terça-feira, 31 de março de 2015

Referências Clubisticas e Liderança de Espírito Lutador do F C Porto


Sobe a temperatura ambiental, nesta época de florescência da natureza e na proximidade à festa anual da Páscoa, e aquece o ambiente em diversos aspetos da vivência normal, com o desporto a não fugir à regra pela atração que suscita. E, tal como em política social tem havido pessoas a estragar a vida de muita gente, tal a corrupção que levou à maior crise sentida pelas gerações ainda vivas, também no fenómeno desportivo há ainda quem não olhe a meios para atingir seus fins. Levando a que no seio da família portista haja um sentimento dorido, ante os “estorilgates” de ontem e hoje, os “túneis” do futebol e “mesas” do andebol, os casos de apitos encarnados não investigados quer no futebol como no hóquei, e por aí adiante. Enquanto se espera que o F C Porto deixe de estar oficialmente silencioso e volte a meter peito ao espírito lutador de outrora. O que faz vir acima, como azeite em lamparina, a lembrança da antiga liderança de Pinto da Costa e Pedroto, assim como também Sardoeira Pinto, na defesa do F C Porto.

Faz parte da história da transformação do futebol português a luta empreendida por Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto em finais dos anos setentas, a partir de quando foi possível o F C Porto ter voltado a ser campeão de futebol sénior, bem como ficou famosa a posição de Sardoeira Pinto como dirigente associativo na defesa do F C Porto, a pontos de ter sido suspenso federativamente e só mais tarde foi reabilitado. Factos históricos hoje integrantes dos compêndios da memória, que urge reavivar, antes que seja tarde e Inês morta, como dizia um dito épico… voltando tudo ao antigamente.  



A propósito, vai ser atribuído ao auditório do museu do clube, e muito bem, o nome do que durante muitos anos foi representante da Família Portista, o Presidente da Assembleia Dr. Sardoeira Pinto; assim como tem o nome de José Pedroto o auditório do estádio do Dragão. Porque no F C Porto, felizmente, ainda vai havendo também cultura da memória. Pois, como grande coletividade que é, o clube transporta e transmite o legado que representa, tanto como faz história em resguardar o passado. É respeitando o passado que se constrói o futuro e só tendo memória se é digno dum porvir à mesma medida. Desse modo, este nosso grande F C Porto, detentor de numerosa falange de apoiantes, sabendo dignificar sua história e o pulsar de sua gente, deverá também memorizar algo de outros nomes de tempos antigos e outros mais ou menos ainda na memória viva. Sendo já tempo de em frente ao Dragão haver um monumento, por exemplo, a simbolizar com grandiosidade a Alma Portista, onde possam ficar celebrados alguns futebolistas referenciais do clube, sendo o estádio de futebol, o desporto rei.


Com estes e alguns mais vultos da história do futebol portista na recordação (ilustrados acima, através de antigos cromos, a que deitamos mão por meio de imagens do grupo de facebook “Cromos da minha infância” e do “Blogue do Porto”), não descuramos a ideia do presente, contudo. Sendo também tempo do F C Porto se fazer ouvir e respeitar…

Como dizia um consócio amigo, dos que sabe do que fala, o F C Porto hoje está a ficar demasiado calado, sem o espírito guerreiro doutros tempos, afastado e que parece não sentir o pulsar dos adeptos, quão reage quase só através dos treinadores, mesmo perante situações que colocam tudo em causa. Algo que leva a interrogar se será para continuar ou finalmente a comunicação retorna a ser o que era?! Porque o F C Porto é muito grande e merece respeito, de tudo e todos.

Ora, o F C Porto, forte baluarte do desporto e instituição de grande valor patrimonial humano e físico, consubstancia-se no seu agregado, identificando-se no sentimento de seu povo, tal a multidão de gente apoiante que se identifica e vive a identidade clubista do que é o clube Dragão português. Detendo naturalmente algumas referências maiores, como é o caso dos três timoneiros referidos: um antigo Chefe do Departamento de Futebol do F C Porto e depois e atualmente Presidente da Direção e da SAD do mesmo clube Dragão; um treinador e mestre na reorganização do futebol no clube; e um antigo dirigente Associativo e por fim Presidente da Assembleia Geral do F C Porto. Mas mais, por quanto fizeram pela sua parte, lutando dentro do campo, também os nomes mais famosos do Historial Portista, como referências-mores do futebol azul e branco, tal os casos de uns Valdemar Mota, Siska, Artur Pinga, António Araújo, Hernâni, Virgílio, Américo, Festa, Fernando Gomes, João Pinto, Deco, Vítor Baía, entre outros, de quantos estão eternizados envergando camisolas do F C Porto e fazem parte do valioso património humano digno de ser celebrado.

Como amostra do merecimento de tais nomes sonantes, recordamos sua aura através de algumas crónicas lavradas por autores adeptos de clubes de Lisboa, transpondo para aqui respigos do  livro “O Século do Desporto no Século XX”, publicado em fascículos pelo jornal A Bola, e do “Livro dos Craques do Porto”, editado em 2001 pela Quidnovi.


Armando Pinto
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sábado, 28 de março de 2015

Tempo de jogos particulares


Muda a hora este fim de semana, assim como começa a natureza a renovar-se com a entrada da Primavera verificada já há alguns dias, mas o futebol português continua quase na mesma, com suas bizarrices. Interrompendo-se o campeonato quando estava a ficar em ponto de caramelo, porque não há meio de haver planificação atempada de jeito, a pensar em tudo; e se sobrepõem os interesses monetários dos que vivem à custa da federação, com o dinheiro proveniente dos pagamentos dos clubes e do que o povo que vai ao futebol desembolsa, no fim de contas.

Assim sendo, por estes dias não há jogos de futebol a despertar grandes paixões, além da participação das seleções nacionais em jogos divididos por partidas oficiais e outras amigáveis, e viva o velho… Decorrendo, por isso, um tempo de jogos particulares, do que é possível acontecer, já não daqueles como antigamente de homenagens e confraternizações, quando o tempo dava para mais; mas de uns prélios dos que têm de ser realizados, porque assim convém aos senhores do futebol. Mesmo que interfira com jogos oficiais de permeio, como o que ocorre na próxima quinta-feira para a malfadada Taça da Liga.

É então este um período de jogos particulares ao nível do futebol superior, ficando para acompanhar apenas as modalidades amadoras, com o hóquei em patins e o andebol a merecerem atenções portistas, enquanto a equipa da secção de basquetebol não retornar a um estatuto condizente e a usar o nome e camisola do clube.

Neste pé, sem o sal dos jogos a sério, nesta altura, dá para aqui e agora se recordar um dos tais jogos antigos de carácter particular de outras eras. Recordando-se, a propósito, um jogo disputado com interesse de homenagem nacional a um internacional português que, naquele tempo, teve de abandonar o futebol. Tal o caso de Vicente, o defesa do Belenenses que era muito apreciado a nível nacional, o simpático Vicente Lucas que foi tido como defesa da seleção das quinas que melhor conseguiu marcar o rei Pelé. O qual, depois de meses antes ter estado no lote dos Magriços, em 1966, havia entretanto tido um acidente e ficara incapacitado. Tendo havido uma onda de solidariedade, englobando jogos entre as principais equipas em diversos pontos do país, numa organização apelidada de Homenagem Nacional a Vicente, atinente à receita reverter para o homenageado. Então, ainda no decorrer da época de 1966/67, da parte do F C Porto houve participação aderente através de um encontro com o Sporting de Braga, realizado no estádio das Antas.


Desse jogo é a imagem aqui mostrada, de arquivo do autor destas linhas, com Eduardo Gomes, nas vezes de episódico capitão de equipa, a receber uma correspondente taça, das que figurarão com certeza para sempre no túnel da proximamente futura cova do Dragão, com que o Museu do F C Porto by BMG haverá de ser enriquecidamente completado.

Armando Pinto

quinta-feira, 26 de março de 2015

Equipamentos atualizados nos Estatutos do F C Porto


Está agora escrito em letra de forma, preto no branco, melhor dizendo em azul sobre branco, como passa a ser a regra dos equipamentos atualizados nos Estatutos do F C Porto.

Em tempo de transição ambiental, entrada a Primavera no calendário e notando-se na natureza alguma renovação colorida, foi posto à aprovação dos sócios do F C Porto nova regulamentação para a vida portista, através de algumas alterações da lei constitucional do clube. Assim os novos Estatutos do F C Porto foram aprovados, na quarta-feira 25 de Março, em Assembleia Geral Extraordinária, por unanimidade na generalidade e sem votos contra na especialidade, perante cerca de 200 sócios presentes no auditório superior do Estádio do Dragão.

«Na especialidade, todos os sete capítulos foram aprovados com uma abstenção, à exceção do capítulo II, com duas abstenções. Ficaram definidas algumas alterações de pormenor, como a explicitação, no que toca aos equipamentos, de que as cores serão o "azul e branco às listas verticais", de forma a tornar menos omisso o termo "cores tradicionais". Foram aprovadas, entre outras alterações aos anteriores estatutos, a mudança de um para cinco anos de filiação mínima para um candidato aos órgãos sociais e, quem quiser ser presidente, terá de ser sócio há dez anos, de forma ininterrupta. A duração de um mandato presidencial passa de três para quatro anos.»

Pois bem, do que nos despertava mais atenção, é bom de ver, que era o caso das camisolas, surpreendentemente não houve um choque como se temia, tal o que estava proposto. Acabando praticamente por ficar escrito agora o que já era a realidade. Embora com alguma indefinição textual, dando azo a futuras diversidades, mas sem um corte radical, como se temia.

Para que isso tivesse acontecido, justiça seja feita, valeu a posição de um associado do F C Porto, de nome Hugo Santos (segundo informação de pessoa amiga que esteve presente). Tendo sido pela intervenção desse senhor que houve retificação ao que havia sido apresentado e passado a ser como ficou aprovado. Nunca tinha ouvido falar nesse consócio, pelo menos que me lembre, mas desde agora para mim conta muito na minha consideração como Portista, como alguém que conseguiu fazer algo pelo nosso F C Porto.

Entretanto, sobre as modificações da duração do mandato presidencial e condições de candidaturas, o texto fala por si e só com a evolução do tempo se poderá, na verdade, verificar o que irá representar essa matéria. Já no que respeita aos equipamentos representativos, contando sempre com o principal em mente, fica a valer que, em vez da anterior valência de serem «camisolas com listas verticais azuis e brancas, cada uma com cerca de 8 cm de largura», ou seja camisolas com duas listas azuis, como aconteceu desde a década dos anos trinta, do século XX, até ao ano 2000, à Porto, agora ficou estipulado as camisolas do mesmo equipamento principal serem em "azul e branco às listas verticais". O que não é muito explícito, podendo assim dar para diversas hipóteses, mas é melhor que poder haver listas horizontais, camisolas de corte ao meio, aos quadradinhos ou bolinhas, de riscas transversais ou com vivos vermelhos, etc. e tal…

Assim que dizer mais? Sabe-se que a uma grande franja de adeptos a questão das camisolas pouco diz, contando que muita gente liga mais ao imediatismo, e a história e todo o percurso trilhado na solidificação da mística clubista será sobremaneira de especial apego aos aficionados de tudo o que representa a alma portista. Por isso que o F C Porto continue na senda de vitórias e o futuro seja risonho.

Enquanto isso, continuamos a ver o F C Porto em seu todo!


Armando Pinto