Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Evocação do grande Dale Dover, o melhor basquetebolista que atuou no panorama português da bola ao cesto!


Os deuses são eternos. Como se diz em frases feitas de memória. E como até tem sido tema para filmes e se aplica no desenvolvimento histórico. Tal o que calha a preceito para evocar uma recordação do grande basquetebolista Dale Dover, o valoroso encestador que passou pelo basquete portista e foi o melhor basquetebolista de sempre que jogou nas provas portuguesas por equipas nacionais.

Dover foi um caso à parte, um ídolo endeusado que cativava adeptos. Com ele a jogar os pavilhões enchiam, a pontos de mais ter feito sentir a necessidade do F C Porto ter um pavilhão próprio, levando à construção do primeiro pavilhão para jogos de competições que o F C Porto teve, o Gimnodesportivo das Antas.

Em harmonia à sua maneira de atuar, era conhecido popularmente por "Flash" Dover. Naquele tempo de que guardamos foto coeva, que ainda é do arquivo pessoal do autor.

A propósito, no “Dragões Diário” vem uma forma de recordação que apraz vincar, como forma de mais fazer perdurar sua imagem à posteridade:

«Viu Dale “Flash” Dover jogar? Lembra-se de uma das lendas do basquetebol do FC Porto no início da década de 70 (do século XX), que tinha médias de 40 pontos por jogo e que enchia os pavilhões portugueses? Falamos-lhe dele, da grande figura do título de campeão nacional de 1971/72, porque o norte-americano apareceu cá na cidade do Porto de surpresa para "matar saudades" e conhecer a estátua que o imortaliza no Museu, que visitou, tal como o Estádio do Dragão. Dover recordou, sempre a falar em português, os tempos memoráveis com a camisola azul e branca e, no fim, confessou ter ficado “portista para sempre”. O FC Porto ficou no coração de Dover e Dover também ficou no coração do FC Porto».

Eis então, como aqui fica, umas imagens de vídeo reportando essa recente visita do “Flash” Dover ao Museu F C Porto by BMG:



Armando Pinto

((( Clicar sobre a imagem de cima, para ampliar. E na seta do vídeo, para aceder ao filme )))

1 comentário:

  1. Subscrevemos todo o merecido elogio ao mágico DALE DOVER cujas referências mais que justas não se esgotam.

    Mas vamos ser rigorosos e recordar como ficou a secção pós-Dover.

    Poucos anos depois (salvo erro tres ou quatro) só não se baixou à 2ª divisão como que por milagre... Ou melhor: porque o grande dirigente MATOS PACHECO foi ao sul (Belenenses salvo erro) buscar o Prof. Jorge Araújo na altura com pouco mais de 30 anos de idade.

    Aconteceu que "consequência" do 25 de Abril que coincidiu com o "desaparecimento" estranho (ou talvez não) de Dover houve uma profusão de basquetebolistas "retornados" e ao FC Porto chegaram alguns que em vez de melhorarem a sua prestação... pioraram "provocando" deserções como foram as de Gomes e Manuel António, entre outros.

    Lembramo-nos bem de ir a S. João da Madeira (o Pavilhão Dr. Américo Sá estava interdito) assistir a um jogo com o Benfica; se perdessemos desciamos de divisão. Ganhamos...

    E na época seguinte seriamos de novo campeões nacionais, titulo conquistado em Sangalhos a que assistimos.

    Sem dúvida que não há adjectivos para qualificar, como atleta, Dale Dover, mas também é bom lembrar que o FC Porto na altura começava já a preparar-se para disputar titulos que já não aconteciam há muitos anos, fruto de uma
    "escola" produzida pelo americano Jeffrey e pelo paraguaio Ruben Lopez, que não se limitavam a ser basquetebolistas-treinadores mas também tinham a seu cargo a formação e das suas "mãos" sairiam os Gomes, os Assunções, os Portelas, os Manueis Antónios, os Babos, os Benjamins, etc., etc.

    Dale Dover "limitou-se" a dar-nos o titulo nacional (e não foi pouco) de 1972 mas não deixando "obra",pelo contrário, mas não sendo sua a culpa.

    Verdade que na época seguinte (1972/73) sucedeu-lhe uma lesão grave passando-a maior parte do tempo no hospital (Hospital de Santa Maria) onde tinha um cesto pregado à parede...

    Na época seguinte (1973/74) passou-se o que se disse e se sabe... e fiquemos por aqui.

    Podemos não estar muito precisos nas datas mas os factos e acontecimento sucederam mesmo assim.

    As nossas primeiras memórias do basquetebol portista vêm do principio dos anos SESSENTA com grandes equipas e basquetebolistas como foram o CASIMIRO, o QUEIRÓS, o MOISÉS, FRAZÃO, etc., etc., liderados e acompanhados por esses citados não menos grandes JEFFREY e RUBEN LOPEZ.

    Não esquecendo nunca o já referido MATOS PACHECO que nos últimos tempos deve ter dado muitas voltas na sua tumba. Um homem que mereceria uma especial referência neste blogue excelente. Possivelmente já aconteceu...

    Cumprimentos.

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