quarta-feira, 31 de março de 2021

Efeméride: Delfim Santos, do FC Porto, Campeão Nacional de Fundo de ciclistas Amadores Populares em 1968

Nesta data de há uns bons anos, ainda no tempo da fase política chamada Primavera Marcelista e ocasião em que o país andava atento aos festivais da canção, com Carlos Mendes a representar Portugal no certame festivaleiro da Eurovisão cantando um “Verão” que se desejava, enquanto decorria a guerra colonial na África então portuguesa, etc e tal… era a 31 de março de 1968 decidida a atribuição do título de vencedor do Campeonato Nacional de ciclismo de estrada, oficialmente instituído como Nacional de Fundo, na categoria de Amadores Populares.

Então, após duas etapas, uma de estrada em longo percurso e outra em contra-relógio também em distância longa, sagrou-se Campeão Nacional de Fundo desse ano de 1968 em Populares o ciclista do FC Porto Delfim Santos.

Esse então jovem Delfim Santos era natural de Caldas de S. Jorge, terra também do astro do ciclismo portista Mário Silva. Nascido em 1949 naquela freguesia do concelho de Vila da Feira, como era ainda o nome da atual Santa Maria da Feira, Delfim Santos representou o FC Porto de 1968 a 1970, havendo chegado a sénior, como Profissional. Porém, nesse tempo de mobilizações para a guerra colonial (tendo sido um dos que foi obrigado a ir para o Ultramar) viu o serviço militar obrigatório cortar-lhe as pedaladas.

Nesse ano de 1968, na sequência do título nacional alcançado, Delfim Santos foi um dos homenageados na Festa dos Campeões de todas as modalidades do clube, que teve lugar meses depois na quinta do Presidente Honorário Sebastão Ferreira Mendes, mais um festival noturno nas Antas, numa das iniciativas da era da presidência de Pinto de Magalhães. 

Armando Pinto

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sábado, 27 de março de 2021

Tarde de sábado à medida… No Museu particular W52-FC Porto de Adriano Quintanilha

Sem necessidade de muitas palavras, as imagens ilustram algo de momentos da tarde de sábado, véspera do domingo de ramos, em que estive no particular Museu W52-FC Porto – espaço próprio do proprietário da W52, o amigo senhor Adriano Quintanilha.  

Daqui a algum tempo alguma boa novidade poderá surgir, mais. Por ora basta dizer como gosto destas coisas… em que o mundo portista é engrandecido.

Armando Pinto

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27 DE MARÇO - Cem anos dos jogos internacionais entre o Clube Desportivo Europa e o FC Porto

27-03-1921/ 2021

 Cent anys dels partits internacionals amb el Porto

 27 Març 2021  Cris Rosique 
Retall de premsa de l'època anunciant el partitRetall de premsa de l'època anunciant el partitArxiu CE Europa

El 27 de març del 1921 el CE Europa va jugar el primer d'un parell de duels amistosos amb l'FC Porto, llavors de gira per l'estat.

Després d'haver jugat dos amistosos amb el Real Madrid el 19 i el 20 de març, el diaris "El Diluvio" i "La Publicitat" anunciaven amb entusiasme que l'equip portuguès vindria seguidament a Barcelona per jugar un parell de partits amistosos contra el CE Europa. En aquells anys, els equips del campionat portuguès tenien bastanta fama a la península, deguda entre altres a la gira que va fer el Benfica pel Païs Basc (en dos partits contra la Real Sociedad).

A Portugal, el FC Porto també era un equip amb molt reconeixement. Des del 1914, havia guanyat 6 campionats regionals i era recent guanyador del Torneig Taça. En aquell mateix mes de març, ja havia guanyat el Campionat del Nord i estava a l'espera de jugar el partit contra el campió del Sur per disputar-se el títol de campions de Portugal. Segons indica la prensa, aquesta visita de l'equip portuguès a Catalunya es va assolir gràcies al Sr. José Bertrán Escofet, president de la Colònia Catalana d'Oporto.

L'equip lusità va arribar a Barcelona el 23 de març. Amb l'equip ben reforçat amb grans jugadors, tenien moltes ganes de demostrar a tots els espectadors catalans l'efectivitat del seu joc i d'emportar-se dues victòries a Portugal. L'Europa, però, no anava a ser menys i posaria tot l'esforç per demostrar el bon futbol que es practicava a les terres catalanes.


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Equip del Porto del 1922, primer campió de Portugal

 

El primer partit

El primer partit CE Europa-FC Porto, jugat el 27 de març en el camp del carrer Sicília i amb una gran afluència de públic, va acabar amb un contundent 5-1. El cònsol de Portugal a Barcelona va ser convidat i va fer el servei d'honor del partit. A la primera part es van marcar tres gols: el primer gol del partit va ser obra d'Alexandre Cal, jugador del Porto, i més endavant Sotillos, de cap, i Nogués van foradar la porteria de Valença. A la segona part, els jugadors de l'Europa van acabar de rematar el partit amb un gol d'Olivella i dos gols més de Nogués, qui va ser considerat el millor jugador del partit.

Els dos equips van sortir amb les següents alineacions... CE Europa: Bordoy, Serra, Pla, Javier, Pelaó, Artisus, Pellicer, Sotillos, Olivella, Nogués i Alcázar. Porto FC: Valença, José Ferreira, Cunha, Floriano, Pereira (I) Velez Carneiro, Tavares Bastos, Alexandre Cal, Pereira (II), Reis i Lopes Carneiro.

El segon partit

En el segon partit, jugat el 28 de març al mateix camp, tots dos equips, els quals van sortir amb la mateixa alineació del primer partit, van empatar 1-1. Els gols no van aparèixer fins a la segona part: Nogués va marcar per part dels europeïstes i Pereira II pels dragões. Segons la premsa, aquest partit va destacar per ser més dur i agressiu que el partit jugat el dia abans. La premsa d'aquí i la de Portugal, tot i respectar el joc del rival, miraven d'escombrar cap a casa i defensaven fermament al seu equip en les cròniques, on feien diverses observacions personals del partit.

Mentre que la premsa nacional criticava la duresa del joc del Porto, sobretot en el segon partit contra l'Europa, la premsa lusa argumentava que hi va haver gols europeistes que s'havien marcat en fora de joc, cosa que va fer que el Porto jugués desconcertat i acabes responent al camp amb duresa. També es comentava que al Porto se l'hi havia dit que el segon partit que jugarien a Barcelona el disputarien contra el FC Barcelona, cosa que no va acabar succeint. 

Aquella mateixa temporada, 1920/1921, el Porto va esdevenir campió de la lliga del Nord de Portugal i campió del torneig entre els equips del Nord i Sud. A la temporada següent, la 1921/1922, s'instaurava el Campionat de Portugal, que tot i que es jugava com un trofeu de copa, es pot considerar el primer torneig oficial de Portugal. El Porto va ser-ne el primer campió.


Nota: Artigo escrito por  Cristofer Rosique


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Mensagem recebida: Muito obrigado pela sua ajuda, Armando!

Cristofer enviou mensagem: Página às 10:43

http://www.ceeuropa.cat/component/k2/cent-anys-dels-partits-internacionals-amb-el-porto

Deixo-vos o link do artigo (em catalão) sobre o centenário dos jogos amigáveis ​​entre a Europa e o Porto, mais uma vez obrigado e estás totalmente convidado a vir sempre que quiseres ao nosso estádio Nou Sardenya (um dia também quero visitar o Estádio do Dragão)

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De tal ocorrência de jogos, para enquadramento, refira-se que o Futebol Clube do Porto, Campeão do Norte de Portugal, nesse tempo, fez em Março de 1921 uma digressão a Espanha para jogar com o Real Madrid e o Barcelona, segundo a imprensa portuguesa. Mas em Espanha o Real Madrid jogou reforçado com jogadores de várias equipas e os jogos foram algo atribulados. E depois em vez do Barcelona os jogos seguintes foram com o Clube Desportivo Europa.

Ora, para melhor referenciação, deitamos mão a uma passagem do livro “Glória e Vida de 3 Gigantes”, edição do jornal A Bola, de Lisboa, por ser de um órgão que por sistema é anti-FC Porto, para uma apreciação desse acontecimento de há 100 anos na versão portuguesa:

« Mar.1921 – O FC Porto parte para Espanha para jogar em Madrid e em Barcelona

…À época era frequente as equipas realizarem jogos em dois dias consecutivos. Se os níveis competitivos não eram tão exigentes como nos dias de hoje, ainda assim é de louvar o esforço não regateado pelos atletas de antanho.

O Real que não o era...Pelo jornal espanhol “ABC”, que considerou o FC Porto “equipa aceitável, desde logo pelos seus avançados, que são bastante rápidos e combinam muito bem”, se ficaria a saber, também, que aquele Real era mais que o Real: “O Real Madrid reforçou o seu grupo com elementos estranhos ao seu clube, como Del Campo, Ellorrio, Mejia, Urbina, sendo o primeiro da Sociedade Ginástica e os restantes do Atlético de Madrid, campeão da região do centro.”


27 Mar.1921 – CD Europa 5-FC Porto 1

Já em Barcelona, para a segunda etapa da operação-Espanha, o FC Porto teve o seu primeiro encontro com o CD Europa, segundo classificado no campeonato da Catalunha. “Passavam cinco minutos quando Floriano Pereira, numa excelente avançada, consegue marcar o primeiro e único goal a favor dos portugueses... Olivela, claramente off-side, marca a primeira bola para o Europa, que o árbitro valida. Esta decisão do árbitro enerva os jogadores portugueses, dando ocasião a que se desorientem, já mesmo porque a arbitragem está sendo feita com muita parcialidade contra o FC Porto. Alcazar corre e centra. Sotilos chuta. Valença, depois de estar de posse da bola, deixa-a entrar por recear uma carga. Pouco depois termina a primeira parte. O segundo tempo foi jogado mais duramente, porém o árbitro evita castigar as penalidades cometidas pelos espanhóis, vendo com precisão as infracções dos portugueses. O Europa marca mais três goals, dois dos quais foram novamente feitos off-side.”

28 Mar.1921 – CD Europa 1-FC Porto, 1.

O segundo encontro foi novamente com o “Europa” e não com o FC Barcelona, como se anunciou, visto este último ter de defrontar no mesmo dia um grupo inglês. “Durante os primeiros 25 minutos de jogo o Porto está constantemente sobre o campo adversário, chutando por inúmeras vezes, sem contudo conseguir qualquer ponto. Artur Augusto envia algumas bolas ao goal do Europa, mas sempre vão altas. Os espanhóis começam a cometer violências, correspondendo os portugueses da mesma forma. A segunda parte foi menos vistosa, devido à maneira violenta como estavam jogando ambos os grupos. Quando já haviam passados 30 minutos do segundo tempo o Europa, numa enérgica avançada, consegue marcar com a cabeça o seu primeiro e único goal. Ouvem-se fartos aplausos da assistência, até a bola vir ao centro. O Porto, que sem dúvida tem feito mais avançadas, começa despendendo uma energia pouco vulgar e, se não fora o excelente guarda-redes que o Europa possui, os portugueses teriam conseguido uma regular vitória. Quase ao findar o desafio Cal marca o goal que deu o empate cujo ponto desanimou por completo a assistência, que nem sequer por uma questão de delicadeza aplaudiu...” »


(Nota Bene: Entre os recortes do livro, junto uma foto do mesmo livro com uma equipa do FC Porto desse tempo, mas de um ano antes, embora com praticamente os mesmos jogadores)

Armando Pinto

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domingo, 21 de março de 2021

Efeméride da inauguração do Pavilhão de Treinos das Antas (mais tarde chamado oficialmente Pavilhão Afonso Pinto de Magalhães)

A 21 de março de 1970 o então Presidente do FC Porto Afonso Pinto de Magalhães inaugurou no complexo desportivo do Estádio das Antas um pavilhão de treinos para as modalidades, o primeiro desse conjunto de infraestruturas edificadas, no amplo espaço que ficaria conhecido por Cidadela Desportiva. Pavilhão aquele que mais tarde, já durante a presidência do presidente sucessor, Dr. Américo de Sá, viria a receber o nome do presidente do tempo da sua construção – o Pavilhão Afonso Pinto de Magalhães.

À época, além do estádio e do campo de treinos junto à entrada da maratona (como era conhecida aquela parte aberta do recinto principal), o pavilhão de treinos juntava-se ao tanque inicial de natação e à piscina descoberta, ali ao lado, depois coberta. Seguindo-se pelos tempos adiante as restantes construções, incluindo, três anos depois, a poucos metros de distância, ter passado a existir finalmente um pavilhão com bancadas para a assistência e consequentemente para a realização de jogos, o Pavilhão Gimnodesportivo das Antas, mais tarde rebatizado com o nome do presidente que o impulsionou, Américo Sá, sucessor do célebre banqueiro natural de Arouca que ora merece ser recordado, na efeméride da materialização do primeiro pavilhão implantado nas Antas.

A inauguração teve a presença do então Subsecretário de Estado da Juventude e Desportos, Dr. Augusto Ataíde (titular dessa pasta ministerial do Governo de Marcelo Caetano, vigente à época), em sessão solene englobada no programa de encerramento de mais um aniversário do clube. Numa cerimónia extensiva que contou também com a distribuição de “Rosetas” de 25 anos a 395 sócios do clube com essa longevidade, naquele tempo, além da distribuição de medalhas a 400 campeões pelo FC Porto nas diversas modalidades do ecletismo portista. Incluindo inauguração de um painel com os guiões das modalidades praticadas no ambiente das Antas, que eram 19 na época. A cujo ato estiveram presentes representantes de cada uma das secções, na sua maioria. Havendo a sessão tido ponto alto com discurso evocativo proferido pelo Coronel Augusto Sequeira, antigo Presidente e Sócio Benemérito do FC Porto.

Todo esse cerimonial teve lugar no pavilhão inaugurado desse modo, também, decorado a preceito, perante grande mole humana de associados e convidados presentes. Sob a supervisão, como mestre-de-cerimónias, do Dr. Henrique Santana, Diretor do jornal O Porto e oficialmente incumbido dessa missão de com sua arte ter conduzido toda a cerimónia. Mais apresentação a cargo do Vice-presidente Dr. Fernando Cabral. Sempre com o Presidente da Direção atento a tudo, entre o seu calor que soube dar à festa.

Armando Pinto

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sexta-feira, 19 de março de 2021

Artigo no "Semanário de Felgueiras" sobre o antigo ciclista Adalberto Soares

Na rememoração de temas historicistas da colaboração pessoal ao jornal Semanário de Felgueiras, periódico que resiste impresso em papel no concelho de Felgueiras, desta feita foi evocado um antigo desportista que correu de bicicleta pelo país fora, um antigo ás dos pedais do tempo de amadorismo simples – Adalberto Soares. Ciclista que faz parte de tempos de outrora do ciclismo nacional e naturalmente das pedaladas iniciais dentro de seu clube de longa duração, o FC Porto.


Ao artigo, para efeito de ilustração, junta-se aqui uma foto coeva do mesmo antigo ciclista, numa imagem retirada d' O Porto de há uns bons anos já, embora algo desbotada pela erosão do tempo no papel de jornal antigo.

Assim, em artigo próprio do signatário e autor destas linhas e deste blogue, também, é de tal modo dado a conhecer às gerações mais recentes algo sobre esse atleta do ciclismo de competição que consta dos registos ancestrais das corridas de bicicletas em Portugal. Ainda que de maneira resumida, como artigo jornalístico, a dar um ar do que um dia poderá ser mais desenvolvido (quando houver possibilidades de descrever em livro a história do ciclismo do FC Porto, antes e depois da atual boa realidade da parceria W52-FC Porto).  

Eis então o que está publicado no Semanário de Felgueiras, em sua edição de 19 de março, sobre esse antigo ciclista do FC Porto, felgueirense e portista merecedor de memorização destacável. 

Armando Pinto

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quinta-feira, 18 de março de 2021

Camisola Oficial W52-FC Porto / 2021

 

Já está oficialmente dado conhecimento público da nova camisola da equipa de ciclismo W52-FC Porto para a época de 2021. 

Conforme está já na página #W52FCPorto:

« 👕 Esta vai ser a "capa" que os nossos heróis vão usar este ano

👉 Mais uma vez a PACTO é a nossa marca de equipamentos! 👌»

É pois um motivo de honra ver também essa nossa pele, que os ciclistas vestirão por nós. Enquanto também nos faz companhia, já a enriquecer o pessoal cantinho de afetos portistas… bem no local onde se vai escrevendo algo relacionado.


Obs. : Nas mangas a camisola atual tem o logotipo e o nome de Felgueiras, onde é a sede social da equipa. Em imagem de frente mal se vê (essa referência), mas quando em corrida, como é nas mangas, terá boa visibilidade em fotos.

Armando Pinto

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terça-feira, 16 de março de 2021

Felgueiras nas camisolas da W52-FC Porto

Felgueiras, concelho do interior do distrito do Porto onde se situa atualmente a sede social da equipa profissional de ciclismo W52-FC Porto, está como tal associada à camisola oficial da mesma equipa para esta época de 2021. Como se pode vislumbrar num pormenor, que se adianta, da camisola que com muito gosto já faz parte das preciosidades aqui do “ego” autor destas linhas.

Naturalmente não se publica aqui e agora a totalidade da visão da camisola, para não adiantarmos mais, ou seja como se diz popularmente para não pôr o carro à frente… neste caso das bicicletas. Mas não resisto a referir desde já este caso, pelo orgulho felgueirense, mediante o que tem acontecido da comunicação social teimar em olvidar o facto, sabendo-se que (além da parceria com o FC Porto e natural ligação ao universo do Dragão) desde a época passada, inclusive, a sede da mesma equipa é em Felgueiras – como foi anunciado publicamente, por acaso, até em março de 2020 na apresentação do livro “Ciclistas de Felgueiras”.

Ora, tal orgulho e grande apreço, por tudo junto, é acrescido na grande valia da equipa que tem dominado o ciclismo português. A pontos de ser constantemente atacada por diversos meios e feitios, pois a superioridade não agrada a muita gente de diversos setores, como ocorre presentemente com o propalado caso da falta do "passaporte biológico" de Alarcón, que teve permissão de correr assim até 2018 e só quando em 2019 teve uma lesão provocada por queda aparatosa que o obrigou a tomar medicação, o tomaram de ponta… Mas (além de não poderem em verdade referir nada de doping, mas falha no tal boletim do passaporte biológico...), curiosamente, sem que nada esteja ainda definido, incluindo ele ter direito a recorrer para a justiça, como fará, já não falta quem se adiante a riscar seu nome indevidamente de certas listas. Enfim…

Mas, mesmo sem listas, por via da necessidade de colocação da publicidade dos diversos promotores, a camisola azul avança… (como diz no poema Aleluia e se acrescenta): Azul, com letras brancas… indomável, imortal… a dar nome a Portugal!

Armando Pinto

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domingo, 14 de março de 2021

Centenário do "Comendador" João Manuel, autor do poema da Marcha do FC Porto

 

14 de março de 2021 - Nesta data faz 100 anos João Manuel, nome sobejamente conhecido da cultura pública nortenha, assim como (apesar das habituais diferenças entre a capital e o Norte do país) também ao nível nacional, quer como diretor d’ A Voz dos Ridículos, programa radiofónico de humor da maior longevidade, bem como autor de Marchas de São João do Porto e especialmente da Marcha do Futebol Clube do Porto.

Com efeito, a 14 de março de 1921 nasceu no Porto João Manuel Borges Antão, cidadão portuense de Ramalde que pela vida adiante se tornou popular como autor de diversificada matéria cultural, em cujos meios se tornou mais conhecido por João Manuel, conforme assina suas composições. Entre cujo material de seu labor literário valioso se conta a letra da Marcha do FC Porto. Perfazendo assim nesta data um século de vida. 

Na oportunidade, com a feliz certeza de ser vivo esse senhor de nossa admiração de há longos anos, assinala-se o facto com esta evocação ao poeta e autor teatral de comédias e de letras de hinos e marchas, João Manuel. Reconhecido entretanto com uma comenda por seu valor artístico com a Ordem de Mérito (durante a vigência de Jorge Sampaio como Presidente da República); bem como também foi já condecorado com a Medalha de Mérito-Ouro da Câmara Municipal do Porto e homenageado pela Junta de Freguesia de Ramalde, de sua área da cidade do Porto; além de também haver já sido agraciado com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores. Estando ainda de boa disposição, o eterno diretor d' A Voz dos Ridículos.

Algo do percurso de João Manuel Borges Antão foi também por estes dias evocado, a propósito deste centenário, numa crónica do escritor e historiador portuense Herder Pacheco, em sua habitual coluna do Jornal de Notícias (ainda que com um lapso no nome completo, naturalmente involuntário), dando um bom naco descritivo da correspondente imagem pública do visado, aludindo ainda cargos e missões de sua ação social. 

Pois João Manuel, para quem segue tudo o que respeita à vida do FC Porto, há muitos anos que também se tornou nome familiar como colaborador do (entretanto extinto) jornal O Porto, muito tendo valorizado os registos da atividade portista ao longo de várias décadas com seus versos na rubrica “O Porto a rir”. Contendo, nas páginas desse antigo órgão oficial do FC Porto, pequenas dicas humorísticas e alegres poemas, muito do apreço geral e de que eu particularmente gostava, de modo a encher as medidas de boa disposição.

Como tal, em ilustração dessa veia, apraz então relembrarmos um poema, dum desses exemplares de tal coluna  de fino recorte.


Na calha extensiva, recorde-se uma sua "dica" no mesmo jornal O Porto, aquando da vitória do FC Porto (sobre o Setúbal, por 2-1), na final da Taça de Portugal de 1968, que a RTP não transmitiu, ao contrário do que havia feito em anos anteriores. Isso porque, naqueles dias, causou estranheza o facto da televisão estatal não se ter dignado transmitir o jogo, sabendo-se que a mesma tv portuguesa, ao tempo de um só canal e de domínio oficial, tinha feito transmissões diretas das anteriores finais. Havendo então, no dia, apenas passado à noite umas imagens alusivas no programa Domingo Desportivo, com que encerrava o cartaz diário dos serões televisivos nacionais. Daí uma das achegas (em tempo de censura oficial) com que houve forma de criticar o caso, através da rubrica do jornal do clube, n' "O Porto a rir":


Além dessa colaboração ao jornal O Porto, também teve outras participações em diferentes publicações do FC Porto, como num dos casos de revistas que por vezes iam aparecendo em ocasiões assinaláveis:

                                                                                                (...)

Associamo-nos assim a esta longevidade, aqui entre nós também, com votos de "Parabéns e Felicidades", na pertinência desta lembrança.

Armando Pinto
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quinta-feira, 11 de março de 2021

Taça de Reparação à final com a Juventus da Taça dos Vencedores das Taças da Europa de 1984!

O FC Porto ao eliminar a Juventus da Liga dos Campeões de 2021, na terça-feira 9 de março, acabou de certo modo por vingar a injusta derrota da final da Taça das Taças em 1984. Algo que estava atravessado e jamais perdoado. Quão estava perpetuado com uma réplica da taça, oferecida através duma campanha pública por via da iniciativa dum programa televisivo, e agora para sempre continuará lembrado. 


~~~~~ *** ~~~~~

 

Pois... A primeira final europeia de futebol em que o FC Porto esteve presente resultou numa das mais gravosas roubalheiras internacionais vistas por muita gente, pela transmissão da televisão via Eurovisão. Sendo como tal uma daquelas “coisas” que não dá gosto recordar, mas não se pode esquecer. Associando-se sempre aquilo a uma espécie de jogada de bastidores, que mais tarde teve ainda outros contornos, incluindo algo relacionado ao que sucederia anos depois com um jogador daquela equipa italiana desse tempo, mais tarde dirigente do organismo europeu do futebol. Como tal sem se poder esquecer, para haver memória do mal que foi feito ao FC Porto dessa vez ao nível europeu, por então terem estado em jogo outros interesses, de marcas em equipas de poderes. Havendo isso originado depois que, através dum programa televisivo de grande impacto, à época, tivesse havido uma campanha a procurar redimir o facto de essa taça não ter ficado onde devia ser. Caso que, isso sim, é de recordar melhor e vem a talhe sempre que surge um motivo a avivar a memória de tal ferida, ocorrida a 16 de maio no distante ano de 1984. Tendo presente a taça grande que ficou no Museu do FC Porto, vinda do Programa de televisão 1, 2, 3 ("Um, Dois, Três").


De realçar que essa campanha teve aderência e participação de grande número de telespetadores anónimos e gente conhecida, entre os quais Ramalho Eanes. Tendo tido apoio de Benfica, Belenenses e Vitória de Setúbal.


Ora, tendo o desfecho desse jogo tirado ao FC Porto praticamente a taça em disputa, além dum penalti descaradamente roubado ao Porto, sobretudo com o golo decisivo a ter resultado duma evidente falta do avançado polaco Boniek, um dos estrangeiros então ao serviço da Juventus (tal como o francês Platini que ficou com a ficha manchada pelos casos conhecidos em que esteve associado ao longo dos tempos, entre o que para sempre fica ligado ao que se falou e escreveu nesse tempo)… mais tarde foi tentado reparar de alguma forma essa realidade em Portugal com a entrega de uma taça honrosamente reparadora. Facto concretizado, finalmente, através de iniciativa dum programa televisivo, chamado “1,2,3” da RTP, de Lisboa, por meio de subscrição pública. Havendo a entrega sido efetuada em Outubro de 1984 durante a realização ao vivo duma edição desse programa, então realizado propositadamente num palco da cidade do Porto, no Rivoli, com a presença dos jogadores do plantel do FC Porto, sendo a taça entregue a Gomes, Zé Beto, Lima Pereira, João Pinto, Jaime Magalhães, Frasco, Inácio, Eurico, Costa e C.ª (assim como, porque se estava já em período da época seguinte, também alguns novos, como Futre) – conforme se recorda aqui e agora, também, com imagens de reportagem da publicação respetiva do mesmo programa,”1,2,3 revista”


Dias depois, no jogo então disputado nas Antas, essa valiosa e estimada taça foi entregue à Direção do FC Porto, sendo pelas mãos do Presidente Pinto da Costa mostrada ao público presente.


Após isso ficou a taça orgulhosamente encimando uma das estruturas de trofeus da antiga Sala-museu Afonso Pinto de Magalhães, no estádio das Antas, em exposição histórica do FC Porto.


E no atual Museu FC Porto by BMG, no estádio do Dragão, está em vitrina significativa.


De seus 23 quilos de prata, em fabrico de joalharia que custou 1. 300 Contos (no dinheiro da época), tem peso e tamanho à medida da dimensão de seu significado! 


ARMANDO PINTO
Março de 2021
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quarta-feira, 10 de março de 2021

Memórias do Hóquei em Patins Portista – “Sticadas” de Março em 1970

Estando-se em março, agora que se começam a fazer sentir no ambiente já efeitos da proximidade primaveril, com a natureza a renascer, apraz recordar, como a fazer reviver, ao correr de algumas lembranças de aproximação cronológica, algo das ocorrências hoquistas azul e brancas noutros tempos. 

Agora que por estes dias de 2021 a Primavera se aproxima ainda em tempo de confinamento da pandemia do Covid atual, calha bem lembrar a atividade do Hóquei em Patins no FC Porto nos inícios de época numa temporada longínqua mas sem restrições. Vindo assim a talhe algo das “sticadas” do hóquei patinado portista em março de 1970.

Ora, nesse ano de 1970, em apreço, com a nova temporada nos princípios da competição inicial, o hóquei do FC Porto passava por fase de renovação e consolidação, após a conquista do Campeonato Regional e do seguinte Campeonato Metropolitano em 1969, mais o 2.º lugar no Campeonato Nacional (em cuja fase final, com os campeões das então províncias ultramarinas, e após finalíssima disputada com prolongamento, sob tórrida temperatura africana, o título de vice-campeão soube a pouco, mas representou muito).

Para fortalecimento da equipa, havia então chegado um reforço de valia, como era o caso de José Fernandes, ex-CUF, internacional júnior e campeão europeu junto com os hoquistas do FC Porto Cristiano, Castro, António Júlio e Fernando Barbot.


Dessa fase ficou uma panorâmica memoranda em entrevista do diretor responsável da secção, ao tempo, como se pode recordar para enquadramento:

E para começo de época, em março de 1970, foi logo conquistada a “Taça Imprensa”. Tendo a mesma sido renhidamente disputada, como se pode rever por algumas das jornadas ao longo da prova – conforme registos do jornal O Porto, em sucessivas edições das diversas semanas do desenrolar da competição, terminada precisamente em março.

Pois então, por estes respigos possíveis, se pode rememorar a evolução da competitiva prova, metendo goleadas e algumas surpresas pelo meio, até que só no final ficou decidida a ordem classificativa.

Armando Pinto

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