Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Monteiro da Costa: Goleador-mor dos "Porto-Benfica"



Amanhã, sexta-feira feriado nacional do primiro de dezembro, é dia de Porto-Benfica em futebol. Em primeiras categorias. Jogando-se mais um sempre apetecido clássico do futebol sénior, através das respetivas equipas principais, tipo como noutros tempos havia os confrontos entre portucalenses e mouros, no tempo da reconquista cristã e alastramento do território portucalense. Prélio com lugar onde houve nome Portugal, em pleno dia 1 de dezembro que traz à memória portuguesa o dia da Restauração, quando um grupo de grandes homens, os chamados Conjurados, com D. João Duque de Bragança à frente, restituíram a independência nacional ao então reino português, e agora apraz rememorar, quando também o grupo defensor da honra do FC Porto entra em campo e com a camisola azul e branca os bravos futebolistas dragões jogam por todos os portistas.

Tal como em 1143 houve um D. Afonso Henriques e depois na conquista de Lisboa toda uma plêiade de guerreiros à égide do bispo do Porto D. Hugo, bem como em 1640 D. João, mais tarde o IV dessa última dinastia real portuguesa, também nas justas entre portistas e benfiquistas sempre houve heróis. Um dos quais o que mais golos marcou ao clube rival lisboeta. A propósito, é justo lembrá-lo, deitando mão à recordação que dele é hoje feita na “newsletter” DRAGÕES DIÁRIO:

«Chamavam-lhe “Homem Canhão”, lia Agatha Christie, emocionava-se nas vitórias e nas derrotas, e dele se conta que chegou a chorar com saudades da família durante as digressões. Foi um ponta-de-lança temível, distinguiu-se como médio, só lhe faltou ser guarda-redes e jogou em algumas das melhores equipas de sempre do FC Porto, ao lado de Pedroto, Hernâni, Virgílio, Perdigão, Miguel Arcanjo ou Jaburu.


Monteiro da Costa, o melhor marcador da história dos jogos entre FC Porto e Benfica com os Dragões na qualidade de visitados» do qual, para se lembrar melhor, se pode acrescentar:

«Já se realizaram 83 FC Porto-Benfica para a Liga portuguesa (e aqui contabilizamos apenas os jogos com os Dragões como anfitriões) e uma pergunta vem ao de cima: quem é o maior goleador de sempre deste clássico? Talvez Fernando Gomes, Jardel ou até Domingos? Não, a resposta vai mais atrás na história e traz à memória um nome que, injustamente, será pouco conhecido: o de Monteiro da Costa.


Não se trata de José Monteiro da Costa, segundo presidente do clube, mas sim de António Henrique Monteiro da Costa, um médio/avançado nascido a 20 de agosto de 1928, em São Paio de Oleiros, concelho de Santa Maria da Feira, e que, entre as épocas 1949/50 e 1961/62 jogou por 328 vezes com a nossa camisola e marcou 96 golos. Chamavam-lhe Homem Canhão e participou nas conquistas de dois Campeonatos Nacionais (1955/56 e 1958/59) e duas Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58).


Em 11 FC Porto-Benfica marcou oito golos, o que lhe dá o título de maior goleador nesse confronto, para a mais importante prova do futebol nacional. Bisou no duelo de 1950/51 e depois, já nas Antas, apontou mais seis golos aos lisboetas, entre as temporadas 1952/53 e 1957/58.


“Atleta pundonoroso, enérgico e esforçado. António Henrique Monteiro da Costa é, incontestavelmente, um dos elementos mais representativos do futebol – no nosso Clube e no Desporto Nacional”, lê-se, numa publicação datada de 1960. O Homem Canhão jogava em qualquer posição (só lhe terá faltado a baliza) e é uma espécie de protótipo do chamado jogador à Porto. Foi capitão durante vários anos e ainda treinador interino e treinador adjunto nos anos 1970. Faleceu em agosto de 1984» (na terra da considerada santa Maria Adelaide, em Arcozelo, onde está a camisola com que Juary marcou o golo da vitória de Viena).

«Monteiro da Costa, que foi por quatro vezes internacional português – num tempo em que os jogos de seleções eram muito mais raros – foi contemporâneo do guarda-redes Barrigana, de Miguel Arcanjo, Hernâni, Jaburu, José Maria Pedroto e Virgílio, o leão de Génova.»

(Conforme é narrado também hoje na página oficial do FC Porto).


Ora, Monteiro da Costa, que em parte da sua carreira foi médio e distribuidor de jogo, como se diz em linguagaem desportiva, além de ter ainda sido defesa, começou por ser avançado e, na posição dianteira do campo, foi pois o futebolista que até hoje mais golos marcou ao Benfica.

ARMANDO PINTO
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