domingo, 15 de setembro de 2013

Fernando Gomes e João Pinto: Dois dos mais carismáticos Capitães do F C Porto…!


Os grandes nomes perduram no tempo por suas ações. Camões cantou n’ Os Lusíadas “aqueles que por obras velerosas se vão da lei da morte libertando…”. Séculos mais tarde, Bocage cotejou seu fado ao do grande Camões, modelo seu também “nos transes da ventura”. Em destinos com algumas ligações entre si, cujas existências perduraram no conhecimento graças a seus dotes. Ora Bocage, dotado vate, ficou mais para a posteridade sobretudo devido ao que perdurou de sua faceta pitoresca, enquanto tantos poetas que seguiram as regras estilísticas, mesmo de veia igualmente apurada, ficaram na penumbra do esquecimento. Vindo o mote a propósito, por sinal, em vista do célebre Bocage ser nativo desta data que passa, quando escrevemos estas considerações, nascido que foi precisamente a 15 de Setembro (de 1765).


Ainda noutras culturas de tempos diversos e em modalidades diferentes de vida houve sempre quem mais se salientasse, dos demais. Não fugindo à regra o setor desportivo, vindo ao caso o futebol e todo o mundo envolvente das sucessivas formações, ao logo dos tempos, da equipa principal do F C Porto. Com especial realce ao posto de comandante do grupo, em campo, vulgarmente chamado capitão. Tendo passado pelo F C Porto muitos e bons capitães, famosos nomes que estão gravados na História Portista, como, entre tantos e tantos, um Pinga, um Araújo, Ângelo Carvalho, Hernâni, Pedroto, Virgílio, um Américo, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Oliveira, Rodolfo, etc., etc. Até que, antes de um Jorge Costa, ainda de fresca memória, por exemplo, e mesmo do Helton e do Lucho, de agora, houve um duo célebre, cada um em seu tempo, mas que foram ambos do mesmo tempo, como foi com Fernando Gomes e João Pinto: o bi-bota de ouro, Gomes, que levantou a primeira Taça Intercontinental conquistada pelo F C Porto e para o futebol português; e o mais internacional e recordista de jogos do F C Porto, João Pinto, que levantou a primeira Taça dos Campeões Europeus do F C Porto e a agarrou como brinquedo estimado, quase sem deixar que mais ninguém lhe tocasse, a não ser em escassos momentos, como na altura em que Madjer conseguiu levantar aquele caneco, também…


Quem diria que ia ser assim, depois do desgosto que tivemos com a lesão do Gomes antes da final de Viena?! O nosso ídolo Gomes, o Fernando Gomes de quem tanto gostávamos de ouvir seu nome a fazer balouçar as redes (como relatava o Amaro), o Gomes com o qual cada golo tinha mais encanto, e que tanto desejávamos viesse a marcar naquele jogo tão ansiado, afinal ficava de fora, por arreliadora e frustrante lesão...! Mas... uff!, depois tudo passou para trás, num ápice, diante da magia do calcanhar de Madjer, tal qual da seguinte e inesquecível explosão de alegria, enquanto Juary agradecia em prece divina... até que a taça foi entregue e vimos João Pinto a beijá-la e erguê-la, apertando-a bem para que não lhe fugisse... e a nós parecia que a estávamos a sentir em nossas mãos, de coração e cabeça a voar no mais lindo sonho...


E eis-nos aqui e agora a reviver, tal momento lindo que vem sempre nas melhores lembranças a toda a hora e instante, a propósito de nomes, números e factos aprazíveis da bela História do F C Porto que também vivemos.

Assim, pois, nesta fase de vida clubista quase a chegar à bonita soma de 120 anos de Vida do F C Porto, na aproximação aos festejos comemorativos, calha a preceito mais uma rememoração de nomes salientes, como desta vez se proporciona com o posto do capitão de equipa, enobrecendo dois dos mais carismáticos futebolistas que desempenharam essa função. E, em harmonia a esse carisma, recordamos os dois autênticos símbolos, recuperando reportagens que lhes foram dedicadas, em diferentes épocas.


Sobre Gomes, ainda nos inícios da década de oitenta, revemos uma curiosa dissertação da revista francesa Onze, em sua edição de Novembro de 1983. Enquanto sobre João Pinto damos conta dum enquadramento inserto na revista/suplemento do Jornal de Notícias de 11 de Maio de 1996, dedicado à conquista do Bicampeonato somado nessa época. E de ambos deixamos falar a descrição narrada nas duas oportunidades, tão distantes no tempo mas interligadas no simbolismo da liderança que cada um soube cumprir, a bem do F C Porto.

Eis aí, de seguida, a reportagem com que a revista Onze assinalou a 1ª Bota de Ouro de Gomes, em 1983:





E, seguidamente, atente-se no que disse sobre João Pinto a revista do JN sob título "Porto, Porto Bicampeão", em Maio de 1996:




Grande, grande é o F C Porto com tamanhos representantes e verdadeiros referenciais Portistas.

Armando Pinto
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3 comentários:

  1. O Porto é grande igualmente com adeptos como AP. E tenho dito, nem devo dizer mais para não estragar o que quero manifestar.

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  2. Desconhecia a imobilidade do irmão do Gomes e veio-me ao pensamento o que vi no Porto Canal sobre Manuel da Costa. São essas realidades que mais fazem sobressair os sentimentos. Verificando-se que o F C Porto é um mundo em todos os sentidos.

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  3. Dois grandes jogadores e grandes portistas que sempre davam tudo em campo. São dois nomes que vão ficar para sempre na historia do F.C. Porto.

    Abraço

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