Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Efeméride – a vitória do FC Porto no Troféu Corpus Christi, de Ourense, em 1964


Tempos houve, no panorama futebolístico ibérico, em que havia certo intercâmbio de jogos integrantes de torneios entre clubes portugueses e espanhóis, sobretudo do norte peninsular e com maior incidência na vizinhança de Entre Douro e Minho e a Galiza. Além de outros particulares com uma equipa apenas, de visita e receção, ou participação única no âmbito de alguma festividade ou homenagem, por exemplo. Nomeadamente no período do defeso, quando, entre um campeonato acabado e antes do começo de outro, se sucediam encontros desses, havendo troféus então com enraizado prestígio. 

Foi assim, numa ocasião dessas, que o FC Porto foi convidado e participou num torneio com o nome das festas tradicionais da cidade galega de Ourense, o Troféu Corpus Christi, em 1964. Cujo sucesso se deu em plena época do S. Pedro, festa popular em Portugal, e em Ourense decorrem as festividades que têm ponto alto na majestosa procissão do “Corpus Christi” – “faz anos” nesta data, em que escrevemos esta recordação.


Estava-se, pois no início do verão de 1964, sendo a equipa principal do FC Porto treinada nesse tempo pelo brasileiro Otto Glória, passando o plantel por período de renovação, ainda tendo alguns grandes ases da geração dourada dos anos cinquentas, como Hernâni, Carlos Duarte, Virgílio, Arcanjo e Perdigão (por esses dias a acabar as suas carreiras), reforçada que fora a equipa anos antes com a entrada do guarda-redes Américo para titular e chegada ao clube de uns Pinto, Azumir, Atraca, Jaime, etc. Bem como entretanto passara a contar com novos elementos como Almeida, Rolando, Paula, Festa, Nóbrega, por exemplo. Entre outros, alguns dos quais com valor mas que por diversos motivos não tiveram muita utilização, tal o caso de Valdir, bom avançado mas de ação limitada por lesões. E escasseavam ainda as oportunidades de confrontos com equipas estrangeiras, deparando-se assim boas ocasiões, como dessa vez em que o FC Porto defrontou o Deportivo da Coruña e o Athletic Bilbao (que antes fora, curiosamente, o primeiro rival dos azuis e brancos nas competições europeias, em 1956/57).


Passa agora a efeméride da final desse torneio, disputado em finais de junho de 1964, com tal troféu em disputa. Tendo aí o FC Porto ganho a respetiva taça grande, que o capitão Hernâni levantou ao lado dos colegas.   

Com efeito – conf. "Dragões Diário" – então «o FC Porto bateu o Atlético de Bilbau (Athletic Bilbao) por 3-1 (com dois golos de Azumir e outro de Nóbrega) e conquistou o Troféu Corpus Christi, disputado em Ourense (Orense), na Galiza. No primeiro jogo da competição, os Dragões já tinham vencido o Desportivo da Corunha (Deportivo Coruña) pelo mesmo resultado (com outro bis de Azumir e mais um golo de Hernâni). »
Armando Pinto
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