Estamos habituados agora ao F C Porto ser normal candidato ao título nacional de futebol. Permanecendo normalmente o F C Porto nos lugares cimeiros, até alcançar o lugar primeiro. Com futebolistas e treinadores que são mais ou menos admirados, mas mais tarde serão sempre recordados.
= Equipa principal do F C Porto num dos jogos em que Quinito alinhou de início, então junto (a partir de cima e desde a direita) com Eurico, Lima Pereira, Inácio, Fernando Gomes, João Pinto, Zé Beto, Frasco, Vermelhinho, Quim e Futre. =
Numa História como a do F C Porto, onde cabem variados
factos e nomes dignos de perene memória, há também constante recordação de
valores que ficarão por longos tempos na simpatia clubista. Daqueles que, além de
constarem em listas de campeões, também porque, a seu tempo, foram considerados
prometedores e para sempre ficaram na afeição dos adeptos fieis.
Ora, assim sendo, quase como familiares que viram seus meninos
crescer e os mantiveram mentalmente assim, ainda estreitados a si, também os
apoiantes Portistas têm certos jogadores como promessas eternas. Tal é, para
nós, o caso de Quinito, o jovem futebolista que deu nas vistas ainda nas
camadas jovens do F C Porto e começou a evoluir no plantel sénior na época do
título nacional de 1978/79. Quando o F C Porto conseguiu soltar-se de antigas amarras e passou a poder lutar pelas posições classificativas de cima.
Desse Bi-campeonato ganho pelo F C Porto de assentada, tirando
a barriga de misérias de modo consecutivo, em seguimento do célebre título de
1977/78, juntamos uma página evocativa. Por quanto diz respeito à memória
relacionada com a memorização que, desta feita, dedicamos ao Quinito, admirado
virtuoso dos toques na bola, que parecia colar-lhe aos pés e daí sair
teleguiada, na construção de jogadas deveras aplaudidas.
Sobre Quinito, ficou descrito resumidamente, assim, no livro
“ F C Porto / figuras & factos / 1893-2005”, por J. Tamagnini Barbosa e
Manuel Dias:
Com efeito, como sénior, Quinito foi duas vezes Campeão Nacional pelo F C
Porto, constando honrosamente na Galeria dos Campeões Portistas. Tendo sido lançado
na alta roda do futebol pela mão de Pedroto, com quem ainda andou na
equipa até ao malfadado verão quente de 1982, e posteriormente após a chegada
de Pinto da Costa à presidência diretiva e consequente regresso de José Maria Pedroto, sendo dos elementos ativos no período
anterior à maléfica doença que afastou o Mestre Pedroto.
Depois, com Artur Jorge foi novamente Campeão, ajudando a mais
um título nacional, então na época de 1984/85 – como agora aqui se recorda,
ainda, com alusiva passagem e a capa da revista / número especial “Ídolos do Desporto”, de 1985.
Passaram já muitos anos, e bem sabemos que a carreira de
Quinito não chegou a atingir o ponto alto que desejávamos, todos nós Portistas; mas chegou a estar em ponto de rebuçado, sem contudo ir além, por variadas
razões em que o futebol é fértil. Poucos foram e são, entre tantos, os
futebolistas que conseguem manter-se por muitos anos em elevado estado, no seio
das grandes formações. Quinito depois ainda andou por outras equipas. Mas ficou
sempre na Memória Portista, como uma constante recordação e um simpático valor
do passado eterno do mundo azul e branco.
Como diz uma cantiga, O Porto é o maior e o resto é
conversa. E todos juntos é sempre uma festa. Festa essa de tanta gente… que
celebra com cálices de Porto – como com Quinito se celebrou em dois Campeonatos
e uma Taça.
Armando Pinto
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