segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sócios, Adeptos e demais Membros da Família Portista…


Passou o F. C. Porto um difícil obstáculo como foi com a saborosa vitória no jogo com o Rio Ave, pela manha opositora e ultrapassagem de fase deveras importante, bem como por anteceder uma sempre difícil deslocação ao reduto dum dos adversários de Lisboa, um dos tais da santa aliança por vezes reeditada. Sendo esse um dos jogos cujas vitórias podem definir o campeão, mais a mais depois do empate inesperado no anterior jogo em casa. E, desta forma vitoriosa, ultrapassado que foi este confronto, logo se depara próximo estorvo que é preciso suplantar, no esquisito "zbording", para solidificação da nossa posição cimeira no campeonato de futebol português. 

Isto em plena época quaresmal, por associação, na aproximação da Páscoa, em que diversos momentos se tornam tradicionalmente incisivos em tão marcante quadra anual. Num período como este marcado por procissões de Passos e Paixões. E, como na chegada do tempo de Aleluia, a chamada Semana Santa é considerada uma semana maior do catolicismo, quanto à importância do seu significado, também noutros aspetos da vivência humana se pode considerar importantes outros momentos diversos, de diferente índole mas de vivência particular e, para uma boa parte, também comunitária. Assim, conquanto no presente se esteja a sobrepor o ter humano, terá de se ter sempre em conta o ser humano, que somos. Estando subjacente o que mais dá ser à vida de cada qual. Num universo em que o que mais nos motiva e apaixona terá sempre lugar especial. Como é o nosso F. C. Porto, para nós.

 

Ora, em plena semana da ida da nossa equipa principal até ao terreno do fosso lisboeta, onde se confunde o ambiente perante um panorama prenhe de azulejos próprios de sítio atritos a micróbios, vem à ideia anteriores passagens por esses lados, embora na maioria dos casos mais ao lado (quando as casas de banho eram no antigo estádio, entenda-se). Recordando-nos sobremaneira algumas das idas até lá, a Alvalade, nas invasões pacíficas mas apaixonantes de adeptos do F. C. Porto ao estádio do Sporting lisboeta. Entre manifestações comunitárias de clubismo Portista.

Neste âmbito, calha também, por extensão, deitar sentido pelo conjunto aprazível que representa a massa adepta e simpatizante, enfim o mundo associativo Portista. Ao que damos seguimento nestas constatações, qual cartão de visita que podemos honrosamente apresentar.

Com efeito, por tudo o que se sabe e conhece, sendo os Portistas um povo especial, por assim dizer, constituindo um naipe diferente de tudo e todos mais, os sócios e simpatizantes da grande coletividade azul e branca conseguem fazer a diferença, sabendo distinguir o trigo e o joio, não se deixando levar em parolismos e campanhas orquestradas, antes sabendo pensar por sua (nossa) cabeça e especialmente dando valor ao que tem valor.

   

Sendo hoje uma imensidão de almas a pulsar em comum, tal o grande número de pessoas que por todo o mundo sentem o F. C. Porto, tempos houve em que as condicionantes sócio-desportivas levavam a uma menor aderência. Então, em homenagem a esses mais antigos Portistas, que passaram momentos difíceis e tiveram a ditosa graça de simpatizar com o F. C. Porto em tempos menos atrativos, e igualmente aos mais novos, que tiveram a também ditosa graça de conviver com momentos gloriosos, deixamos uma breve evocação de situações eloquentes, quão sintomáticas. Trazendo à recordação, até aqui, de modo a refletir a situação, o que nos inícios dos anos 30, do século XX, foi impresso num pequeno volume historiador do clube. Daí trazendo, agora, à tona recordatória umas curiosas ilustrações, incluídas na História do F. C. Porto dada à estampa em 1933, num só livro (na pioneira obra escrita por Rodrigues Teles, que como se sabe nos anos 50 foi ampliada numa valiosa obra dividida em três grossos volumes).

 

Repare-se então nas ilustrações acima colocadas e na seguinte lista adjacente, profusamente reportando a um dos painéis referentes aos sócios do clube daqueles tempos antigos. Que se expandem aqui, para este efeito, apenas, como exemplo, através dum dos painéis, dos cinco que o primeiro historiador portista angariou.

     

Chega então uma oportunidade de também nos metermos no meio, como parte que nos consideramos da Família Portista. Vindo a talhe darmos uma graça aos amigos consócios, agora que o texto vai longo e por certo só os mais interessados entusiastas seguirão o alinhamento total.

Ora, tendo passado muitos anos desde que houve a campanha de angariação de fundos para a construção do Pavilhão Gimnodesportivo das Antas, inaugurado há cerca de 40 anos, em 1973 (e mais tarde rebatizado com o nome Américo Sá, em alusão ao presidente da direção desse tempo), e porque tivemos muita honra de também poder colaborar, dentro das possibilidades, à época, relembramos aqui uma singela  lembrança de afinidade associativa, por meio duma pequena caixa jornalística que referiu um caso particular, no jornal O Porto, sem necessidade de muitas explicações mais. 

(in O Porto de 24-8-1972)

Imagens estas, em suma, que afinal revelam o uníssono sentir de sempre, que muito nos toca, tomando a parte pelo todo, na conjugação espiritual do que uniu os antigos e nos apega a todos nós, os de hoje e amanhã.

Armando Pinto 
== Clicar sobre as imagens, para ampliar ==

1 comentário:

  1. Poça, estou sem palavras... Portistas assim fazem do nosso porto um grande clube.

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