domingo, 12 de janeiro de 2014

Calabotagens...


Dizia Hernâni, o grande futebolista portista e nacional da década de cinquenta, que o F C Porto para conquistar títulos tinha que ser muito superior aos outros, não bastando ser igual ou melhor, tal o que acontecia nas ajudas aos adversários diretos. Só com uma grande superioridade, que desse para superar tudo, é que o F C Porto conseguia vitórias. Afirmando que, por isso, um campeonato ganho pelo Porto valia por dez dos outros. E isso viu-se agora, mais uma vez, no jogo da propaganda vermelha, a reboque da programação de Eusébio…

Obviamente que o F C Porto, desta vez, não exerceu a tal superioridade evidente, e não tendo conseguido isso, ou seja que nem as ajudas de arbitragem tivessem demasiada influência, acabou por ser derrotado, enquanto diversos erros próprios ajudaram à festa programada.

Por outro lado, no fim do jogo, dizia publicamente o comentador televisivo José Fernando Rio, que muito admiramos pela sua análise correta que faz no Porto Canal: «O FC Porto foi impedido de ganhar este jogo. Falou mais alto a homenagem ao Eusébio. Deixo de lado as decisões menores e a dualidade gritante de critério técnico e disciplinar. Não posso é deixar passar em claro as duas grandes penalidades que ficaram por marcar sobre Quaresma e Danilo, ficando o FC Porto a jogar injustamente com menos um jogador, e o claro benefício ao infrator quando Jackson Martínez seguia isolado para a baliza. Uma vergonha para o futebol português!»

E dizemos nós: O F C Porto está muito aquém do costume, mas o Benfica foi ajudado descaradamente. Só quem não quer ver pode não querer reconhecer isso... Vergonha do sistema... e o árbitro Soares Dias (embora com culpas naturais também de seus protetores) - para o Panteão nacional-lisbonense já...! Não que lhe desejemos a morte, obviamente, embora lhe devesse doer a boca (onde andou com o apito) enquanto estes pontos não cicatrizarem... Mas sim, metaforicamente, colocando lá  um Cenotáfio (tumba vazia) como memorial.

No tempo de Hernâni, a era do antigo regime ficou conhecida historicamente pelo paradigma do caso-Calabote, num exemplo dos muitos desse tempo. Agora, como tudo está a regredir, como se sabe e sente, volta a haver Calabotagens…

Hernâni, a quem Eusébio tratava por “senhor Hernâni”, tal a grandeza que achava nele (como o próprio afirmou em seu tempo), dizia que um Campeonato do F C Porto valia por coisa de dez dos outros… E, como ultimamente o FCP tem vencido mais, com a tal superioridade evidente, há que analisar as causas do menor rendimento acontecido na tarde deste domingo cinzento. Para que, como aqueles tais outros festejam agora em Janeiro, no inverno, já nós, Portistas, possamos festejar mais para o tempo primaveril, em Maio…!

Com esse semblante, recordemos o nosso grande Hernâni, a quem as musas da bola obedeciam em seu tempo, sem contudo ter chegado a ser lembrado para celebrações federativas ou governamentais, entronizado entre heróis… como merecia, mas sem excessos, entenda-se.


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Armando Pinto

4 comentários:

  1. Mais uma vez parabéns Armando, pelo seu exelente post. Apesar da nossa Equipa não demonstrar em campo o seu precioso futebol, que nos tem acompanhado durante décadas, desde que há liberdade em Portugal, mais uma vez vimos uma página negra do nosso futebol, que se passou lamentavelmente no Estádio da Luz, que para a além de sermos roubados, viu-se, que tudo foi feito e preparado para eles, os vermelhos ganharem. Usando em si a tal referida festa em homenagem ao Eusébio, não foi preciso muito para serem empurrados para a vitória !! Deixo apenas para acabar o meu comentário, que para nós é normal eles festejarem neste momento, mas os reais festejos, estão por vir, no tempo que bem nós conhecemos....Um bem haja meu amigo Armando Pinto e um viva sempre ao nosso PORTO !! Um abraço.

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  2. caro sr. Armando Pinto, caríssimas(os),

    sem sobrancerias e arrogâncias bacocas, o que me dói, para lá da derrota - por números que remontam a 1993/1994 -, é o facto de, mais uma vez, termos tido o pássaro na mão e deixámo-lo fugir, i.e.: a vitória esteve sempre ao nosso alcance (pois que este 5lb é mansinho, mansinho. e frágil), mas devido à teimosia do treinador (aquela insistência no dulo pivôt já nem tem adjectivação) fomos nós os que saborearam o travo amargo da derrota.

    pode ser que, um dia, Paulo Fonseca aprenda o ADN do clube que o aceitou como treinador. pela minha parte, já aceitei (de forma relutante, claro) que, esta época, as desilusões serão «uma constante da Vida».

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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  3. Andam por aí e têm caído aqui uns comentários anónimos com textos tão mal escritos que não se percebem. E, assim, sendo, nem vale a pena estarem a tentar puxar pela gramática que não aprenderam… Pois tudo o que vier assim rasca, segue para o lixo, sem trabalho de tentarmos perceber!

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  4. ...Apesar de tudo, dá prazer saber-se que este blogue está a ter entre a massa adepta adversária também curiosidade e interesse, talvez pela admiração de verem coisas escritas fora da sua esfera, a um nível do que aqui tem sido possível desenvolver, a pontos de haver um caso em que o visitante passou mais vezes neste blogue nos últimos dias que as visitas que teve o seu blogue...
    Sinal de que isto já não é um espaço qualquer, de diversos modos.

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