Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

FC Porto Triunfador da Volta a Portugal / 2017, com Raúl Alarcón “Camisola Amarela” Vencedor da Geral Individual, + Vitória Portista por Equipas e Prémio da Montanha de Amaro Antunes!


Já está. Terminada a Volta dos 90 Anos ao final da tarde do dia santo da Assunção, a 15 de agosto, o FC Porto triunfa em toda a linha: A equipa W52-FC Porto-Mestre da Cor vence a Volta a Portugal de 2017, a 79ª edição da Grandíssima Portuguesa, conseguindo assim mais títulos, passando a ter 14 vitórias individuais e 15 coletivas, em triunfos de vencedores da Geral Individual e vitórias da classificação de Equipas.


Como cereja no topo do bolo, na última etapa, em dia de consagração, com o ambiente colorido por bandeiras, cachecóis e camisolas do FC Porto no corpo e mãos de apoiantes portistas, Gustavo Veloso venceu o Contra-Relógio em Viseu e mais embelezou a festa que se seguiu.


Ora, aí está no quadro de vencedores: Raúl Alarcón é o grande vencedor da Volta; mais 2º lugar para Amaro Antunes, também o melhor na Montanha; W52 - FC Porto - Mestre da Cor dominou por equipas; e ainda Alárcón venceu também a classificação do Combinado. Bem como o FC Porto “mete” 5 ciclistas “nossos” nos 10 primeiros classificados da etapa final, fazendo “Penta” no chamado “Top 10” do contra-relógio; e especialmente 3 no Top dos 10 melhores da classificação Geral, no final, tal o 1º e 2º, através de Alarcón e Antunes, mais o 6º com António Carvalho, portista que fez uma grande Volta também. Isso tudo, após os ciclistas do FC Porto terem ganho seis etapas, das quais 5 etapas em linha e mais 1 de contra-relogio, enquanto a camisola amarela andou no corpo do Alarcón do FC Porto desde a 1ª etapa, ao segundo dia, depois do “crono” do Prólogo. O FC Porto é mesmo um caso entre aspas, um grande clube, num mundo à parte.


Foi pois um autêntico festival dado pelo FC Porto, nesta corrida feita pelos homens de azul e branco vestidos (um dos quais entretanto de amarelo pela liderança e outro todo de azul da camisola de rei da montanha). Algo que muito “lixou” os comentadores televisivos e de vários outros órgãos de comunicação, entre gente que não conseguiu disfarçar a azia de ver o FC Porto a seguir à frente e somar sempre mais… Tal como um ou outro responsável de outras equipas não esconderam como isso os desgostou. Sem esquecer o facto do Sporting, a equipa titulada amplamente como principal opositora, não ter conseguido ganhar nenhuma etapa, sequer, nem tendo qualquer lugar de destaque, quedando-se o seu melhor representante no 4º lugar da Geral. Algo que se ocorresse com o FC Porto era sistematicamente lembrado e repetido ao longo dos dias e pelos tempos fora, mas assim nos médias nacionais não é lembrado.

Para a História: Raúl Alarcón sucede a Rui Vinhas na lista de vencedores da Volta a Portugal. Na segunda vitória consecutiva da W52-FC Porto na Grandíssima, já no século XXI.


Gustavo Veloso, da W52-FC Porto, por fim, venceu a etapa cronometrada de Viseu, última da Volta a Portugal 2017 que acabou com a vitória de Raúl Alarcón, também da equipa portista. Na derradeira etapa da Grandíssima, um crono de 20,3 quilómetros disputado em Viseu, Veloso venceu com o tempo de 26.00 minutos, menos 15 segundos do que Alarcón, que foi o segundo a fazer menos tempo no percurso, a 15 segundos, e este três segundos mais rápido do que Alejandro Marque (Sporting-Tavira).

Enquanto isso, na classificação geral liderada então por Alarcón, Amaro Antunes (W52-FC Porto) foi o segundo classificado, na frente de Vicente de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) que acaba na terceira posição após ganhar o duelo com Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) pelo último lugar do pódio, ficando o sportinguista no quarto lugar. Com os portistas a superiorizarem-se aos principais adversários a grandes distâncias, superiores a cinco minutos.


Ora, o espanhol Alarcón venceu assim pela primeira vez a Volta a Portugal e a equipa W52-FC Porto mantém o ritmo vindo da época passada. Numa demonstração mais da boa aposta do FC Porto em se ter unido com a W52, através do bom entendimento de Jorge Nuno Pinto da Costa e Adriano Sousa Quintanilha, dois homens com bom andamento no desporto.



Depois de o francês Damien Gaudin ter vencido o prólogo em Lisboa, Raúl Alarcón assumiu a liderança no segundo dia, ao vencer a primeira etapa, em Setúbal, e não mais largou a camisola amarela, completando os 1.626,9 quilómetros do percurso em 41:46.14 h, com 1.23 minutos de vantagem sobre o colega Antunes e 5.25 em relação ao mais próximo adversário, De Mateos.


Com triunfos em duas etapas - a primeira, em Setúbal, e a quarta, no alto da Senhora da Graça - Alarcón sucede ao português Rui Vinhas, e aos espanhóis Gustavo Veloso, vencedor de duas edições (então pela sua anterior equipa patrocinada também pela W52), e Alejandro Marque. Foi este agora o segundo triunfo desde que a equipa passou a W52-FC Porto.


Alarcón é natural de Alicante, no sul de Espanha, e sucede a protagonistas de conquistas épicas como Fernando Moreira (que teve uma cavalgada autêntica na "burra", como chamavam à bicicleta pesadona desses tempos, sem dar hipóteses a todos os que o seguiram na poeira das estradas de tal era), Dias dos Santos (o tal que um dia disse “Limpámos o sarampo à gajada de Lisboa”), Sousa Cardoso com mais de meio Portugal a puxar pela sua vitória perante a sua aura), Mário Silva (apesar da intoxicação alimentar que prejudicou os azuis e brancos em 1961, e por isso depois com menos de meia equipa conseguiu superar a concorrência e derrotar os dirigentes federativos, apressados em começar a etapa em que a equipa portista estava a contas com as voltas provocadas pela tal intoxicação…) e Manuel Zeferino (cuja fuga na primeira etapa, em 1981, lhe garantiu logo um avanço de 12 minutos e 28 segundos).


Em 90 anos de existência e 79 realizações de Volta a Portugal, Alarcón tornou-se o 17.º estrangeiro a ganhar a prova maior do ciclismo português e o 6º espanhol, sendo o 1º estrangeiro em representação do FC Porto, depois dos portugueses Fernando Moreira (em 1948), Dias dos Santos (1949 e 1950), Fernando Moreira de Sá (1952), Carlos Carvalho (1959), Sousa Cardoso (1960), Mário Silva (1961), José Pacheco (1962), Joaquim Leão (1964), Joaquim Sousa Santos (1979), Manuel Zeferino (1981), Marco Chagas (1982), Rui Vinhas (2016), a que se junta Raúl Alarcón, agora em 2017, a somar 14. Enquanto por equipas vão 15… Tendo de permeio o FC Porto vencido coletivamente nas Voltas de 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1962, 1964, 1969, 1979, 1980, 1981, 2016 e agora em 2017. Ao passo de corrida que no Prémio da Montanha já venceram também os então ciclistas do FC Porto Fernando Moreira (em 1947), Carlos Carvalho (1955, 1958, 1960 e 1961), Mário Silva (1962), José Amaro (1981) e Amaro Antunes, agora em 2017, também.


Quanto a números sonantes da Volta do ano: - Na classificação por equipas, a W52-FC Porto reinou a grande nível, ficando em 2º a RP-Boavista, a 23 minutos e 49 segundos, e em 3º a Efapel, a 28 minutos e 8 segundos.


- Classificação Geral Final (dos 10 primeiros):

1º Raúl Alarcón (Esp) W52-FC Porto-Mestre da Cor - 41:46:14
2º Amaro Antunes (Por) W52-FC Porto-Mestre da Cor +1:23s
3º Vicente de Mateos (Esp) Louletano-Hospital de Loulé +5:25s
4º Rinaldo Nocentini (Ita) Sporting-Tavira +5:54s
5º Alejandro Marque (Esp) Sporting-Tavira +7:10s
6º António Carvalho (Por) W52-FC Porto-Mestre da Cor +7:25s
7º João Benta (Por) RP-Boavista +7:54s
8º Henrique Casimiro (Por) Efapel +8:11s
9º Sérgio Paulinho (Por) Efapel +8:36s
10º Krists Neilands (Lat) Israel Cycling Academy +9:35s



Class. Restantes elementos da Equipa:

16.º - Ricardo Mestre (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 31m12s
24.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 42m09s
45.º - Rui Vinhas (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1h29m39s
48.º - Samuel Caldeira (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1h36m25s
75.º - Joaquim Silva (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 2h09m08s


Classificação por Equipas:

1.º - W52-FC Porto-Mestre da Cor, 125h26m02s
2.º - RP-Boavista, a 23m49s
3.º - Efapel, a 28m08s


Classificação do Prémio da Montanha:

1.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 60 pontos
2.º - Mikel Bizkarra (Euskadi-Murias), 56
3.º - João Matias (LA-Metalusa Blackjack), 48


Cl. Prémio "Kombinado":

1.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 7
2.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 7
3.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), 12


Classificação por Pontos:

2.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 130
3.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 111

Armando Pinto
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