-se de política. Pois então, estava a decorrer a Volta a Portugal em bicicleta, que à época era seguida através da rádio, com transmissões espaçadas recorrendo a chamadas aos repórteres que acompanhavam a prova e iam relatando o que se passava na corrida; sendo o ciclismo uma modalidade desportiva que se seguia ao futebol, nesse tempo. E nessa ocasião, devido à morte do antigo chefe do governo, durante três dias as emissoras radiofónicas deixaram de ter as habituais informações da Volta em cima do acontecimento, tendo passado apenas a transmitir música sinfónica e marchas militares. O que motivou certo descontentamento entre a voz popular, como se ouvia entre amigos e conhecidos, porque os ouvintes não percebiam porquê, já que ninguém sabia nada de política nem de políticos, a não ser pelo que se ia recebendo na comunicação, pela rádio e televisão.

Isto como simples exemplo.

Foi assim, por meio do que diziam e escreviam na comunicação social sediada em Lisboa, que o povo numa grande maioria se informava e cultivava, derivando forte influência em pessoas mais impressionáveis, no sentido de se deixarem influenciar, por não saberem ou poderem pensar por sua cabeça e conseguirem discernir pelos sentidos.

Tanto era que, quando se deu o 25 de Abril, em 1974, pouca gente entendeu de imediato o que estava a acontecer, sobretudo por nem haver ideia do que havia por trás de tudo e o que se passara antes. Não faltando quem, dos que antes iam atrás do que se dizia, logo viraram a agulha e passaram a um estado de euforia, porque era o que andava no ar, por assim dizer.

Passados anos, quase nem se sabe o que é ser de esquerda ou direita e já são menos os votantes que os que não exercem direito de voto...

Isto, noutro exemplo, sem se fazer julgamento de comportamentos, mas de mentalidade das multidões, das chamadas maiorias.

É pois isto que lembra agora, no plano desportivo, quer em desígnios de quem acompanha o fenómeno e sente paixão por uma causa ligada aos meios desportivos, quer por quem apenas vai com os outros, como se diz. Porque presentemente há adeptos que acham bem e politicamente correto o repetirem conceitos ouvidos ou lidos na comunicação mediática, não faltando quem atire que não se deve desculpar nada nem ninguém com arbitragens, como dizem, quando os árbitros influenciam resultados. Como esta época está a ser abusivo. Sem olharem à razão verdadeira e procurarem entender o que se passsa, na verdade

Obviamente que o F C Porto não está como devia ser e estar, mas, se virmos tudo por todos os ângulos, os adversários não estão melhor servidos de jogadores, nem a jogar melhor, apenas que o campo tem inclinado a favor. Basta ver como o F C Porto com todas as limitações, que têm sido evidentes, venceu o Benfica em dois jogos em que a arbitragem não pôde fazer das suas... Pois quando conseguem meter tipos como o Xistra, o Rui Costa, mais os tais do talho e da tasca e outros que tais, já se sabe...

Sem querer ferir suscetibilidades, mas tão só porque não gosto da maneira de quem vai com os outros só por convir ou por ouvir, lembro que o tempo pascal comemorativo que se aproxima é bem exemplar, para trazer à ideia como se passa de um extremo ao outro na mente humana. Então não é que uma multidão de Jerusalém recebeu Jesus Cristo apoteoticamente com palmas e passados dias pediu a sua crucificação? E entre os próprios apóstolos que acompanharam seu Mestre durante anos, depois houve quem o negasse…? E no meio de algum povo que seguia o Cristo Messias nas pregações, por fim não apareceu quem lhe cuspisse na cara?! E os que se deixaram influenciar nos julgamentos de Caifás e Herodes, a pontos de terem preferido um tal Barrabás…?

Enfim… Há que haver coerência e clarividência. Temos uma cabeça para pensar e não a dos outros para nos impressionar!

Armando Pinto

12 comentários:

  1. Armando, acho é que não se pode resumir tudo à arbitrsgem. Mas já agora, depois do colinho da época passada, não devia o FCP começar a atacar o problema, como tu, eu e outros fizemos e não só agora quando tudo parece perdido? Lembras-te da entrevista de PC ao Porto Canal e do Júlio Magalhães ter dito que o FCP não tinha queixas das arbitragens?
    Abraço

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  2. Vila Pouca, até à altura da entrevista, na verdade, nos jogos do F. C. do Porto, não havia nada a dizer.
    Eles sabem fazer as coisas subtilmente e aquele "azar" com o Nacional tirou-nos autoridade para falarmos nos jogos dos "outros".
    Claro que esta Xistralhada em Braga, revolta, porque nota-se que foi premeditada e objectivamente para nos afastar de qualquer ambição que ainda poderíamos ter, mas...temos que ser muito melhores, mais corajosos, mais capazes dentro do campo.

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  3. Por favor, anónimos não. Este aqui acima passou porque não ofende ninguém, segundo penso. Mas como já tenho dito tantas vezes, tem de haver alguma indicação, mesmo com pseudónimo (desde que eu possa saber algo mais, entretanto). Senão, não...
    Armando Pinto

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    1. Cabeça quente passada... lá nos recompomos.

      Nada que nos surpreenda e não de agora, mesmo quando ia-mos ganhando com jesus ajoelhados ou não.

      Está à vista dos olhos e nem é preciso dizer amem ao que dizem hoje Álvaro Magalhães, Manuel Serrão,Abreu
      Amorim e, sobretudo, Pedro Marques Lopes no JN de hoje.

      Leitor fiel de O Porto,

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  4. Subscrevo o texto e gosto, aprovo o que diz. Bem dito e escrito. Está na moda o povo portista ir com os outros, pelo lado mais fácil. Os adeptos dos clubes de Lisboa até devem rir-se. O jornal O Jogo tem uma reportagem que mostra nalguns pontos que se aproveitam do que alguns que se dizem portistas andam a dizer nas redes sociais, à vista de toda a gente. Por muito que a gente saiba que há muitos do contra intrometidos, com perfis falsos e outras coisas. E há muitos que andam a criticar só porque perderam favores dentro do Porto clube ou têm outros interesses. Quando o FC Porto ganha não aparecem, ou vemo-los a aplaudir quem agora criticam.

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  5. O F.C.Porto teve um único jogo em que foi beneficiado, tudo nos saltou em cima, até o presidente do Benfica veio dizer que nunca tinha visto nada igual. Nós tivemos tantas razões para falar e nunca falamos. Mais, aquela que foi a arbitragem meias vergonhosa da época, a de Xistra no Vitória vs Benfica, passou-nos completamente ao lado, só falamos agora. Se fosse ao contrário, pelos antecedentes, voltaria a ser o bom e o bonito. Porque acho que temos de jogar melhor, ter a capacidade que perdemos de nos transcender, dar tudo nestes jogos decisivos, disse que não podemos resumir tudo aos árbitros.

    Abraço

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  6. É evidente que também penso que não se pode atribuir tudo às arbitragens, concordando naturalmente com o Vila Pouca e com todos os que assim pensam, dizem e sempre afirmaram construtivamente. Havendo algumas afirmações noutros comentários também pertinentes e lógicas.
    O que aqui procurei transmitir é que com tudo o que anda a ser disparado através das redes sociais e conversas de cafés é que se está a deixar de lado o mais importante, que é o grande prejuízo sentido pelo que nos é feito sistematicamente pelas manobras de bastidores, de que as arbitragens são resultado final. A direção do F C Porto tem pecado em não lutar por todos os meios, como antigamente acontecia, dando ideia que desde o processo do inventado apito tudo ficou de mãos e bocas atadas. Deus queira que ainda possamos voltar a sentir o F C Porto que nos fez viver os melhores momentos desportivos, sem festas sociais de colunáveis mas sim festejos populares de vitórias. Porém dando outra imagem para o exterior, de maior identidade e união, de toda a gente portista.
    Abraço a todos os amigos que aqui convivem neste espaço virtual.
    Armando Pinto

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    1. Um pedido.

      Não censure p.f. e de publicidade ao escrito de hoje em "Brasão Abençoado" do PEDRO MARQUES LOPES.

      Sabemos que é em "A Bola" (de hoje) mas não estignemos.

      Quer concordemos ou não faça ao menos os portistas REFLECTIR.

      Por nossa parte subscrevemos na TOTALIDADE o artigo que nun fundo é uma grande "peça pedagógica" e de ALARME...

      Como dizia o outro... "depois não digam que não avisamos".

      Esperemos que, depois de MST (Miguel Sousa Tavares), CAA (Carlos Abreu Amorim), PML (Pedro Marques Lopes) não seja judicialmente incomodado...

      Repetimos: não censure p.f., como jornalista que é (ou já foi).



      O seu fiel leitor de "O Porto",



      P.S. Uma aposta? Domingo e 4ª feira teremos o senhor presidente no Dragão Caixa a assistir aos n/ jogos o que é muito raro garantimos; E porquê? Adivinhem com quem jogamos. Por nós já amanhã estaremos no andebol contra o... Boa Hora.

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    2. Não sou nem fui jornalista remunerado, profissional ou com qualquer outra benesse, apenas sempre um colaborador amador (por carolismo) quer do e no jornal O Porto, antigo órgão oficial do F C Porto, como da revista Mundo Azul, ex-do Conselho Cultural do F C P, bem como de jornais de imprensa local, antes do Notícias de Felgueiras, durante quase 15 anos, e há cerca de 20 anos já do Semanário de Felgueiras. Por isso nunca me considerei jornalista, até porque só no último ano de colaborador d' O Porto me foi entregue um cartão de colaborador, e no resto nunca tive nada, nem pedi.
      Armando Pinto

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  7. Do site Dragões diário

    Sabem qual é a única equipa, das 18 que compõem o campeonato, que ainda não viu um jogador adversário ser expulso, seja por cartão vermelho, seja por acumulação de amarelos? Sim, é mesmo a equipa do FC Porto. Em 25 jogos do campeonato o FC Porto é a única equipa que ainda não dispôs de um minutinho que fossse de vantagem numérica. E será que é por os adversários do FC Porto terem ataques súbitos de fairplay e boa conduta? Claro que não, como ainda se viu este domingo em Braga, quando aos dez segundos e aos oito minutos houve duas entradas duríssimas, que nem amarelo justificaram no critério especial do senhor Carlos Xistra.

    O senhor Xistra deve ter terminado o jogo com a noção da missão cumprida, para agrado de António Salvador, o presidente do Braga que falou para elogiar o trabalho do árbitro. Claro, o árbitro foi cúmplice da agressividade dos jogadores do Braga e ainda lhes perdoou duas penalidades claras. Se era para nos meter medo para a final da Taça, desenganem-se.

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  8. Mais uma vez inclinaram-nos o campo ; mas também é verdade que não estamos bem e isso reflecte-se em todos os jogadores por muito bons que sejam . abraços portistas.Hernani Rocha Açores

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  9. Repararam nos amarelos cirúrgicos para o Boavista ...... Com quem será que vão jogar a seguir ; Abraços Hernâni Rocha Acores

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