Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

“Visita especial” em documentário do Porto Canal: Os dois treinadores campeões europeus do hóquei do FC Porto com a equipa portista


Na véspera de importante jogo da atual fase da Liga dos Campeões de hóquei em patins, o Porto Canal levou ao atual Museu do FC Porto e depois ao pavilhão Dragão Caixa os dois treinadores que comandaram as equipas do FC Porto nas épocas das duas conquistas da Taça dos Campeões Europeus de hóquei patinado, Cristiano Pereira e José Fernandes.


Então, antes do jogo com os italianos do Lodi, este sábado, o canal televisivo levou ao ecrã as imagens de visita proporcionada aos referidos nomes grandes do hóquei azul e branco, para através dessa realização promover um encontro de incentivo aos atuais hoquistas, com vista à concretização da vitória tão ansiada e consequente repetição da conquista que tem faltado.


Dois treinadores campeões, recorde-se, depois de terem sido jogadores de grande prestígio: Cristiano Pereira, formado no FC Porto e internacional com marcas relevantes, o grande hoquista que esteve no arranque do desenvolvimento do hóquei no FC Porto a partir de finais da década dos anos sessentas e foi bandeira da secção hoquista pelo tempo adiante; mais Zé Fernandes, que com o colega formou dupla avançada de renome.

Foi com agradável surpresa, efetivamente, que vimos Cristiano e Fernandes a andarem pelo museu, conforme tivemos oportunidade de vislumbrar nas imagens do Jornal Universo Porto (da "meia hora", como por cá se diz das 12, 30 h), esta sexta-feira, no canal tv do FC Porto. Tendo os dois craques do hóquei podido rever no Museu FC Porto by BMG as taças europeias que ajudaram a conquistar, além dos outros trofeus e recordações patentes. Embora o atual museu até nem tenha muito material exposto sobre o desporto dos patins, ainda se pode ali ver um “stick” (setique), junto com umas caneleiras doutros tempos e antiga máscara protetora de guarda-redes, tal como uma camisola (das que Cristiano envergou), no pequeno espaço dedicado às modalidades, mais uma estátua, das que estão à entrada, do também antigo mas mais recente hoquista Vítor Hugo (bi-campeão europeu como jogador, então treinado pelos dois recordados valores do passado). 


Nota-se sobremaneira a falta de uma estátua também do Cristiano, que foi efetivamente o maior representante do hóquei portista (um dos primeiros campeões europeus do clube, como campeão em 1969 no Europeu de juniores e durante anos, nos anos setentas e parte dos oitentas, o único portista que ia às seleções de seniores), além de algo do género também de Acúrcio Carrelo, que foi o primeiro internacional do clube no desporto jogado sobre patins. Assim como deveria haver imagens fixas das conquistas internacionais do hóquei e do bilhar, as modalidades que além do futebol já ergueram trofeus de competições europeias.


Cristiano e Zé Fernandes, depois bem acompanhados por Rui Cerqueira, foram ao pavilhão atual do clube e no Dragão Caixa cumprimentaram todos os hoquistas e o treinador da atualidade do hóquei em patins do FC Porto. Com os quais conversaram e puderam manifestar a esperança que reina no seio da família portista, deixando pessoalmente mensagens de incentivo e formulando votos do sucesso ao alcance dos jovens valores que defendem atualmente as camisolas do hóquei do FC Porto.


Dessa louvável iniciativa, em reportagem mais uma vez bem conseguida pelo jornalista Rui Cerqueira, juntamos algumas imagens captadas diante da televisão aqui de casa do autor destas linhas.


Armando Pinto

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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Sexagenário da vitória no Torneio Internacional Militar - Efeméride da conquista da Prova de seleções militares conquistada por Portugal em 1958


Passam agora 60 anos que Portugal foi pela primeira vez campeão internacional em futebol. Antes havia sido no hóquei em patins que o ego lusitano se ufanara já duma conquista de âmbito europeu e até mundial, mas no futebol foi em 1958 que a nação portuguesa teve um título assim, obtido pela Seleção Militar Portuguesa, a equipa representativa das forças armadas, de futebolistas que estavam na tropa, como se dizia, em cumprimento do serviço militar.


Nesse tempo as seleções militares gozavam de grandes atenções, na junção do serviço público que dava prestígio aos governos. E em Portugal o Estado Novo aproveitava naturalmente toda essa envolvência para fins políticos. Como se torna sintomático dessa realidade o facto de então os próprios campeonatos pararem para a realização das fases finais dessas competições, como ocorreu em 1958.


Antes disso já Portugal disputara jogos de apuramento, mas nunca almejara chegar à fase final. Até que em 1958 conseguiu esse desiderato. Tendo a fase final, em modo de disputa decisiva a quatro, ter-se disputado em Portugal, decorrendo as meias-finais e a final em Lisboa. Havia nesse tempo algum descontentamento dos clubes de fora de Lisboa porque os futebolistas eram obrigados a ir a Lisboa treinar, com o desgaste inerente às viagens (“coisa” que naquela altura demorava horas...), acrescido das deslocações dos seus quarteis dumas zonas para outras entre os que estavam mais distantes, em plena discussão do campeonato. Mas como havia a lei da rolha política, era comer e calar, como se sabe historicamente.

Equipa da Seleção Militar de 1958 - Campeões Militares. Estádio José de Alvalade, 26/11/1958. Portugal, 2 - França, 1. Golos de Coluna (1-0) e Hernâni (2-1, de g. p.:) Em cima da esquerda para a direita - Raul Moreira, Vital, Fernando Mendes, Miguel Arcanjo, Vicente Lucas e António Barbosa; em baixo, pela mesma ordem - Hernâni, Coluna, Augusto Rocha, Fernando Casaca e António Mendes. 

Ficou assim na memória esse feito pioneiro do futebol português. Através da Seleção Militar nacional que ganhou o Torneio Internacional Militar disputado em Lisboa, após bater na final a França por 2-1. Disputaram a prova nessa então “final four” 4 países pertencentes à NATO: Portugal, França, Holanda e Bélgica. Tendo nas meias-finais Portugal derrotado a Holanda por 4-3 e a França derrotado a Bélgica por 4-0. O selecionador era o Tenente-Coronel Ribeiro dos Reis e o treinador Otto Glória, ambos ligados ao Benfica. Fazendo parte da equipa campeã três jogadores do FC Porto: Hernâni, Miguel Arcanjo e Barbosa. Enquanto a mesma seleção tinha na equipa oito titulares da Seleção A e todos eram dos melhores das equipas do Campeonato Nacional, incluindo futebolistas dos três grandes e ainda de Belenenses, Académica, Lusitano de Évora e Setúbal.  

Houve então empolgante final, diante da apoteótica decisão do resultado surgida quase ao findar do prélio. Quão aconteceu, por meio do golo da vitória ter acontecido mesmo sobre o encerramento do jogo, graças a penalti convertido por Hernâni.


Para as cores azuis e brancas nortenhas, como quem diz quanto ao sentimento portista, o caso foi de final glorioso, perante o facto de Hernâni ter marcado o golo da vitória na final, além de ter sido o melhor marcador da equipa, da qual era capitão. Tal qual por igualmente terem jogado e bem os defesas Miguel Arcanjo e António Barbosa, também do FC Porto. Acrescida honra de unanimemente Hernâni Silva ter sido então considerado o melhor jogador do torneio, tornando-se no herói maior de tão retumbante conquista.


Significativo da importância de Hernâni, nesse tempo, foi que, apesar de ter feito a tropa em 1952/53 (época em que jogou no Estoril ao abrigo da lei militar, havendo regressado ao Porto na temporada seguinte), foi mantido em reserva-territorial militar para poder jogar pela Seleção Militar, além da própria seleção A. Mantendo estatuto, acrescido à patente oficial, praticamente para poder reforçar a equipa nacional nesses torneios da categoria militar. Obviamente com alguma polémica em surdina, é claro, pois naquela altura mandava quem podia e obedecia quem devia. Eram tempos do regime de Salazar e político-desportivo do sistema BSB.


Hernâni, o grande senhor Hernâni do futebol, ficou assim ligado sobremaneira a esse grande feito, afinal, do futebol português. E o Futebol Clube do Porto, como compensação de tudo o que se passava, esteve ao menos ligado a mais um marco do desporto lusitano.

*****

Curiosidades de enquadramento e relacionamento:

Portugal participara anteriormente e por diversas vezes na fase de apuramento do Torneio Internacional Militar, vulgo Europeu de Seleções Militares de futebol (porque eram por norma finalistas os países europeus), havendo inclusive em 1956 ficado em 2º do seu grupo, mas não se apurando para a fase final, e entretanto sem nunca ter atingido a final.


Assim como depois, tendo Portugal participado na mesma prova até meio da década dos anos sessentas, sempre com seleções formadas por jogadores de valor firmado (inclusive com Eusébio, António Simões, Custódio Pinto, Jaime Silva, Nóbrega, Rui, Pedro Gomes, Jaime Graça, José Carlos, Ribeiro, etc. conforme foi em 1963 e 1964, pelo menos), nunca mais foi atingido o 1º lugar.


Atualmente continua a haver provas do género, mas mais participadas por países de outros continentes, sendo os mais recentes vencedores da Ásia.

O Torneio Militar na Europa foi mais um caso das provas que têm aparecido e desaparecido, por vezes, ou mesmo substituídas ou ainda que foram perdendo a importância anterior. Até ao presente aspeto da nova competição surgida recentemente e ainda em aproximação da fase final, como acontece com a atual Liga das Nações, cuja primeira edição já teve a fase de apuramento e em Junho de 2019 terá a fase final em Portugal, com disputa das meias-finais com jogos em Guimarães e no Porto e a final no estádio do Dragão.

Tal como no Campeonato Europeu de 2016 e também no Torneio Internacional Militar de 1958, em ambos os casos foi a seleção da França a finalista vencida que Portugal defrontou na obtenção dos títulos internacionais de futebol sénior entretanto conquistados.

Nota:
Como reforço, agora no plano descritivo memorando, recorde-se de forma narrativa historiadora algo mais relacionado, com uma visão mais vasta sobre…

“Representações marcantes do FC Porto no serviço militar…pela Grei” - conf. 
(clicando no link)

Armando Pinto
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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Efeméride da estreia oficial de Siska no FC Porto


No dia 23 de Novembro de 1924 o então húngaro Mihály Siska disputou o seu primeiro jogo pelo FC Porto, contra o Progresso, no Bessa. O Porto venceu por 6-1.


Tinha então Siska ainda 18 anos, «quando se estreou na baliza portista, num jogo contra o Progresso e, um ano decorrido, alcançaria o seu primeiro título de Campeão de Portugal…», como é narrado no livro “FC Porto figuras & factos 1893-2005”.

= “O grande guarda redes do Football Club do Porto, MIGUEL SISKA” capa de revista do tempo: Revista "o az", nº 26, de 7 de Abril de 1929. =

Nascido em 1906 na sua cidade natal de Budapeste, na Hungria, Miguel Siska veio para o Porto aos 18 anos, oriundo do Vasas de Budapeste para o Futebol Clube do Porto. E logo reforçou a equipa portista com sua valia à frente das balizas, de tal modo que era considerado um dos melhores jogadores europeus na sua posição, ficando conhecido por "meia-equipa" perante sua importância no jogo coletivo e defesa do  seu reduto.


Após se ter radicado em Portugal e haver naturalizado português, já como Miguel como nome adotado, não chegou contudo a ser selecionado para a seleção portuguesa de futebol, embora tido popularmente como melhor guarda-redes de seu tempo a atuar no campeonato luso. Contudo foi então o guardião da seleção da Associação de Futebol do Porto e da seleção do Norte, em jogos que ao tempo eram habituais entre equipas representativas das associações e das regiões.


Entretanto Siska fez saliente carreira desportiva em Portugal ao serviço do FC Porto, tendo sido carismático guarda-redes. A pontos de fazer parte do imaginário memorial do mundo portista pelos tempos adiante, acrescido de ter sido ainda treinador campeão pelo FC Porto, também, em duas épocas de conquistas do título nacional.

Um dos Campeões de Portugal de 1925 pelo FC Porto, Miguel Siska voltou a ser Campeão como jogador guarda-redes em 1931/32. Além de ter sido campeão regional em diversos Campeonatos do Porto ganhos pelo FC Porto. Até que já na pele de treinador ampliou a conta com os Campeonatos Nacionais conquistados em 1938/39 e 1939/40.

= Miguel Siska como treinador do FC do Porto Campeão Nacional de Futebol. Foto da equipa que terminou o campeonato na época 1939/40.

Após ter abandonado o cargo de treinador, por motivo de doença, já há muito radicado na cidade do Porto, Siska continuou ligado ao FC Porto, havendo então desempenhado funções na secretaria do clube. Tendo, como tal e por fim, falecido com apenas 41 anos, a 23 de Outubro de 1947, em plena véspera da festa de homenagem que lhe ia ser prestada em vida pelo FC Porto (e que, por tal infausto acontecimento, seria realizada a título póstumo poucos dias depois). Ficou sepultado no Porto, em mausoléu que durante anos foi um dos locais de romagem para homenagens evocativas (além do próprio Mausoléu do FC Porto e sepulturas de António Nicolau de Almeida, José Monteiro da Costa e Jorge Orth) com deposição de coroa de flores, aquando da anual comemoração dos aniversários oficiais do FC Porto.


O seu currículo grandioso faz também parte de diversas publicações de âmbito do simbolismo dragoniano. Merecendo por isso que seja evocada em sua memória a data correspondente à efeméride em que tudo começou, na parte respeitante a tão brilhante percurso.

Armando Pinto
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Obs.: Imagens, com a devida vénia, do blogue “dragãodoporto” (na impossibilidade de digitalização de documentação de arquivo do próprio autor, por dificuldades técnicas momentâneas. Motivo de ultimamente não se ter aqui podido desenvolver mais os temas, por impedimento de captação digitalizada de material próprio). Com exceção da foto do mausoléu, fotografada duma revista, por captação fotográfica pessoal.

AP

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

62º Aniversário Natalício do “Bibota” Fernando Gomes


Nem toda a gente tem o condão de merecer atenções especiais de quem sente afinidade por algo comum, como não se pode andar sempre a lembrar assuntos comuns a muita gente. Mas casos há em que se torna incontornável essa simpatia e extensiva ligação. Como no facto dum dos grandes referenciais da relação portista. Tal se passa com Fernando Gomes, o goleador do FC Porto bi-vencedor da Bota de Ouro europeia, por isso conhecido sintomática e popularmente por “Bibota d’Ouro”. Um dos maiores valores da história do futebol do FC Porto, na linha anterior duns Pinga, Valdemar Mota, Siska, Soares dos Reis, Araújo, Hernâni, Pedroto, Virgílio, Américo, Festa, Custódio Pinto, Rolando, Cubillas, etc; e ao mesmo tempo e posteriormente a ele, Fernando Gomes, também duns Oliveira, Rodolfo, Madjer, João Pinto, Deco, Vitor Baía, Jorge Costa, entre outros.


Pois Fernando Gomes, referência portista e constante recordação, como tal, é nesta data de 22 de novembro tema de congratulação, na passagem de seu aniversário natalício. Motivo que leva o autor deste blogue, como portista e admirador do carisma azul e branco que ele representa, a apresentar-lhe por este meio os correspondentes meus cumprimentos de parabéns.

Como abraço representativo desta felicitação pessoal, junto algumas imagens retiradas da bibliografia respeitante ao “Gomes do Porto”, em captações fotográficas de material da minha biblioteca particular.


Parabéns Gomes! E que esta comemoração se repita por muitos anos e as recordações comuns permaneçam por muito tempo, também!


Armando Pinto
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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Falecimento do histórico andebolista Cândido Borges


Através dos contactos do facebook chegou notícia de mais um desaparecimento físico de alguém de nome valoroso do mundo portista. Ficando-se assim a saber que faleceu o antigo andebolista Cândido Borges, um memorando atleta do FC Porto que na modalidade do andebol foi dos que jogaram em ambas as variantes, tendo feito parte de equipas de formação e depois do plantel sénior portista, quer no antigo modelo do Andebol de Onze como no posterior (e atual) do Andebol de Sete.

Conjugando esse passado valioso, Cândido Borges em tempos recentes extravasou através do facebook ainda sua faceta publicista, ele que em tempos foi artista de artes gráficas, também. Havendo assim pela via da informatização global interagido com gente da família portista, com quem havia afetividade da paixão azul e branca.

= Cândido Borges na equipa de Juniores do FC Porto em Andebol de sete, na época 1970/71. Conjunto que se sagrou Campeão Regional de Juniores. Pose da fase final, correspondente a jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, a 27/02/1971: FC Porto, 29-FC da Maia, 19. Na imagem, em cima e da esquerda para a direita - Soares (G.R.), Aníbal Leite, Couto, António Torres, Adriano Coutinho Reis Miranda e Jaime (G.R.); em baixo e pela mesma ordem - Costa, Pacheco, Cândido Borges e Pedro. (Foram também campeões, sem terem ficado na foto, Cunha e Leal).=

Cândido Borges, além de grande valor como desportista, foi um portista de gema, na linha de seu progenitor, o antigo diretor Alfredo Borges: um grande portista, conhecido entre a ala de célebres adeptos colaboradores desse tempo, uns sócios e outros também atletas, que se dedicavam ao clube como apoiantes ativos, quais, entre outros, uns Adriano Sampaio Castro, Alexandre José Magalhães, Jorge Nuno Pinto da Costa, etc. Tendo Alfredo Borges, sido entretanto dirigente que, entre diversas funções dentro do clube, sobretudo durante parte das décadas de sessenta e setenta, foi por fim Chefe do Departamento de Futebol. Tudo isso a juntar à vida profissional, sendo de sua família a então conhecida Editora Inova, que, para lá da edição de muitos e bons livros que fazem parte da memória bibliográfica nacional, também publicou diverso material de temática portista. Em cuja tipografia, Inova-Artes Gráficas, gerida por Alfredo Borges, trabalhava também o filho, Cândido Borges.

= Cândido Borges na equipa do FC Porto de Andebol de Onze da época 1974/75, da conquista do último título de Campeões Nacionais dessa variante. Foto da Final da despedida, na decisão oficial do último Campeonato Nacional de Andebol de Onze: Jogo no Estádio das Antas / FC Porto, 19 - Sport Progresso, 4. Na imagem: em cima da esquerda para a direita - Sá Pinto, Cândido Borges, Francisco Resende, José Borges, Salvador Massada e Zoran; em baixo, pela mesma ordem - Leandro Massada, Eugénio, Rochinha, Adriano Coutinho Reis Miranda, José Pinheiro e Orlando.=

Cândido Borges bem merece esta evocação memorial, que aqui fica como homenagem ao seu portismo. Quão conhecido foi, tal como sua afeição clubista. Nesse tempo ajudava ao conhecimento dos atletas do clube a publicação do jornal O Porto, através do qual os seguidores do dia a dia portista andavam a par da atividade azul e branca, já que a televisão (em tempo de existência só da estatal RTP) estava mais virada a difundir o que dizia respeito a vermelhos e verdes de Lisboa. Como isso faz lembrar o retorno ao passado que tem vindo a pegar, com os canais televisivos atuais... Salvando a honra da exceção o Porto Canal, por meio do qual mesmo quem vive mais longe também fica a conhecer os atletas das diversas modalidades portistas.   

O admirado andebolista, conhecido familiarmente por Docas entre os seus colegas do desporto, teve exéquias fúnebres na igreja da Lapa, no Porto, na tarde desta quarta-feira; ficando por fim sepultado no cemitério da Irmandade da Lapa, campo santo de grande carisma, onde também repousam pessoas como o célebre escritor Camilo Castelo Branco, o famoso compositor musical e antigo Reitor  da Lapa Padre Luís Rodrigues, o antigo futebolista e grande figura do FC Porto Hernâni Ferreira da Silva, entre outros. 

Até sempre Cândido Borges! Mais uma estrela portista fica assim a brilhar no firmamento azul, a velar no além celestial pela justiça da causa portista.

Armando Pinto
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Obs. Imagens partilhadas das páginas do facebook dos amigos Paulo Bizarro e Paulo Jorge Oliveira.
   
AP

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Efeméride do contrato de Sérgio Conceição para entrada no plantel principal do FC Porto…


«A 20 de novembro de 1995, um jovem que tinha acabado de completar 21 anos e que jogava no Felgueiras emprestado pelo FC Porto renovou contrato por mais três anos com os Dragões. Já está a ver quem é, não está? Se pensou em Sérgio Conceição, pensou bem. Na altura, o extremo que brilhava numa equipa que era treinada por Jorge Jesus expressou um desejo para o futuro: “Quero fazer carreira neste clube”. E, como bem sabemos, fez mesmo. Nas duas épocas seguintes integrou o plantel principal do FC Porto, participou em 77 jogos e marcou dez golos. Em 2003/04, após experiências bem-sucedidas na Lazio, no Parma e no Inter, regressou ao Porto para mais 12 jogos e um golo. E em 2017/18 tornou-se treinador do FC Porto. Nestas três passagens pelo clube, como jogador e treinador, já acumula no palmarés quatro Ligas portuguesas, uma Taça de Portugal e duas Supertaças. Nós só queremos que esta lista continue a crescer…»

Assim é referido na newslleter “Dragões da Diário” o facto histórico da assinatura do contrato definitivo do Sérgio e por extensão toda a envolvência da ligação de Sérgio Conceição com o universo portista.


Na ocasião Sérgio Conceição estava a jogar por empréstimo no Futebol Clube de Felgueiras, na primeira e única época, até agora, em que o clube duriense esteve na divisão superior do futebol português. E, ao tempo, o jovem Sérgio Conceição estava já a dar tanto de si em tal experiência na equipa da terra do Pão-de-ló, que levou a cativar as atenções dos responsáveis do FC Porto, de modo que logo no outono desse ano houve renovação do contrato com o FC Porto, ainda a época futebolística ia sensivelmente a meio da primeira volta do campeonato nacional. Ficando logo assim segura a continuidade do então jovem avançado na sua ligação efetiva ao grande clube Dragão.  


Armando Pinto
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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A 2ª Bota D’ Ouro de Fernando Gomes, de direito ao epíteto “Bibota”!


Na mesma época do primeiro campeonato conquistado pelo FC Porto na era de Jorge Nuno Pinto da Costa, a temporada futebolística de1984/85 também «foi histórica para Fernando Gomes que marcou uns extraordinários 39 golos em 30 jornadas, que lhe valeram a segunda Bota de Ouro da carreira. Recebeu-a a 19 de novembro de 1985, a três dias de festejar o 28.º aniversário, numa cerimónia que teve lugar no majestoso Circo de Inverno em Paris. O almoço decorreu no local por onde habitualmente entram as feras e o jantar no Hotel Méridien, onde o avançado brindou com os jornalistas que o acompanharam nesta segunda visita à capital francesa para ser distinguido com o troféu de melhor marcador da Europa. Há 33 anos, neste dia, Gomes passava a ser conhecido por “Bibota”, o maior goleador do nosso clube.»

Sendo o goleador Fernando Gomes um dos grandes símbolos da representatividade histórica do FC Porto, juntamos algumas imagens relacionadas com seu percurso, dentro do que é guardado com grande estima no arquivo pessoal do autor desta singela homenagem de evocação.


Fernando Gomes já por diversas vezes mereceu referências memoriais neste blogue, voltando desta vez a ser figura de destaque, na passagem da efeméride da sua 2ª Bota de Ouro da Europa. 


Nota: Para recordar alguns dos artigos sobre Gomes, aqui, pode-se rever neste espaço clicando em



Armando Pinto
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