Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

"Tira-teimas” de reposição da verdade à vitória coletiva do FC Porto na "Volta" de 1962 - na Volta a Portugal da “coroa de louros” de José Pacheco


Contrariando certas ideias de quase pegar de estaca uma mentira dita ou escrita muitas vezes, podendo enganar e chegar a pontos de ser tida como verdadeira, nem sempre porém isso acaba por prevalecer. Mas faz andar gente enganada, é certo. Como, entre diversos casos, vem acontecendo no facto de ultimamente estar a aparecer escrito erradamente um número incorreto de vitórias do FC Porto na classificação “POR EQUIPAS” da Volta a Portugal em bicicleta. Curiosamente com um total que não erra por excesso mas por defeito, em diminuição.

O “problema”, na dúvida que tem ressalto em erro (a partir de respigos de certos livros com trabalhos pouco atentos), remete à vitória coletiva na Volta a Portugal em bicicleta de 1962, ganha individualmente por José Pacheco do FC Porto (ciclista que no trabalho de equipa fez menos tempo e se classificou em primeiro lugar, recebendo a coroa de louros de triunfador), enquanto a própria equipa também triunfou na soma dos tempos dos ciclistas correspondentes, vencendo assim a classificação por equipas. Cuja indevida atribuição por certos quadrantes, depois, passados anos, tem induzido em engano diversas crónicas e listas respeitantes aos números históricos. Merecendo por conseguinte uma reposição de verdade, com efeito, como aqui se presta este artigo, deitando olhos ao que na edição de 20 de Agosto de 1962 ficou escarrapachado no jornal A Bola, por exemplo - mostrando o quadro de toda a "história" da mesma prova-rainha do ciclismo português:


Vem a talhe este caso, por quanto é assim que se criam certos mitos, não tanto mas quase como um nevoeiro que se levanta. Ah, não havia e há certa ilusão de El-Rei D. Sebastião ter ficado algures pela estranja, quando afinal seus restos chegaram a ser transladados para repouso de guerreiro na Pátria?!


Calha a preceito, aqui e agora, como que levantando a neblina, apresentar provas. Começando por se juntar alguns excertos de um livro, dos tais (que para não ferir suscetibilidades nos escusamos de referir, mas são do conhecimento dos melhores aficionados da modalidade e estarão em mãos de muitos interessados e colecionadores), num arranque de corrida, para já, a dar uma visão geral da vitória do então portista José dos Santos Pacheco nessa Volta, à 25ª edição da Grandíssima Portuguesa, ao correr de 1962.


E de seguida mais, indo ao cerne da questão, no complemento da vitória individual de José Pacheco, do FC Porto, socorremo-nos das páginas do jornal A Bola desse tempo para verificação ampla, pois que se juntou também a vitória coletiva do FC Porto na classificativa final por equipas, além de mais até…


De permeio, atente-se nas taças então entregues pelos ciclistas que representaram o FC Porto, em cerimonial do auto de entrega de trofeus ao clube.


Ora, assim, quanto ao tema em apreço, há que enfim desfazer as dúvidas, que surgiram a partir que em certos livros historiadores do ciclismo nacional e sobretudo sobre a História da Volta a Portugal apareceram e ficaram escritos dados errados, dos quais foram copiadas algumas notas para páginas informáticas, incluindo o “Site” oficial da Federação Portuguesa de Ciclismo. Aparecendo o erro da classificação coletiva da Volta de 1962, até ao momento indicando ter sido vitória do Sporting, quando foi do FC Porto. Mas com a agravante de até nessa classificação o clube de Alvalade ter ficado em 3º lugar, suplantado então pelo Benfica que ficou em 2º - como se pode ver pelos recortes alusivos da edição do jornal A Bola, acima colocados e dos quais aqui ainda se junta mais, entre comprovativos.

Assim sendo, repare-se que aquando da vitória coletiva de 1962 eram já 8 as vitórias do FC Porto por equipas no historial da "Volta"...


Some-se as que se seguiram depois, sendo o FC Porto o maior vencedor, ainda, mesmo apesar de ter estado ausente algumas décadas. 


À guisa aproximada de como diria Camões, que bem poetou mesmo com uma só vista, a partir de agora cesse tudo quanto antigas musas cantavam…

Não mais haja então erro, de erros acumulados, que possam diminuir o número de vitórias do FC Porto. Algo que no ciclismo, até agora, após a Volta a Portugal de 2017, é de 14 vitórias individuais e 15 coletivas!!!

Armando Pinto
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3 comentários:

  1. Faltou dizer que depois do FC Porto José Pacheco foi para o... Sporting! Ao abrigo da "lei militar" segundo se dizia...

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  2. Sobre este comentário anónimo, mais uma vez anónimo e que desta vez passa... não faltou dizer nada (do que refere no comentário) pois o artigo era e é sobre a vitória coletiva de 1962, pela equipa do FC Porto na Volta a Portugal, e não sobre a carreira do José Pacheco.
    AP

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  3. Ah, ainda ao portista anónimo do costume: O segundo comentário que fez obviamente não é publicado, por conter o costume, com que qualquer pessoa não concorda... Mas desde já lhe digo para reparar melhor em tudo, inclusive na foto em que estão dois antigos futebolistas junto ao José Pacheco na investidura da camisola amarela - pois lá no cimo está a legenda da mesma foto. Adiantando que o Festa estava ali também pela amizade com o seu conterrâneo Pacheco, ambos de Santo Tirso. Mas, repito, convém ver e ler bem tudo, antes de tentar aproveitar qualquer coizita.
    AP

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