quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Representações marcantes do F C Porto no serviço militar... pela Grei!


Honrosa e glorificante tem sido a presença do F C Porto em todos os momentos mais significativos para o desporto luso, desde que na primeira seleção nacional de futebol logo esteve um representante do F C Porto, passando pelas sucessivas prestações nos Jogos Olímpicos, nos Europeus e Mundiais de futebol sénior e categorias de formação, etc. até à inclusão Portista nas seleções militares. E, extensivamente, ainda em momentos de prestação bélica, na necessidade de comparticipação na defesa dos interesses nacionais, igualmente o F C Porto prestou sua quota-parte, marcando também presença dignificante pela Grei, através de representantes do clube que souberam dar seu contributo e inclusive o sangue ao serviço da Pátria.

Honras merecem esses heroicos bravos soldados também quase desconhecidos, sendo tal préstimo em benefício da identidade coletiva. Havendo notícias de comparticipação na Primeira Grande Guerra Mundial, por meio de homens que entretanto haviam defendido a camisola do F C Porto e depois rumaram a campos de batalha onde foi preciso seu esforço bélico, em prol dos ditames nacionais. Cobrindo-se de glória também, nesse outro mérito, em resposta à chamada da Pátria, cuja política fez incluir Portugal nessa luta internacional.


Desses bravos homens de armas, que integraram as lutas das trincheiras, estiveram mesmo destemidos soldados-atletas do F C Porto, rogados em serviço militar obrigatório e como tal incorporados no corpo expedicionário, uns que voltaram mais tarde e um que não chegou a regressar - o então Tenente e depois Capitão Vidal Pinheiro, por haver caído morto em pleno ato de bravura. Com honra e glória a esse Portista falecido, deixemos discorrer algumas páginas em que estão narradas derivadas ocorrências.



Talvez pelo comprazimento derivado da época, sendo esse um tempo de afirmação física de homens de barba rija, terminada a guerra mundial e no rescaldo das movimentações guerrilheiras, houve profusa criação de agrupamentos tendentes a exercitar as destrezas sobejastes. Tendo, por essa altura, dentro das atividades do clube, também havido um departamento relacionado, como foi a secção de Tiro de Guerra, não com objetivos militares mas de uso de armas belicosas – conforme dá conta um trecho da história do F C Porto.


Mais tarde, passadas outras guerras, em que naturalmente foram mobilizados alguns dos representantes do F C Porto, igualmente o clube esteve noutros campos, como no aspeto desportivo representante dos setores beligerantes. Assim, tendo havido equipas representativas de nações com formações combatentes, na seleção nacional militar foram incluídos mancebos Portistas que, ao tempo, estavam na tropa. Havendo num dos anos, em que houve competições a esse nível, Portugal vencido a prova respeitante, inclusive com um futebolista do F C Porto portando-se como principal obreiro desse feito. Aconteceu isso no Torneio Europeu Militar realizado em 1958, com a presença de três então jovens jogadores do F C Porto, Barbosa, Miguel Arcanjo e Hernâni. Dos quais se salientou de modo especial Hernâni Ferreira da Silva que, além de capitanear a equipa, foi o principal goleador e até marcou o golo decisivo na final.

Desse acontecimento desportivo, mas de carácter militar, já demos anteriormente alguma ênfase num outro artigo, noutro dos nossos espaços aqui na blogosfera. Acrescentando agora, como ilustração, mais duas imagens correspondentes, como são a gravura cimeira deste post, com todos os elementos fardados, e o cliché aqui anexo, na apoteose do herói do encontro…


Passados esses jogos e movimentos de acalmia, deparou-se depois a guerra colonial, durante cujo período muitos foram os Portistas também apurados, ou seja considerados aptos para a guerra, forçando a longas ausências e consequente enfraquecimento da equipa. No que o F C Porto não podia lutar com armas idênticas aos adversários das disputas desportivas, como é sabido…

Quanto a isso, para não jurarmos em vão, deixemos falar Jorge Vieira, antigo dirigente do futebol do clube, na sua recordação já dum período de finais dos anos sessentas e inícios da década de setenta – como narra no seu livro “Pedroto, Cubillas e muito mais…”: 


Apesar desse tratamento oficial, nunca o F C Porto fugiu de desempenhar seu papel compatriota nas inerentes participações relacionadas, como eram as oficiais ações de ânimo nacional, em digressões às então colónias, onde se desenrolavam operações da guerrilha e defesa. Como serve de exemplo um ato protocolar de que dá conta um instantâneo coevo, vendo-se alguns elementos da comitiva do F C Porto que foram em digressão a Angola, corriam ventos de mudança no teatro de guerra, em 1972. Tendo aí a representação do F C Porto homenageado os soldados portugueses, indo depor um “bouquet” de flores numa sepultura condizente – como se nota na fotografia, vendo-se o capitão Pavão na incumbência da missão, entre o então chefe de secção do futebol portista e um representante das autoridades locais; na presença, mais atrás, de Rolando e Manhiça, e, ao lado, também Helder Ernesto.


Dentro dessas atribuições de representatividade, noutras deslocações oficiais também o clube se fazia representar ao nível de instâncias superiores, conforme se prestavam os membros da respetiva delegação clubista quando visitavam as províncias ultramarinas. Conforme acontecia no papel de embaixadas, tal o caso duma digressão à Guiné, em 1974 (pouco antes do golpe do 25 de Abril), em que a representação do F C Porto, através do dirigente Jorge Vieira e do futebolista Cubillas, apresentou cumprimentos às autoridades governamentais à chegada a Bissau.


Entretanto diversos atletas de outras modalidades do ecletismo portista também andavam na guerra ultramarina, lá pelas picadas do capim africano. Alguns dos quais nossos conhecidos, que, desde Cabo Verde a Timor, cumpriam tempo de mobilização, longe das famílias e do ambiente desportivo, ficando as equipas respetivas deveras amputadas, até que se desse o regresso.

Era esse um período conturbado, e ao mesmo tempo de características muito próprias. A ponto de ter deixado algumas curiosidades afetivas também. Ajustando-se certas circunstâncias ao fascínio das raridades, em visão posterior. Tal como ficou na história, de modo particular pelos meios próprios que eram usados, para efeitos compensatórios. Num âmbito em que havia, entre diversas particularidades, os chamados aerogramas, uns desdobráveis que, depois de colados, em arremedo de envelope, serviam para correspondência de porte gratuito. E o autor destas linhas ainda recebeu alguns, como se demonstra por via dum exemplar, na imagem junta…


Enfim, o F C Porto sempre esteve presente nos momentos importantes da vida nacional e, como alguém disse, também onde se faz história. Com gente que não vira a cara a nada, seja em lutas de guerras por missão de defesa de soberania institucional, como nas pugnas desportivas dentro dos campos de competição.

Armando Pinto
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Nota:  A propósito, confira-se 
                                            (clicando no link) em

A.P.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Abertura oficial e perspetivas presentes e futuras do Museu F C Porto


O Futebol Clube do Porto voltou a ter museu. Onde estão patentes muitas das taças conquistadas nas diversas atividades desportivas, tal qual distinções do historial azul e branco e diversificadas recordações do mundo Portista. E que museu…!

Então, após a inauguração protocolar que ocorreu a 28 de Setembro, no dia do 120º aniversário do clube, houve abertura oficial ao público neste passado sábado, a 26 de Outubro, agora com o museu praticamente concluído e o acervo museológico recheado, acrescido da instalação de algumas valências de complementação e apoio, como um bar à entrada e nova loja de venda de produtos relacionados com a simbologia do Dragão.


Tudo isso teve uma inauguração festiva, desta vez aberta ao público verdadeiramente interessado e apaixonado, através de um programa simples, mas marcante. Sendo as portas abertas ao toque da dança do dragão, feito o ritual próprio em frente à entrada do museu, como que a abençoar as instalações e os entusiastas presentes, numa entrada a passo pleno de bons augúrios. Seguindo-se as visitas iniciais, logo a saciar tão ansiosa curiosidade, de muitos e bons apoiantes da causa dragoniana.



O F C Porto, efetivamente, merecia um museu assim. Depois dos anteriores espaços que funcionaram, como museu, nas antigas sedes e no já desaparecido estádio das Antas, passa agora a haver um novo e muito enriquecido museu, em conceito moderno e atraente. Onde há muito que ver e apreciar, mas sobretudo deveras para sentir e reviver.

Quanto que se possa dizer ou escrever, para descrever o que é aquilo, será sempre pouco para o muito que ali está. O melhor é entrar, para se poder ver e saber quão importante e grandioso é o atual museu do F C Porto.

Neste ínterim, tendo ainda presentes as sensações vividas, registamos o acontecimento através de recortes de reportagem impressa na edição deste domingo do jornal O Jogo, por quanto ficam na História as emoções sentidas.


Pessoalmente, nas quase três horas que lá dentro andamos, para trás e para a frente, bem como para os lados naturalmente, não demos pelo tempo a passar e sinceramente estivemos absortos de tudo o mais. Curiosamente, sendo esse dia, da abertura e tal nossa primeira visita, na véspera do jogo F C Porto-Sporting (um encontro de características especiais pelas afirmações provocadoras dos dirigentes e jogadores leoninos), nem esse facto veio sequer à ideia. Também porque era muita a fé na vitória, como afinal aconteceu, novamente, mas em especial pela absorção nutrida naquele espaço das estrelas do firmamento azul e branco, através da mostra de tantas glórias e memórias do historial alvi-anil. 


Com o passar do tempo chegamos entretanto ao final do percurso, por fim, sem sequer saber se conseguimos ver tudo, pois não chegamos a ter diante dos olhos algumas peças de estimação que não vislumbramos, na ocasião, mas lá devem também existir, como o grande trofeu Somelos-Helanca ganho pelo Américo, então distinguido como melhor futebolista nacional de 1968, por ser uma taça que nos encheu os olhos em anteriores vistas no antigo museu das Antas, tal qual a Baliza de Prata que o mesmo guardião Américo conquistou em 1964/65, entre outros exemplos. Por entre tantos objetos e adereços que falam da vida do F C Porto ao longo dos tempos. Embora se note, por outro prisma, que houve seleção dos trofeus colocados, pois não estão tantos como estavam nas salas-museu antigas, o que é de estranhar, pensando qualquer adepto que todas as taças conquistadas devam estar expostas, por quanto significam de dedicação e vibração.

Obviamente, segundo entendemos, haverá ainda algumas colocações em falta, por ora, como acontece de nem todas as taças exibidas terem junto a devida numeração condizente, para leitura da legenda, assim como, no corredor inicial e mais escuro, pelo menos, a legendagem necessitar ainda de alguma luz a incidir sobre as legendas, para ser visível a respetiva mensagem. Tal qual na parte das modalidades dever passar a haver algum espaço mais respeitante, com maior número de artigos, porque todo o passado do ecletismo do F C Porto merece uma mais ampla representação.  Assim como seria de todo o interesse que, tal como está muito bem concebido o recordatório quanto aos campos de futebol e estádios usados, também houvesse alguma atenção às instalações que existiram na cidade desportiva das Antas, bem como outras, tal qual nos lembramos da piscina, pavilhão ginodesportivo de treinos (Pinto de Magalhães), Gimnodesportivo de competições (Américo Sá), ginásio das Antas e da rua Alexandre Herculano, mais o atual pavilhão Dragão Caixa (para o qual até estarão em armazém algumas recordações alusivas à inauguração). Sem esquecer as diversas sedes sociais. Enfim, tudo isso e algo mais, se possível, para que seja deveras mais completa ainda a memorização do percurso entretanto acontecido na existência do F C Porto. Na visão de atento estudioso do palmarés do clube e obviamente também dos seus e nossos atletas que admiramos como representantes do F C Porto, e demais existências patrimoniais. Enquanto tudo o mais, em suma, torna resplandecente o cenário eloquente ali consubstanciado.


Espaço esse que ainda irá ser ampliado, como já se sabe e aqui anotamos, através de recorte da referida reportagem do jornal O Jogo. Ficando assim, também aqui patente, uma perpetiva do porvir, quanto ao que poderá ser acrescido futuramente neste tão querido Museu F C Porto.


Que dizer mais? Ora... Como dizia o Poeta: «...E de hora a hora cresce o baluarte»!



Armando Pinto

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domingo, 27 de outubro de 2013

+ Para a História: F C Porto consolida 1º lugar e corta tenras garras dum leãozinho… numa lição dada pela aldeia-capital do futebol português…!


Liga portuguesa/Portuguese league, 8.ª jornada/Matchday 8 (como se vê cá por cima, nós, os que vamos no comando, também sabemos escrever em inglês quando queremos...!

RESULTADO FINAL/FINAL SCORE: FC Porto-Sporting, 3-1 (com golos do F C P por Josué, aos 11 minutos de jogo, a fazer 1-0; Danilo, aos 62 m, a colocar o placard em 2-1, desfazendo a igualdade que surgira instantes antes; e, por fim Lucho, aos 74 m, selou o desfecho, em 3-1; enquanto o único tento leonino acontecera, entretanto, por intermédio de Wilson, aos 60 minutos). Resultando uma vitória da sensatez e classe contra a maledicência e ineficácia.



Numa clara demonstração de classe e a marcar a diferença, entre o F C Porto normal e um leaozito ainda de leite, com fortes bofetadas bem dadas ao arrogante novato presidente sportinguista bruninho dos arrabaldes da capital do império, o Sporting apanhou uma tareia aplicada pelo F C Porto. Porque o F C Porto tem forte carga, que o mantém na frente do futebol nacional, perante um zbordin ainda descarregado, sem bateria suficiente para aguentar altas velocidades.

No final da contenda o Presidente Pinto da Costa, sobre o jogo, salientou ter sido "sem grandes sobressaltos". "O FC Porto impôs o jogo que queria, escolheu os momentos para finalizar e marcou grandes golos. Foi um bom jogo, sem casos, entre duas boas equipas. Mas o FC Porto foi melhor". O presidente do FC Porto começara por dizer que "estava bem disposto antes do jogo", garantindo que manteve o estado de espírito depois - "e continuei bem disposto", disse. "Têm sido dias muito felizes, com a abertura do museu e da nova loja azul. Tenho andado muito satisfeito. Tinha total confiança na equipa; almocei com os jogadores, falei com eles e não admitia outro resultado", completou Pinto da Costa.


Assim, porque na verdade não conhece o tal Bruno que tem andado a tentar elevar-se, tenteando em bicos de pés, o Presidente do F C Porto deixou que fosse a equipa do F C Porto a responder dentro do campo às provocações rugidas desde Alvalade. E o F C Porto continua na frente do campeonato, deixando os outros ficarem a barafustar contra a sua pequenez. Sendo aconselhado que visitem o Museu F C Porto By BMG, para verem como o F C Porto é grande e se recomenda…!


Armando Pinto

sábado, 26 de outubro de 2013

Visita ao Museu F C Porto


Já lá estive, já também entrei no Museu do F C Porto!

 Logo pela manhã deste sábado dia 26 de Outubro, tendo assistido ao cerimonial da dança do Dragão, desperto por Jorge Nuno Pinto da Costa, mais uma vez. E, na companhia do meu filho, Nuno Cristiano, foi tudo passado diante dos olhos como que a fotografar mentalmente tudo o que consegui ver, durante cerca de duas horas e meia. Num naco de tempo em que nada mais me bailou no cérebro, a não ser o que tinha diante dos sentidos.


Nem vou procurar descrever o que vi e senti. Naturalmente. Quanto registei intimamente  e, para sempre recordar, pude captar nalgumas imagens fotográficas. Entre as quais (dentro do possível, por a legendagem não estar ainda bem iluminada)  fixei na objetiva duas das legendas de lembranças com que também contribuí. E outras curiosidades, do que pude ali viver em tais momentos de especial sentimento Portista. Do que guardarei sempre, tal qual o bilhete de convite de entrada, que no fim o nosso presidente me autografou. Aqui reproduzido, em digitalização, em anexo com o pin da abertura inaugural e a minha roseta de prata só usada em ocasiões especiais, como esta em que pude marcar presença.


Junto algumas fixações fotográficas desta minha primeira visita ao Museu F C Porto by BMG, no dia da abertura pública deste autêntico mundo do universo azul e branco.


Armando Pinto
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