Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Na senda histórica de empates entre FC Porto e Sporting… uma recordação de janeiro de 1943


Refletindo ideia patente no título desta rememoração, sendo que os empates nos jogos do FC Porto com o Sporting não são muito de admirar, vem a talhe evocar um dos diversos empates nos prélios entre os dois contendores que sempre tiveram algo em comum por serem os principais opositores ao clube do regime, o tradicionalmente mais protegido e beneficiado Benfica.

Quase ao calha, no meio de tantos jogos empatados pelos dois tradicionais contendores representantes de Norte e Sul do País – a propósito do recente jogo, disputado em Lisboa e que não satisfez totalmente os desejos portistas, como melhor da atualidade que é verdadeiramente o FC Porto do século XXI – recorda-se um outro disputado encontro, dessa feita realizado em território portuense, em meados do século XX.


Como tal, proporciona-se ao caso um jogo disputado também ao correr do mês de Janeiro, no já longínquo ano de 1943. Esse decorrido na cidade do Porto, no ao tempo recinto do FC Porto, o célebre campo da Constituição. Estando então a II Grande Guerra mundial ainda no auge, lá ao longe nos intestinos da Europa, sob cujos efeitos Portugal passava temporada de barriga quase vazia, perante o racionamento oficial e tudo o que faz parte da memória histórica, apesar do regime político se intrometer com tentativas de distração.... 

Enquanto isso também, no mesmo Portugal desse tempo, a vida seguia e, nesse mês, houve um jogo de por momentos fazer esquecer os efeitos da guerra. Iniciado uma semana antes que fora o Campeonato Nacional de futebol, disputava-se a 2ª jornada da prova maior portuguesa a meter um jogo dos clássicos Porto-Sporting. Tendo o Campeão do Norte, FC Porto, recebido o lisboeta Sporting em renhido jogo que terminou com igualdade no resultado e consequente divisão de pontos, quais despojos resultantes de dois golos marcados pelo possante Correia Dias, em resposta aos tentos adversos de Peyroteo e Cruz. Com a retaguarda azul e branca ainda sob sequela da mudança verificada na frente da baliza, após a saída do país do guarda-redes Andrasik e sua substituição forçada por Valongo, em período que, depois, também levou a alternarem temporariamente Luís Mota e Soares dos Reis II  como guardiões do reduto portista .


Nesse jogo, disputado a 17 de Janeiro, ao correr do referido ano de 1943, o FC Porto teve como representantes, além do goleador Correia Dias, também o guarda-redes Valongo, mais o grande ídolo Pinga e seu adjuvante Gomes da Costa, mais o emblemático Araújo e ainda uns Guilhar, Baptista, Anjos, A. Nunes, Alvarenga e Florêncio. Alguns dos que se podem rever em imagens da coeva reportagem inserta na revista "Stadium", na edição seguinte à ocorrência do mesmo jogo, como interessante testemunho dos clichés da época.

Armando Pinto
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