Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Na calha de recordes de futebol: Um “record” mundial do guarda-redes Américo


Em tempo de recordes do mundo do futebol, a propósito da recente sequência de recordes do jovem avançado do FC Porto Fábio Silva (que depois de outros também no jogo de domingo diante do até então surpreendente primeiro classificado, Famalicão, contribuiu para a sintomática vitória portista com um golo com que ficou a ser o mais novo marcador portista no estádio do Dragão e em jogos do campeonato português); assim como os muitos recordes de Cristiano Ronaldo a nível internacional; há também recordes quase desconhecidos na atualidade, que convém lembrar. Como nunca se poderá esquecer, por exemplo, que o guarda-redes Armando, que teve apogeu com as camisolas do FC Porto e do Sporting de Braga, alcançou um recorde mundial de defesa de penaltis seguidos (quatro, em jogo de torneio disputado pelo FC Porto em Caracas, na Venezuela, diante do Celta de Vigo), tal qual há outro de Américo, o guarda-redes “Baliza de Prata” do FC Porto, que se alcandorou com marca mundial de relevo, de “menos batido do mundo” numa época.


Tais marcas inéditas que vão sendo atingidas, ganham atração na própria ocasião. Mas depois, a maioria dos recordes, passados tempos, passam ao olvido, quantas vezes, assim como noutros casos nem são muito valorizados. Então no aspeto da portugalidade desportiva se os recordistas não forem do clube do regime ou de seus amigos é que não há mais nada para ninguém… mais.


Ora, para que conste, o caso de Américo, obtido em tempos já algo remotos e agora aqui a vir acima das lembranças, foi relembrado num jornal que, talvez por via dessas cócegas, durou pouco tempo. Mas, apesar de desaparecido, consta em arquivos e terá de existir em registos históricos. Tratando-se do jornal semanal Golo, em cujas páginas de sua edição nº 30, da semana de 12 a 18 de Março de 1981, a propósito da realização do clássico entre Benfica e FC Porto em disputa à época, fez reportagens de retrospetiva com os antigos guarda-redes Costa Pereira e Américo, de um lado e outro. De cuja parte respeitante ao “Keeper” portista recuperamos o que foi referido de Américo, no caso mais próprio da apresentação.


Américo foi o Guarda-redes sobre o qual Di Stefano, um dos melhores avançados de sempre do futebol mundial, afirmou um dia que foi dos melhores que viu defender.


Pois Américo, como um grande guarda-redes do FC Porto, que defendeu as balizas do FC Porto em tempos difíceis de jejuns de títulos, conseguindo com seu valor superar o que foi acontecendo, defendendo lá atrás quanto podia, quase que a defender e disfarçar as irregularidades e diferenças de setores da equipa azul e branca em épocas de menores possibilidades, etc, e tal, a juntar à tradicional contrariedade das arbitragens, está na memória portista como grande guardião e histórico garante da estabilidade possível do clube quando o FC Porto não ganhava praticamente nada, após o título nacional de 1958/59, com a Taça de Portugal de 1968 pelo meio. Sendo um daqueles valores que no FC Porto continua a ser pessoa familiar, não pelo sangue mas pelo coração. Cujos feitos serão eternamente de nosso apreço, como consideramos nossas as suas vitórias, quão temos como glórias pessoais as dos jogadores do FC Porto.  


Armando Pinto
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