Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Em tempo primaveril de outras eras – Torneio da Taça da Páscoa e Jogo Internacional da Quadra Pascal


Já com uma soma significativa de anos em cima, mesmo não tendo (em nome pessoal, ainda) assim anos a mais – senão teria de ser já uma provecta idade – conhecemos contudo história de muitos anos, no caso sendo já 123 de existência do FC Porto. Estando então bem conservado, como todos nós os que se interessam pela História Portista, para o que nos diz isso tudo, tanto como sabemos também quem foram nossos antepassados, mesmo os que não conhecemos, porém sabendo terem existido. Vindo a talhe, em fase primaveril, lembrar que em tempos houve um torneio particular, mas de âmbito nacional entre equipas principais dos melhores clubes do país, chamado Taça da Páscoa, até, de cujo rasto não tem havido referências nos meios medianos…


Ora a Páscoa, em plena Primavera, sempre foi época de revigoramento, em ambiente efusivo natural. Em cujo contexto, tal como a Primavera é associada às andorinhas, que por sua vez representam amor fiel, porque normalmente voltam ao mesmo local onde anteriormente fizeram ninho, assim como ao longo da vida costumam ter um único parceiro, simbolizando então valores como a família, o lar, a lealdade e pureza da fidelidade, também a Páscoa, festa da família, é simbolizada em imagem da cruz engalanada, decorada de modo terno e atraente, qual festiva apresentação da mesma cruz redentora – que na tradição popular, felizmente ainda preservada sobretudo no Norte do país, passa pelas casas de cada comunidade na Visita Pascal, o chamado Compasso, que se torna forte motivo do dia ser familiar, juntando as famílias.


Ainda com o eco da campainha do compasso na retina da memória, trazemos desta feita, aqui à lembrança pública, algo da antiga ligação portista à quadra pascal (porque estes apontamentos, embora datados, como este de agora, não serão limitados no tempo, sendo que continuarão depois a ser lidos e consultados). Exemplificando com dois casos, a começar pelo referido torneio da Taça da Páscoa, com exemplo da vitória do FC Porto na Taça da Páscoa de 1941. Como se pode ler através do 3º volume da História do FC Porto, escrita por Rodrigues Teles, nas “Efemérides do Ano de 1941”:


Volvidos anos – passando ao segundo exemplo – o FC Porto recebeu na época da Páscoa de 1953 uma boa equipa estrangeira, vinda da zona dos Alpes, «a categorizada equipa suíça “Servette”», em jogo disputado no então novo estádio das Antas, entretanto entrado em funções no ano anterior, como se sabe. Dessa vez com resultados algo menos felizes, em receita e resultado do prélio, já que algum público devia ter andado mais pelas idas às terras de proveniência para receberem o Compasso e assentarem presença nas habituais reuniões familiares, enquanto o jogo terminou empatado.


Desse encontro juntamos mais uma crónica do mesmo volume histórico, em tempo de transição para a geração dourada da década de cinquenta: jogavam já alguns dos monstros sagrados dessa era, a par com alguns jovens entrados no plantel sénior, como se passava então no caso do então jovem guarda-redes Américo, que era já suplente de Barrigana, ao tempo. Entre curiosidades diversas.


Armando Pinto

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