Na caminhada do final da semana penúltima de outubro, mais
propriamente na sexta-feira dia 18 e no sábado dia 19, ocorreram dois momentos
que se podem considerar históricos na vida do FC Porto: primeiro a cerimónia de
consagração museológica da época do ciclismo portista e depois a obtenção de um
golo que fica como nova marca do mais jovem futebolista a marcar golos em
competições oficiais pelo FC Porto.
Momentos deveras assinaláveis, que como tal merecem fazer
parte de tudo o que respeite a Memória Portista.
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Indo por partes, a equipa de ciclismo W52-FC Porto, na consolidação
do projeto que tem sido vitorioso e consequente preparação da nova época, teve
mais um facto de nota, com o caso de João Rodrigues ter renovado o contrato, de
continuidade no FC Porto, em cerimónia de notícia e assinatura decorrida no
museu do FC Porto. Em cujo espaço o mesmo recente vencedor da “Volta” ofereceu
ao Museu FC Porto by BMG a bicicleta com que venceu a Volta a Portugal 2019. Na
presença do presidente do FC Porto Jorge Nuno Pinto da Costa e do patrocinador
Adriano Sousa (“Quintanilha”), mais alguns elementos do staff da secção do
ciclismo portista. Tendo Pinto da Costa, presidente dos dragões, afirmado então
que a aposta no ciclismo é para manter.
= Pinto da Costa junto à bicicleta, mais a camisola, com a qual João
Rodrigues venceu a Volta
Na ocasião, o ciclista João Rodrigues, vencedor da última
Volta a Portugal, renovou com a W52-FC Porto e, durante a entrega da bicicleta
ao museu azul e branco, definiu como prioridade para 2020 a conquista do penta
da equipa na prova.
= João Rodrigues e Pinto da Costa, ladeados por Maximino Pereira, Nuno Ribeiro e Adriano Quintanilha, na colocação de mais uma bicicleta no
Museu do FC Porto.
João Rodrigues, o vencedor da 81.ª Volta a Portugal, protagonizou
ao início da tarde dessa sexta-feira um momento simbólico ao deixar no Museu FC
Porto a bicicleta em que pedalou até à glória na principal prova velocipédica
do país, no último verão. A cerimónia, em que estiveram também presentes o
presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, o gestor da W52-FC Porto,
Adriano Quintanilha, e o responsável pela equipa, Nuno Ribeiro, mais o habitual
acompanhante da equipa, Maximino Pereira, serviu ainda para prolongar o vínculo
contratual do ciclista com os Dragões por mais uma temporada. Mantendo a
tradição dos vencedores continuarem, na linha de que em equipa que ganha não se
deve mexer (alterar).
Para a história: Rui Vinhas (em 2016), Raul Alarcón (2017 e
2018) e João Rodrigues (2019) foram os ciclistas que deram à W52-FC Porto o
triunfo individual, conjuntamente com vitórias coletivas, nas últimas quatro edições da Volta a Portugal e que lançam bases para
o penta que os dragões querem conquistar em 2020.
João Rodrigues agradeceu a confiança depositada em si com a
renovação por mais uma época com a W52-FC Porto e, perante Pinto da Costa,
presidente do clube, e Adriano Quintanilha, principal patrocinador, prometeu
"corresponder com resultados e tudo fazer para alcançar o melhor
possível". "Foi uma época espetacular, em termos de resultados, por
todos, e seria muito bom fazer o penta. Todos estamos com isso em mente",
referiu João Rodrigues, de 24 anos, que em 2015 se transferiu do Tavira para a
equipa W52/FC Porto, aquando do regresso portista ao ciclismo. O ciclista admitiu que teve por estes tempos convites de outras equipas,
mas que optou por continuar a envergar a camisola "azul e branca" por
se sentir em casa, num clube que o acolheu "muito bem".
Pinto da Costa recordou o inesquecível contrarrelógio entre
Gaia e Porto, na derradeira etapa, que permitiu a João Rodrigues vencer a Volta
a Portugal como "um grande campeão" e referiu que a parceria "é
para manter na próxima época e nas seguintes".
Adriano Quintanilha formulou o desejo, em moldes de
promessa, de no próximo ano estar a entregar uma nova bicicleta ao museu do FC
Porto, sinal de que a equipa teria alcançado o desejado penta, a exemplo de
outras modalidades, como o futebol, andebol e hóquei em patins.
= Oferta ao Museu FC Porto da camisola da vitoriosa etapa final, a juntar à camisola amarela, mais à bicicleta da vitória da 81ª Volta a Portugal, e ainda a camisola da classificação por Pontos.
A bicicleta azul e branca de João Rodrigues, assinada por
todos os colegas do algarvio na W52-FC Porto, que também ganhou a classificação
coletiva, ficou ao lado da de Fernando Moreira de Sá, ciclista que venceu a Volta a
Portugal em 1952. Assim como junto dessas relíquias ficaram também as camisolas
conquistadas pelo W52-FC Porto na Volta 2019.
Ora, perante o facto de então o Museu ter sido palco desses momentos
especiais para a W52 FC Porto, para o ciclista e para o clube, com a oferta da bicicleta com
que João Rodrigues ganhou a Volta a Portugal e a renovação do contrato por mais
uma época, com assinatura publicamente concretizada no museu, além disso
ser um excelente pontapé de saída para a próxima temporada, também leva a fazer
ver a necessidade do museu albergar maior número de artefactos e galardões… Notando-se
que, por exemplo, do ciclismo faltam no atual museu as fotos dos ciclistas olímpicos do FCP e
mesmo taças de vitórias concludentes que estavam à vista nos anteriores
espaços, como uma galeria de vencedores da Volta, na outrora Sala-museu Afonso Pinto de Magalhães, quer na antiga da Sede da Praça do Município como na seguinte
do estádio das Antas, anteriores à atual "mostra" expositora do Dragão, Museu do FC Porto.
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Passando ao futebol, em remate através do mais recente feito
acontecido no seio da equipa principal do FC Porto, há a registar que, além do
FC Porto seguir em frente na Taça de Portugal de 2019/2020, também o jovem dianteiro Fábio
Silva, ao marcar o quinto golo da vitória por 5-0 diante do Coimbrões, em Gaia,
na terceira eliminatória da Taça rainha do futebol português, ficou sendo o goleador mais jovem do clube a obter um golo pelo FC Porto..
Efetivamente, enquanto os azuis e brancos controlaram o
encontro do primeiro ao último minuto e carimbaram a presença na próxima
eliminatória da prova, antes do regresso aos compromissos europeus, o mais novo
avançado da equipa fez história, com 17 anos e três meses de idade, ao bater o
anterior recorde que havia sido obtido com o primeiro golo de Ruben Neves, na equipa sénior.
Passando o jovem Fábio Silva, ainda com idade de júnior, também, a liderar o rol que
engloba anteriores nomes famosos de jovens que noutros tempos se salientaram
com primeiros remates certeiros na primeira equipa do FC Porto.
Neste jogo, a equipa azul e branca entrada em campo, com um
arranque marcado por três golos madrugadores (por Díaz aos 6′, Soares 8′ e Mbemba 12′),
mostraram desde cedo que tinham missão estudada para não serem
surpreendidos. Com Luis Díaz em evidência ao bisar (pois marcou depois seu segundo, quarto da equipa, aos 68′),
o destaque da partida terá de ser atribuído a Fábio Silva, que se tornou o mais
jovem de sempre a marcar pela equipa principal do FC Porto.
Assim, juntando tudo, com o quinto golo do Coimbrões-FC Porto, Fábio Silva, goleador portista da vaga do futuro, coleciona marcas no FC Porto de mais novo de sempre a jogar nas provas europeias, o mais
jovem titular de sempre do FC Porto e, entretanto, desde agora e por ora, também o mais jovem jogador
a marcar pelos dragões!
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