sexta-feira, 5 de julho de 2013

Livros Eternos Portistas - entre recordações dos tempos de Américo, prendas e mais…


Era uma vez um sorriso… tal o que senti ao olhar para um livro pela primeira vez, já lá vão coisa de cinquenta e tal anos. Um livro de contos de princesas e fadas, cuja capa ainda tenho na ideia, trazido da camioneta-biblioteca itinerante que passava por aqui... Ainda mal saberia ler, mas conseguia já perceber, pois os livros desde cedo foram algo especial para mim, também. E então, ainda de pouca idade, logo comecei a aperceber-me da existência de livros sobre jogadores do Porto, que andavam em mãos de amigos dos meus irmãos mais velhos, e isso era mesmo coisa que me passou a despertar os sentidos. Tão de modo apreciativo tive em mãos um livro sobre o Américo, o guarda-redes que tanto admirava já, mas sem o poder guardar para mim, não como brinquedo, mas como preciosidade que gostaria de possuir. 

Mal pude começar a juntar um pecúlio próprio, mais tarde, passei a colecionar livros sobre tudo o que respeite ao F C Porto. Foi assim que consegui juntar os pequenos livros da coleção Ídolos do Desporto desde esses tempos de minhas posses arquivistas, a partir de meio dos anos sessentas, mais ou menos. Mas os de trás, de anos anteriores, esses vi-os, mas… não mais os consegui depois obter, entretanto.


Agora, paulatinamente, tenho vindo a conseguir adquirir alguns desses livros que tive em mãos, um dia, mas que não pudera segurar por muito tempo, apesar de os ter fixado quase de fio a pavio. Anos depois comprei um outro, o segundo que essa coleção dedicou ao Américo, mas o antigo, esse, ficou nas minhas cogitações e devaneios. Até que um destes dias, felizmente, consegui finalmente rever e, especialmente, ter… o tal livro, o primeiro livro dedicado ao Américo. Podendo, felizmente, agora, na proximidade de mais um aniversário natalício, dar a mim próprio uma prenda, assim, que tanto desejei há muitos anos. 

Ora, folheando esse livro com carinho… Lá estava, aí está, a foto com a legenda “Nem só os pássaros voam…” que tanto nos encantou, a mim obviamente, e deu ânimo para disputas nos recreios da escola diante de amigos que eram adeptos dos outros… como nós dizíamos… E aquela foto do Américo a sair lesionado, apoiado no suplente Rui e com cara esquisita, que, indo eu para a catequese numa das vezes que pude ver e reler aquelas páginas, ele me pareceu o padre da freguesia, que íamos ter de ouvir nas ladainhas da doutrina… quando me apetecia mas era ouvir falar das estiradas do Américo e dos golos do Pinto e Azumir.


Em dias quentes como os que passam, agora, tal qual os que me lembro dessas ocasiões, há mais de cinquenta anos passados, tenho agora comigo esse e outros livros dos que me proporcionaram momentos de encantamento infantil. E posso sentir-me revigorado, agora que o F C Porto tem sido mais vitorioso até, felizmente. 

Armando Pinto
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