Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Evocação do Campeonato Nacional de Juvenis de Hóquei em 1971 – o 1º Título de Campeão Nacional do Hóquei em Patins do FC Porto


A 2 de Outubro de 1971 disputou-se em Coimbra a Finalíssima do Campeonato Nacional de Juvenis de Hóquei em Patins, no encerramento da época dessa temporada para os jovens hoquistas de tal escalão. Com o FC Porto a fazer uma exibição de gala, em atuação não expressa no resultado perante uma arbitragem vergonhosamente tendenciosa, que roubou momentaneamente a alegria que essa vitória devia proporcionar aos que seriam justos vencedores. Contudo, como o FC Porto se sentiu prejudicado, embora não podendo ir contra a palavra dos intervenientes desonestos, mas como havia um desleixo administrativo, tendo o adversário alinhado com um jogador mal inscrito, o clube reclamou, protestando oficialmente. Ora pelos regulamentos essa irregularidade fazia com que a culpa redundasse em derrota da equipa infratora. Então, apesar de grande demora e relutância federativa, acabou por ser dada razão ao FC Porto, pois não havia volta a dar.... Assim o título foi homologado, sendo o FC Porto oficialmente reconhecido como Campeão Nacional de Juvenis de 1970/71 e os hoquistas da equipa de Juvenis do FC Porto puderam ser agraciados como campeões nacionais.


Tinha o FC Porto uma equipa jovem de se lhe tirar o chapéu, melhor dizendo o boné de adepto. Tendo dado gosto acompanhar toda essa campanha, “torcendo” para que esses então jovens valores fossem campeões e assim os entusiastas do hóquei patinado portista tivessem finalmente uma grande alegria, através desse escalão da modalidade.  

Ao tempo brilhava na mesma formação João Paulo Barbot, que era autêntico maestro do conjunto, sendo como tal o lider e capitão de equipa. Com um estatuto que fazia com que por vezes treinasse e sobretudo convivesse muito com os seniores, inclusive. Como testemunha uma foto em que posou ao lado de José Castro, em ocasião que o guarda-redes da equipa senior do FC Porto vestia a camisola da seleção nacional.


O Hóquei em Patins do FC Porto (surgido definitivamente a meio da década de cinquenta, mas que apenas em finais dos anos sessentas atingira posição de relevo no panorama do hóquei nacional), além dos títulos regionais entretanto ganhos e do Metropolitano de 1969 conquistado, não tinha conseguido ainda até esses tempos qualquer título nacional em seniores, nem noutros escalões, apenas havendo sido vice-campeão. Até que finalmente em 1971 veio para as Antas o título Nacional de Juvenis, o primeiro da história do Hóquei em Patins do FC Porto.

= Imagem oficial da equipa dos Campeões Nacionais de 1971 - foto original oferecida ao autor pelo amigo João Paulo Barbot, como ficou escrito  no verso da fotografia.

Ora, para isso tudo contribuiu que a equipa juvenil do FC Porto tinha feito uma época excelente e chegada a fase final do Campeonato Nacional, continuou a dar boa conta. Aí, ao fim de seis jogos do calendário da fase decisiva, com o FC Porto e a Juventude Salesiana de Lisboa em igualdade no cimo da classificação, foi preciso recorrer a uma finalíssima, esticada ainda com prolongamento. Tendo só então, no tempo extra e sem poder mais competir com a arbitragem, os juvenis portistas acabaram por ter de sair tristes, sentindo-se injustiçados. Porém vitoriados pelo público, perante sentimento geral que deviam ter sido vencedores em rinque. Título esse mais tarde devolvido, afinal, após reclamação. Tendo sido por fim retificado e ratificado, com a decisão final que resultou em correção e atribuição validada.

Daí o que que ficou registado nos apontamentos de arquivo pessoal dum portista ainda jovem (como era ao tempo o autor deste blogue), apaixonado entusiasta do hóquei portista, apoiante à distância física da distância geográfica até à área da Invicta:


Conquistado finalmente o direito de receberem as faixas, os Campeões do FC Porto foram fotografados dentro do pavilhão de treinos das Antas (mais tarde chamado de Pavilhão Afonso Pinto de Magalhães), com faixas ostentando as cores do clube; e depois já com as faixas listadas de verde e vermelho de campeões nacionais, mesmo no centro do relvado do estádio mítico do FC Porto, diante da histórica bancada central das Antas.

Eis essa pose histórica: 

= Foto dos Campeões. Em pose à posteridade, na qual, ladeando os jovens triunfantes, ficaram também os dirigentes da secção, de um lado (esquerdo da imagem) Sampaio Mota e, do outro, Fernando Barbot (pai); estando ao centro o treinador Manuel Correia de Brito (e o chefe de secção e o treinador tendo ao lado também filhos seus, os hoquistas João Paulo Barbot e Fernando Correia de Brito, respetivamente). 

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))

1 comentário:

  1. Obrigado por mais esta partilha e lição de história desportiva. Se não fossem blogs como este muitas histórias ficavam no esquecimento, porque nos jornais e televisões do Estado e empresas de TVs com sedes em Lisboa só o que é dos lados mouriscos tem lugar. Sem esconder que mesmo os chefes do F C do Porto não se preocupam em transmitir à generalidade coisas destas.

    ResponderEliminar