Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Camisola do FC Porto (dum dos meus netos) autografada por André Silva


Camisola que ofereci há tempos ao meu neto mais velho, assinada com um autógrafo de valor afetivo portista!


Tendo entretanto ficado com alguém para ser autografada por um então jovem valor do FC Porto, entretanto valorizado a pontos de ter sido cobiçado por grandes equipas estrangeiras e por fim transferido para Itália. Facto que motivou que só há pouco tempo ficasse assinada, esta camisola, por haver sido rubricada pelo punho de… André Silva.


Ora, Gonçalo, nos seus sete anos, faz jus ao nome – que tem origem do germânico Gundisalvus (do Latim), juntando duas palavras: Gund ou gunthi, que quer dizer "guerra" ou "combate"; e salv ou salwa que parece ser traduzido como "salvo". Gundisalvo era a versão arcaica do nome. E com essa camisola no corpo ele, o Gonçalo, será mais guerreiro salvo para a vida.

Armando Pinto
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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

FC Porto é Bi-Campeão Mundial, oficial e verdadeiramente!


Sempre assim foram considerados os clubes cujas equipas principais triunfaram na Taça Intercontinental. Mas, como nem todos os clubes vencedores doutras provas internacionais conseguiram esse feito, a partir de certa altura passou a haver quem não considerasse tal verdade, a pontos de se ter generalizado a questão depois que a final da Taça Intercontinental foi substituída por uma fase final com representantes de todos os continentes. Contudo agora, por nota informativa da FIFA, chegada a público esta sexta-feira última do mês de Outubro de 2017, é mesmo oficialmente considerada a verdade que sempre se soube.

E, assim sendo, por mais que custe a quem custar, o FC Porto é Campeão Mundial. Aliás, mais, Bi-Campeão do Mundo, como vencedor por duas vezes desse justo e prestigiado título.

= Bilhete Postal posto pelos CTT em circulação, como homenagem ao F C Porto por em 1987/88 ter vencido as três maiores provas internacionais, a Taça Intercontinental, a Taça dos Clubes Campeões Europeus e Supertaça Europeia.  

Eis a notícia divulgada pelas agências e difundida em vários órgãos de informação, pese o maior ou menor destaque, conforme a azia que estas verdades causam a certa gente da comunicação social portuguesa:

«O palmarés do FC Porto passa a contar com dois títulos de campeão mundial de clubes de futebol, na sequência da decisão da FIFA de reconhecer como campeãs as equipas que conquistaram a Taça Intercontinental, entre 1960 e 2004.
No comunicado final do conselho da FIFA, que decorre em Calcutá, na Índia, o organismo máximo reconhece como campeãs mundiais de clubes "todas as equipas europeias e sul-americanas que venceram a taça Intercontinental, disputada entre 1960 e 2004".
O FC Porto conquistou duas vezes o troféu, que opunha o vencedor Taça dos Clubes Campeões Europeus/Liga dos Campeões ao da Taça dos Libertadores da América.
Em 1987, os 'dragões' venceram, em Tóquio, o Peñarol, por 2-1, após prolongamento, e em 2004 voltaram a conquistar a Taça Intercontinental, impondo-se aos colombianos do Once Caldas no desempate por grandes penalidades (8-7), após um empate sem golos no final de 120 minutos de jogo.
Em 43 edições da competição, que acabou por ser substituída pelo Mundial de clubes, as equipas sul-americanas conquistaram 22 títulos, enquanto as europeias alcançaram 21.»

= Equipa do FC Porto que alinhou de início em Tóquio, no tal jogo inesquecível da manhã de neve, lá longe no Japão, que vimos em Portugal pela madrugada de sábado para domingo do meio do mês de Dezembro de 1987… em que exultamos com a vitória do FC Porto na primeira participação e consequente primeira conquista da Taça Intercontinental, do Mundial de Clubes em questão.

Acresce assim que o FC Porto ficou com o trofeu original, o que contém as placas de todos os vencedores, por ter sido vencedor no último ano da versão Intercontinental, do antigo modelo do Mundial de Clubes.

= Os dois troféus ganhos em 1987 na final de Tóquio, a Taça Intercontinental e o Trofeu Toyota de reconhecimento da entidade organizadora – na chegada às Antas, como que no descanso de guerreiros antes de serem mostrados ao público e depois colocados com honra e circunstância no Museu do FC Porto.

= Vista de algumas recordações alusivas à vitória de Tóquio, patentes ao tempo no antigo museu do clube, em vitrine da Sala-museu Afonso Pinto de Magalhães, nas Antas, como o autor destas linhas então presenciou... em 1988.

Como sinal de que houve quem não digerisse bem a realidade, a agência Lusa na partilha da sua nota informativa intitulou a notícia como se fosse algo novo, tal o título escarrapachado: “FC Porto `ganha` dois títulos de campeão mundial de clubes”. Tendo muitos adeptos do FC Porto respondido nas redes sociais que isso era já como se sabia. Tornando o  F C Porto, por fim, também público o próprio regozijo interno, através da página oficial:

«TÍTULOS MUNDIAIS OFICIALIZADOS PELA FIFA
Organismo que tutela o futebol mundial reconhece oficialmente os dois troféus Intercontinentais ganhos pelo FC Porto
Após deliberação do Conselho da FIFA, que esta sexta-feira decorre em Calcutá, Índia, o FC Porto passa a ver reconhecidos os dois títulos de campeão mundial conquistados em 1987 e 2004. O organismo que superintende o futebol mundial assume a partir desta sexta-feira como campeãs mundiais todas as equipas europeias e sul-americanas que venceram a Taça Intercontinental entre 1960 e 2004.
O FC Porto venceu a Taça Intercontinental por duas vezes, graças aos triunfos sobre os uruguaios do Peñarol, em 1987 (2-1, após prolongamento), e sobre os colombianos do Once Caldas, derrotados (8-7 após grandes penalidades) na edição de 2004 da competição, que após esse ano passou a ser disputada com um formato diferente, sob a designação de Mundial de Clubes.
Tendo sido o FC Porto o último clube a conquistar a competição, é precisamente o troféu original da Taça Intercontinental que se encontra exposto no Museu.»

= Taça Intercontinental do Mundial de Clubes de 2004 – Taças ao alto, para ficarem de vez no Porto!

E em verdade era mesmo já assim, como se comprova por galhardete que circulou publicamente na época da primeira vitória portista e que o autor deste blogue então comprou, guardou e possui – como se pode ver por imagem de um lado e outro, quer da parte que aqui se coloca a encimar este artigo, como (ao lado) da respetiva colocação numa parede do escritório doméstico, entre objetos de afeto pessoal. 

Como ilustração, ficam também entremeadas pelo texto mais outras imagens, correspondentes aos títulos em apreço, como recordações pessoais de tão importantes duas vitórias. Algo que entre clubes de Portugal, a ter essa honra e tal pecúlio, só há um, o FC Porto e mais nenhum!.

Armando Pinto


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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Gala dos Dragões de Ouro / 2017


Como canta o Hino, é tão grande a história e memória do FC Porto que todos os momentos que elevam essa imagem são relevantes. Como é anualmente a entrega dos galardões oficiais do clube, antigamente o Troféu Pinga e atualmente o Dragão de Ouro. Acontecimento que teve lugar no Dragão Caixa, devidamente engalanado, na noite de quarta-feira e a entrar pela hora desta quinta-feira dentro.


Então, em pleno período de esperança na retoma do fortalecimento da mística portista, nos dias que correm, com a campanha que o futebol do FC Porto tem conseguido materializar, na parte inicial entretanto decorrida do campeonato da Liga portuguesa, teve lugar a anual gala festiva do clube para entrega dos galardões de reconhecimento oficial portista. Embora para a grande maioria dos apoiantes das cores azuis e brancas isso não seja tão importante como são acima de tudo os resultados das competições desportivas, tal é na realidade para sócios e simpatizantes que por sinal não conseguem estar presentes em ocasiões destas, ao invés do apoio presencial aquando dos jogos, ou pelo menos na atenta ânsia da vitória sempre esperada mesmo no acompanhamento possível por outros meios, e na constante defesa do clube em todos os sítios; mas uma festa destas, como mostra da eloquência da realidade atual da estrutura clubista, tem sempre uma atração especial pelo brilho projetado. Como no orgulho, afinal, com que tem impacto tudo o que se relaciona com algo familiar e uma festa destas terá qualquer coisa também duma reunião da família portista, tomando o todo pela parte, na representatividade.


Foi então assim que com olhos de ver presenciamos pelo Porto Canal esta Gala dos Dragões de Ouro de 2017. Sendo de referir que com a existência do canal televisivo do clube é possível agora haver outra conexão, na proximidade prestada pelas imagens em acontecimento direto. Ao contrário de outros tempos, em que quem não podia estar presente, obviamente a maior parte da família, se tinha de contentar em ler umas linhas impressas nalguns jornais, no dia seguinte (já que os canais das televisões ditas nacionais só tinham olhos para Lisboa e arredores), até se poder ler depois o semanal jornal O Porto, em seu tempo, ou posteriormente a mensal revista Dragões, chegada a público tempos depois.

Enquanto agora até se pode ver tudo, desde a chegada das pessoas que gostamos de ver no Dragão!


Festa esta, então, a que naturalmente muitos mais portistas gostariam de ter podido assistir no local, não se entendendo como ficaram algumas cadeiras vazias, conforme se viu pela transmissão televisiva. Pasmando-se assim de ter havido uns ou outros convidados faltosos. Embora também houvesse ausentes com cadeiras ocupadas, um dos quais (mesmo tendo-se feito representar) não tivesse feito falta nenhuma, como no caso do atual presidente federativo que, sendo um dos que chegados a Lisboa se passam de armas e bagagens para os lados do túnel da luz apagada, preferiu andar lá por baixo a fazer mais um frete para interesse do clube do regime, em vez de aceder ao convite do clube que representou, ainda que percebendo-se não ser portista, como está a demonstrar, aliás.   


Foi, em suma, uma bonita festa, como deu para ver pela televisão, graças ao Porto Canal. Agora que há essa possibilidade, de se poder sentir mais momentos destes e de princípio ao fim, sem interrupções como noutros lados quando o Porto ganha. E com voz vibrante de portistas, passando acima do que por outros canais acontece (ao que só grandes portistas dotados de forte comunicação conseguem passar a perna – como por exemplo uns José Lázaro e Hélder Rodrigues, entre alguns adeptos mais, que, telefonando e intrometendo-se, têm conseguido bem representar a voz portista em programas de audiência pública).

= Américo !

No fim de contas, visto o que foi o acontecimento da entrega solene dos Dragões de Ouro de 2017, foi deveras emocionante e fica na retina como momento mais bonito da noite a ida de Américo ao palco, quando o célebre guarda-redes Baliza de Prata recebeu o Dragão de Recordação Portista e deixou sua sentida mensagem aos microfones. Assim como, no aspeto de espetáculo, foi adorável a rábula da "baixinha" Joana Marques, grande e simpática portista, que dá gosto ouvir e sabe dar umas quantas piadas no sítio. Além naturalmente de muito mais que apreciamos. E claro a grata sensação que deu ver o Francisco J Marques a receber tão justo preito com o Dragão de Ouro que lhe ficou a brilhar nas mãos.


Estão pois de parabéns os Dragonados, e sobretudo o FC Porto. Havendo galardoados que repetiram desta feita o merecimento, bem como na história da outorga da mesma estatueta dourada haja até quem já tenha recebido por várias vezes, em anos diferentes, obviamente, como ocorreu com a olímpica Fernanda Ribeiro, por exemplo. Tal como também há Dragões de Ouro que anteriormente foram Trofeus Pinga, como acontecera anos atrás com Cristiano Pereira, galardoado enquanto hoquista com o antigo galardão do clube e depois Dragão de Ouro também como jogador e por fim treinador de hóquei. A que se juntou desta vez o grande e eterno guarda-redes Américo, que recebeu em 1965 o Troféu Pinga e agora passou a ter também o Dragão de Ouro. Motivo que dará para um próximo artigo que lhe dedicaremos aqui, a escrever depois de revermos “com o travesseiro” o que vimos pela televisão, como homenagem à constante recordação que é – como afinal Pinto de Magalhães lhe vaticinou em 1969 no discurso da sua festa de despedida, em pleno relvado das Antas. Enquanto, com a vitalidade de um Américo que faz parte das memórias portistas e a eterna mocidade do clube, é assim nobre e leal o que representa o FC Porto.


Gostamos do que vimos, sinceramente. E agora queremos gostar mais dos resultados que possibilitarão a festa de mais um título de futebol de alto nível lá para a Primavera.

Armando Pinto
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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

AMÉRICO, FRANCISCO J MARQUES, RAÚL ALARCÓN e BRAHIMI entre os DRAGÕES DE OURO de 2017


Ficou a conhecer-se esta sexta-feira a lista dos galardoados com o Dragão de Ouro deste ano de 2017, cuja cerimónia terá lugar no próximo dia 25 de outubro, no Dragão Caixa.


Diz o texto inserto na página informática do clube, Site Oficial do FC Porto:

« O ciclista Raúl Alarcón, vencedor da edição de 2017 da Volta a Portugal, é o galardoado com o Dragão de Ouro de Atleta do Ano referente à temporada desportiva de 2016/17. A lista dos prémios anualmente atribuídos pelo FC Porto àqueles que mais se destacaram em cada época já é conhecida e inclui também os futebolistas Brahimi, Diogo Dalot e Galeno. O argelino é o Futebolista do Ano, o lateral português é o Jovem Atleta do Ano e o brasileiro recebe o galardão de Atleta Revelação do Ano.

A equipa principal de hóquei em patins, que conquistou na temporada em causa todos os títulos nacionais (Campeonato, Taça e Supertaça), é destacada através do treinador Guillem Cabestany e do seu capitão, Hélder Nunes (Atleta de Alta Competição do Ano). Relativamente ao Atleta Amador do Ano, o Dragão de Ouro vai para as mãos do espanhol Daniel Sánchez, que já o tinha conquistado em 1999/2000. O prémio de Dirigente do Ano vai, ex aequo, para Eurico Pinto e Alípio Jorge Fernandes, enquanto Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação, é Funcionário do Ano. O Projeto do Ano é a app do clube, o Banco Carregosa é o Parceiro do Ano e as distinções de Casa Nacional do FC Porto e Casa Internacional do FC Porto do Ano também já estão atribuídas, a Póvoa do Lanhoso e Bruxelas (Bélgica), respetivamente.

Américo, mítico guarda-redes dos anos 1950 e 1960, vai ser agraciado com o Dragão de Ouro Recordação. Artur Santos Silva, presidente do conselho de administração do BPI, é Sócio do Ano e o massagista José Mário é reconhecido pela sua carreira no clube. »


Eis a lista completa dos contemplados:

Atleta do Ano: Raúl Alarcón (Ciclismo)
Futebolista do Ano: Brahimi
Jovem Atleta do Ano: Diogo Dalot (Futebol)
Treinador do Ano: Guillem Cabestany (Hóquei em patins)
Atleta de Alta Competição do Ano: Hélder Nunes (Hóquei em patins)
Atleta Amador do Ano: Daniel Sánchez (Bilhar)
Atleta Revelação do Ano: Wenderson Galeno (Futebol)
Dirigente do Ano: Eurico Pinto e Alípio Jorge Fernandes (ex aequo)
Funcionário do Ano: Francisco J. Marques
Sócio do Ano: Artur Santos Silva
Projeto do Ano: App FC Porto
Parceiro: Banco Carregosa
Casa do FC Porto Nacional: Póvoa de Lanhoso
Casa do FC Porto Internacional: Bruxelas (Bélgica)
Carreira: José Mário
Recordação: Américo Lopes

A cerimónia de entrega dos Dragões de Ouro realiza-se a 25 de outubro (quarta-feira), no Dragão Caixa. O Porto Canal irá transmitir tudo em direto, com uma emissão desde as 20h30, que inclui a pré-gala, a cerimónia em si e o pós-gala. »

Com exceção do caso da categoria de "Sócio do Ano" (que para mim, em vez de contemplar só sócios vips, há muito devia ser atribuído aos que na blogosfera portista e outros meios externos ao clube muito fazem pelo Futebol Clube do Porto, como uns consócios Manuel Vila Pouca, Paulo Santos, Paulo Bizarro, José Correia, etc. – sabendo-se como atualmente o panorama informático é importante, conseguindo-se agora por essas vias já superar uma boa parte da “sem vergonhice” da comunicação social adversa ao FC Porto), na generalidade a outorga dos Dragões de Ouro de 2017 está dentro do que se esperava. Acrescendo a satisfação aqui do autor destas linhas pela consagração do grande Américo, o meu ídolo dos tempos de minha infância e adolescência, como aliás neste espaço de Memória Portista tem ficado assinalado perante o seu valor, entre grandes nomes do FC Porto. Enquanto que Francisco José Marques tem o reconhecimento que aqui já lhe atribuímos há tempos…

- Conforme se pode recordar (clicando em)


Armando Pinto  

((( Clicar sobre as imagens para ampliar e na seta do vídeo para acesso ao anúncio da transmissão televisiva do evento )))



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Heróis da Estrada – a propósito da Volta a Portugal de 1981…


Já não é novidade que aqui neste espaço de Memória Portista há sempre também espaço para as modalidades que mais despertam atenção ao autor deste blogue. Entre as quais se conta o ciclismo, modalidade que a par do futebol foi dos primeiros amores desportivos e talvez a de maior impacto no Portismo arreigado ao tempo da escolha de preferência clubista, quando o futebol portista nos idos princípios dos anos sessentas pouco ou quase nada ganhava e o ciclismo passava quase à beirinha de casa, bem como especialmente ganhava muita coisa. Daí a satisfação que deu o retorno do ciclismo ao seio do FC Porto, ao voltar à estrada em 2016 a visão de ciclistas a representarem o FC Porto. E, embora sem ligações pessoais diretas, não tendo dentro da secção de ciclismo azul e branco alguém de relacionamento pessoal, obviamente conhecendo tudo e todos apenas como atento aficionado, aqui para nós o ciclismo tem sido o que se pode ver e ler ao longo dos artigos aqui publicados.

Serve este introito para justificar a publicação de mais um artigo dedicado à memória do ciclismo portista, nomeadamente em tempo de defeso das corridas de bicicletas e extensivamente ainda sem haver conhecimento público de como correrá a próxima época, no âmbito do FC Porto, que é o que nos interessa.

Assim sendo, desta feita puxamos o tema do ciclismo para colocar algo devido. Porque se nota haver casos de publicações oficiais e oficiosas em que por vezes os erros acumulados geram confusão. Derivado de num livro sobre a Volta a Portugal terem sido referidos dados pecadores em imprecisões, de cuja publicação a Federação e outras entidades copiaram e seguem erradamente tais incorreções para seus dados públicos. Sendo demasiadamente conhecido o facto do erro habitualmente apresentado no número de vitórias coletivas do FC Porto, nas classificações finais por equipas na Volta a Portugal em bicicleta. Mas há mais. Por isso, para não estar a publicar mais extensas documentações, e porque não há como ilustrar de modo atraente, desta vez traz-se para aqui a publicação dumas pranchas desenhadas, a narrar em banda desenhada a Volta a Portugal de 1981, ganha individualmente por Manuel Zeferino do FC Porto, tendo o clube então das Antas ganho também coletivamente, tal qual o Prémio da Montanha teve como vencedor José Amaro, ao tempo com a camisola do FC Porto e que «à chegada à Guarda já era, sem problemas, o rei da montanha"», enquanto o FC Porto inclusive venceu tudo - «o que já não sucedia há 30 anos».

Eis aqui então a História da Volta de 1981 em ilustração desenhada do álbum “OS HERÓIS DA ESTRADA, edição conjunta do JORNAL DE NOTÍCIAS e do jornal O JOGO, publicada em recortes no ano de 1986.


 Armando Pinto
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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Curiosidades e reflexões de outrora, em recordações episódicas – recuando a 1916 através de calendário de 1950…


O título com que aqui se encima este artigo já diz quase tudo. Atendendo ao que foi publicado no jornal O Porto em 1950, na data precisa correspondente a esta lembrança. Então, também numa terça-feira, fazendo memória de respigos de curiosidades desportivas de 1916.

Nesse tempo ainda a sede do FC Porto, onde também estava a redação do jornal do clube, era, como foi durante muitos anos, ao lado do edifício da Câmara Municipal do Porto, embora com nomes diferentes; sendo ao tempo Praça Sidónio Pais a que mais tarde passou a ser Praça do Município e desde os anos setentas é Praça General Humberto Delgado, enquanto o número se manteve o mesmo da histórica porta nº 325 da "Praça", como sempre foi referida.

Traz-se assim aqui, neste nosso cantinho de “Memória Portista”, de novo a público algo interessante do que foi publicado no órgão informativo do FC Porto aos 17 dias de mês de Outubro de 1950. Dando para recordar algumas reflexões já pertinentes nos princípios do século XX e relançadas a meio do mesmo século passado, que ainda continuam praticamente na ordem do dia. Além de uma outra evocação, perante uma rubrica entre os espaços d’ O Porto, ao segundo ano de sua publicação, cujo item proporciona memorização também de um antigo jovem valor do clube.

Tudo como se pode presenciar agora através de recortes que para aqui transpomos:  


Armando Pinto
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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

In Memoriam: Sousa Santos e histórias de pai e filho para contar… dum ponto final e parágrafo!


Conforme é lembrado na edição de hoje de “Dragões Diário, evocando JOAQUIM SOUSA SANTOS, o pai e extensivamente o filho, ambos do mesmo nome: «Neste dia, em 1963, depois de 18 anos a pedalar com a camisola do FC Porto, o ciclista de Santa Maria da Feira recebia duas salvas de prata e uma salva de palmas ao intervalo de um jogo de futebol entre a equipa principal do Feirense e um misto dos Dragões. Ao palmarés de Sousa Santos, que como amador júnior se estreou de azul e branco em 1945, só faltou a vitória na Volta a Portugal, que esteve perto de conseguir em 1955 e 1957, edições em que terminou na segunda posição. O ciclista despedia-se, mas, na verdade, recusava-se a sair. “Nasci no FC Porto e conservar-me-ei fiel nas suas fileiras até ao dia em que tenha atingido a meta que nos leva para o outro mundo”, avisou dias antes. Naquela tarde, quando Santa Maria da Feira ainda era Vila da Feira, o FC Porto ofereceu uma bicicleta de corrida a Joaquim, filho de Sousa Santos (que nesse dia também fazia 10 anos, acrescente-se, tendo nascido em 1953 a 13 de outubro). Dezasseis anos depois Joaquim Sousa Santos vencia a Volta a Portugal com a camisola do FC Porto.»


Ora, é a data assim propícia para homenagear esses dois ases dos pedais, por esta via. Fazendo memória dos Sousa Santos na fixação de histórias de pai e filho, dignas de serem contadas tais coincidências, quando o pai punha ponto final nas corridas a sério, em cima de bicicletas, depois de brilhante carreira que o levou por duas vezes a ter estado perto de vencer a Volta a Portugal. Enquanto, no mesmo dia dessa despedida oficial como ciclista, como que num parágrafo que dava continuidade à narrativa, o filho recebia uma bicicleta oferecida pelo clube que mais tarde o iria ter como representante vencedor da Volta.

= Sousa Santos (pai), entre colegas de equipa e com diretores do clube, na comemoração da vitória na Volta a Portugal de 1962 - reportando as fotos documentais à entrega dos trofeus ganhos, da classificações individual (por José Pacheco), coletiva (por equipas, da participação de Sousa Santos e todos mais da equipa), do prémio da montanha (de Mário Silva), mais outras taças de prémios diversos; e ao jantar comemorativo). =

Armando Pinto
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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Festas Particulares de Confraternização Portista


Vem de longa data a existência de realizações de convívios entre gente do FC Porto, desde organizações oficiais até iniciativas particulares, sempre visando o fortalecimento do Portismo que não cabe só no íntimo e tem de extravasar para ser compartilhado e convivido. Como de anos a esta parte tem felizmente acontecido com as organizações do Dia do Clube, evento que teve já seis edições anuais, e entretanto este ano foi reforçado na realização da 1ª Hora do Clube, em acontecimentos ultimamente decorridos nas instalações do Dragão, depois de passagens anteriores por outros locais.  Passando então a ser na casa comum tal possibilidade desses momentos de camaradagem de apoiantes. Inicialmente como encontro de portistas da blogosfera e depois alargado como ponto de encontro de adeptos atentos à vida do clube.

É esse, assim, o atual cenário duma das possibilidades de maior aproximação de quem vive o dia a dia do clube sem pertencer à orgânica oficial, num cenário íntimo condizente com ânimo também afirmativo, através de organização feliz de um grupo de Portistas conhecidos entre si (e também dos portistas que convivem na Internet pelo FC Porto), como Paulo Santos, Paulo Bizarro, José Correia, Jorge Bertocchini, Nuno Góis e D. Ana Paula Guedes, agora com apoio logístico da estrutura diretiva do FC Porto na permissão do uso de espaços do Dragão e em parceria com grupos de pessoas ou entidades amigas, como já aconteceu com a Casa do FC Porto de Rio Tinto, o Grupo + FC Porto, Fotos da Curva, etc. (Ressalvando e penitenciando-me, em nome pessoal de aderente que tenho estado presente em anos recentes, para a eventualidade de falhar algum nome, porque me cinjo aqui apenas ao conhecimento particularmente obtido.). Assim como algumas outras iniciativas, sendo de lembrar o megajantar comemorativo dos 30 Anos da vitória de Viena, em Santa Maria da Feira, levado a cabo pelo grande portista Alvarinho Moreira, presidente da Casa do FC Porto de Caracas, entre diversos casos mais.

Também em tempos passados (e daí vir a talhe esta rememoração) houve anteriores iniciativas de fins semelhantes, embora em diferenciados modos, como antigamente foi acotiado haver banquetes de confraternização de diretores e associados. Ficando na história as organizações de um grande portista do passado, em pleno século XX, o sr. José Donas, que ao longo de anos foi alma de diversas dessas reuniões de portistas pelos anos quarenta e cinquenta.

Como homenagem a essa realidade antiga, com forte marca deixada na mística que formou o Portismo chegado a nossos dias vindo de outrora, damos nota duma dessas organizações, conforme caixa publicada na revista Stadium, a fixar à posteridade um jantar comemorativo do FC Porto de Dezembro de 1950 (do qual, por acaso, há um filme que aparece pela Internet, de arquivo da Cinemateca Nacional, ainda que sem som, mas facilmente identificável pelas imagens condizentes com as fotos que aqui colocamos agora), do tempo de grandes nomes diretivos do FC Porto como o Dr. Urgel Horta, Padre Marcelino da Conceição, Sebastião Ferreira Mendes, Afonso Pinto de Magalhães, Dr. Neiva de Oliveira (entretanto diretor do jornal O Porto), etc. Tratando-se, na ocasião, de um jantar natalício, por assim dizer, realizado à chegada da quadra de Natal dessa época, juntando em alongadas mesas numerosos portistas, diretores e associados Amigos do FC Porto, a meio do mês de dezembro do início da década de cinquenta.


Armando Pinto
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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Hernâni: Um dos “Maiores” do FC Porto!


A 11 de outubro de 1953 (como é lembrado em “Dragões Diário”, na efeméride do dia), «era dia de clássico: o FC Porto recebia e vencia o Sporting por 1-0 na segunda jornada da I Divisão. O golo foi da autoria de Hernâni, que ali fazia a estreia no (então) novinho Estádio das Antas, inaugurado em Maio do ano anterior, numa altura em que Hernâni representava o Estoril, a solução encontrada após ter sido chamado a cumprir serviço militar em Lisboa. (Regressando de seguida Hernâni Silva ao FC Porto passada essa temporada de ausência por um ano.) O virtuoso médio-ofensivo, que no mês seguinte era chamado pela primeira vez à seleção nacional, marcou 14 golos nessa época e foi o terceiro melhor goleador dos azuis e brancos. Foi aí que começou a ganhar influência na equipa para depois se tornar um dos ídolos da nação portista e passar a ser conhecido como “Furacão de Águeda”.»


Hernâni, na linha de Pinga, Valdemar Mota, Siska, Soares dos Reis, Araújo, Virgílio, Américo, Festa, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Fernando Gomes, João Pinto, Vítor Baía, Jorge Costa, é um dos expoentes do imaginário portista, entre os que ao longo de uns bons anos tiveram considerável carreira e foram influentes na auto-estima portista. Juntando ainda outros futebolistas com mais ou menos anos de serviço como jogadores de importante contributo, tal como Costuras, Correia Dias, António Santos, Carlos Nunes, Barrigana, Arcanjo, Pedroto, Ângelo Carvalho, Carlos Duarte, Monteiro da Costa, Nóbrega, Valdemar, Djalma, Lemos, Cubillas, Ademir, Domingos, Sérgio Conceição, Madjer, Juary, Futre, Deco, Derlei, Pedro Emanuel, Kelvin, etc. Com mais ou menos longevidade, mas de vincada celebridade, por quanto ficaram na memória histórica.


Assim, Hernâni Ferreira da Silva, General das tropas do título de Campeão Europeu de Seleções Militares que Portugal ficou a ostentar em 1958, o senhor Hernâni como lhe chamava Eusébio, para sempre fica no coração memorial do FC Porto por toda a aura de seu excecional percurso, aqui por diversas vezes aflorado e desta feita recordado com mais um lembrete de recordação.


Anos depois de ter deixado de jogar, serviu ainda o FC Porto como diretor, ficando famosa a sua posição de não pactuar com as "roubalheiras arbitrais" do sistema, levando a ter sido forçado a abandonar o cargo pelas perseguições de que foi alvo, ainda em meados dos anos sessentas. Porém deixando marca, como no caso da reorganização acontecida no futebol do clube após a fraca época de 1969, sendo com seu cunho que se deu o regresso do guarda-redes Armando e os ingressos de Abel e Manhiça, em 1970.

Armando Pinto
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domingo, 8 de outubro de 2017

“Hora do Clube” – Feliz complemento ao “Dia do Clube”


Parecendo ecoar ainda o bruá das Antas, ali ao lado no espaço e no tempo, e com a sensação mais próxima do Dragão, foi com impressão de proximidade que se viveu a Hora do Clube, realização por sinal acontecida durante coisa dumas três horas passadas depressa, com lugar no museu-caffé do Dragão. Tal foi, em suma, o acontecimento clubista que decorreu na noite da primeira sexta-feira deste Outubro, do ano em que o futebol do FC Porto volta a fazer rejuvenescer o entusiasmo dos apoiantes. Ocorrência essa, ao jeito de tertúlia alargada, que juntou no bar do museu um bom grupo de portistas, à roda de amena conversa de gente que sente o mesmo, tendo o FC Porto por denominador comum. Numa feliz organização de um grupo de consócios portistas, sem ligação direta aos órgãos diretivos do clube mas com forte ligação ao sentimento portista.


Estão pois de parabéns os organizadores e promotores da realização da 1ª “Hora do Clube”, onde se ouviu falar do que nos interessa e todos os que pudemos estar presentes nos sentimos bem. Na continuação da organização do anual Dia do Clube, servindo então como complemento, numa espécie de como é sentida a chegada do intervalo dum jogo do FC Porto, no caso contando como verdadeira reunião de gente que não sendo da estrutura organizativa da vida do clube, é (somos) contudo da base da respetiva vivência.


A Hora do Clube teve assim, ao final do dia 6 de Outubro, nas horas finais dessa noite de entrada a um fim de semana sem futebol de alto nível a sério, um convívio sensacional a conversar sobre o FC Porto. Sob os motes dos ilustres oradores convidados, o Professor Styliano, antigo futebolista que jogou nos juniores com a sagrada camisola azul e branca e atualmente é também comentador no Porto Canal, que dá gosto ouvir e sabe transportar à mística portista, mais o historiador sr. Germano Silva, profundo conhecedor da história da cidade do Porto e do que com a Invicta se relaciona, como é o caso evidente do FC Porto. Embora o nosso FC Porto não seja só da cidade do símbolo do Dragão, como atesta a presença na Hora do Clube de diversos portistas de vários locais até distantes.  Debatendo assuntos do Portismo que nos corre nas veias e convivendo com malta conhecida especialmente através dos contactos proporcionados pelo comum interesse que o FC Porto motiva.  

 

Dado o toque institucional com a presença de elementos oficiais do FC Porto, como foi apreciada a companhia do vice-presidente sr. Alípio Jorge e sr. Manuel Tavares da informação do clube, ali entre os portistas que se juntaram no MUSEU CAFFÉ, foi mesmo interessante viver também esses momentos. Havendo sido umas boas horas, essas, bem passadas entre Portistas de tarimba, na 1ª “Hora do Clube” em boa hora realizada. De cujo convívio, ao jeito de tertúlia sobre Portismo, se faz aqui e agora registo apreciativo, deitando mão ilustrativa, com a devida vénia, também, através de imagens com cunho sempre apreciável de “Fotos da Curva”.


Tal como referiu o Professor Aníbal Styliano, citando bem o escritor Nemésio, que ir ao Porto é sempre uma lição de patriotismo, foi mesmo uma lição da génese portuguesa azul o que se viveu à entrada do espaço do museu do FC Porto, para quem foi propositadamente ao Porto, na ocasião, além naturalmente dos que por ali vivem e tiveram oportunidade de ir ao encontro da Hora do Clube. Mesmo com as luzes do Dragão apagadas no interior do estádio, melhor dizendo do recinto dos sonhos azuis e brancos, mas com a chama do Dragão bem viva e, como diz o poema Aleluia, acesa a fé de que andam nossas almas cheias.


Armando Pinto

Nota Bene: Fotos do amigo Pedro Blue, de “Fotos da Curva”.

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