sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Reencontro com o Varzim para a Taça…


Aí está chegada mais uma participação portista na Taça de Portugal de futebol, à entrada para a respetiva edição desta época. Começando o F C Porto por jogar diante do Varzim, na Póvoa, um encontro sempre difícil, por quanto contra o F C Porto todos se costumam agigantar, como é sabido. Num reencontro que acontece, assim, visto o clube poveiro andar afastado das grandes competições há alguns anos, enquanto desta feita sucede este confronto perante a participação de clubes de divisões secundárias na fase inicial desta prova.

Diante deste cenário, sendo previsível alguma dificuldade, contando com possível entrada em campo de um “onze” do F C Porto diferente do habitual, é contudo desejável que não haja surpresa, desde que a equipa portista que atuar desenvolva um jogo normal, perante o valor dos elementos do plantel azul e branco.

Esta eliminatória da Taça, por outro lado, além das diversas vezes em que o F C Porto jogou e venceu o Varzim em jogos a contar para a Taça de Portugal, felizmente, faz recuar memórias a uma participação feliz do clube Dragão na mesma segunda competição do futebol nacional: Quando, também quase no início da campanha da Taça, o F C Porto eliminou categoricamente o Varzim na caminhada para a conquista da Taça de Portugal da época de 1967/68.


Ora, tendo essa conquista, da Taça vencida em 1968, sido uma importante vitória, em período do sistema BSB, como é sabido, melhor sabor teve e ainda se faz sentir na memorização a que transporta. Recordando-se que então o F C Porto, comandado por Pedroto, defrontou o Varzim na 2ª eliminatória da referida edição, pois então os clubes primodivionários entravam logo no início da mesma competição, em disputas a duas mãos, à melhor de dois jogos, como se costuma dizer. E nesse tempo o Varzim estava na 1ª Divisão. Havendo o F C Porto vencido de ambas as vezes, primeiro no estádio da Póvoa por quatro golos sem resposta, e depois nas Antas em confirmação por 5-1.

Foram jogos, esses, em que brilhou sobremaneira o goleador brasileiro Djalma, autor de 3 golos no jogo da 1ª mão, sendo o outro de Manuel António, o avançado vindo de Santo Tirso e que depois rumou à Académica, o qual entretanto somou mais outros 3 marcados ao Varzim na partida da 2ª mão. Enquanto os dois golos restantes foram do “cabecinha de diamante” Pinto e do fogoso avançado brasileiro Valdir. Coroando as boas exibições de todos, quer dos autores dos golos, bem como de seus pares, Américo, Sucena, Almeida, Valdemar, Atraca, Pavão, Eduardo Gomes, Malagueta, Valdir, Bernardo da Velha, Rolando e Rui.


Tendo presente essa boa recordação, ilustramos este desfile memorável com imagens de Valdir e do famoso Djalma em encontros com o Varzim, mais uma foto do plantel com uma boa parte dos componentes dessa época, num corolário acrescido.

Quanto a números totais, pode também sumariar-se os correspondentes encontros do seguinte modo:

Histórico das eliminatórias entre F C Porto e Varzim (até ao encontro deste sábado, da 3ª eliminatória da Taça de Portugal e que corresponde à estreia dos Dragões na actual edição da prova):

Taça de Portugal              6 jogos                 6 vitórias do FC Porto (100%)  
  
- 1965-11-07      Varzim  0-1 FC Porto        1/32 avos              Taça de Portugal (TP) 1965/1966             
- 1968-01-21       Varzim  0-4 FC Porto       1ª mão 1/16 avos            e            
1968-01-28         FC Porto 5-1 Varzim         2ª mão 1/16 avos            TP 1967/1968
- 1985-06-05       FC Porto              1-0                    Meia Final           TP 1984/1985
- 1997-02-11       FC Porto              4-0                    5ª Elimin              TP 1996/1997
- 2003-03-08       FC Porto              7-0                    Quartos de Final   TP 2002/2003     

Armando Pinto

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3 comentários:

  1. Será uma partida com grau de dificuldade suficiente para requerer do FC do Porto cuidados especiais. A Póvoa é território afeto ao nosso Clube (O Varzim é a filial nº 1 do FC do Porto?) mas de nada lhe valerá para atenuar a resistência poveira que será, não tenho a mais pequena dúvida, muito ambiciosa. Os varzinistas vêm embalados com a entrourage da divisão inferior e, jogar contra um equipa com o prestígio da nossa é uma motivação extra para os jogadores da casa.

    Lopetegui fará naturais alterações na constituição da equipa para este jogo mas, apesar disso, ou por via disso, tem obrigação de vencer e passar á fase seguinte. Seria um golpe duro se o não conseguisse e deixasse para trás um competição que é a segunda em valor das provas nacionais e de que andamos arredados há tempo de mais para o prestígio do Clube.

    DRAGÃO, SEMPRE!

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  2. Boa vitória do Porto, que fica a ser a sétima na Taça sobre o Varzim SC. Valeram os 2 golos de Tello e André André, mas podiam ter sido mais. Na 1a parte o Porto sentiu um pouco a falta de entrosamento deste 11 alternativo que o FC Porto apresentou e o Varzim foi sempre uma equipa aguerrida como já se esperava. Na 2a parte o Porto fez uma boa parte onde matou o jogo só quando fez o 0-2, mas antes disso teve ocasioes para golear. Houve jogadores que aproveitaram a oportunidade outros nem tanto e foi jogo de taça tipico menos para a arbitragem que foi pessima, roubou 1 golo ao Osvaldo e não marcou 1 penalti clarissimo a favor do Porto! Satisfeitos estamos na proxima eliminatoria e continuamos invictos esta epoca e agora venham os proximos jogos.

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  3. +FCPorto

    Varzim vs FC Porto

    VITÓRIA ROTINEIRA

    Foram precisos doze anos para estes míticos emblemas do futebol português se voltarem a encontrar. Dois clubes com relações estreitas e cordiais (afinal, o clube varzinista foi o 1º filiado ao FC Porto, e os dragões decidiram reverter toda a receita de bilheteira do jogo para os cofres varzinistas ) . Este período tão grande sem um confronto direto entre os dois clubes, levaram ao entusiasmo e afluência de público às bancadas, que quase encheram por completo a casa do clube da Póvoa de Varzim.
    Nos onze dos dragões houve uma transformação completa (dando rotatividade e tempo de jogo aos menos utilizados pelo treinador até ao momento) , destacando-se a estreia do guardião Helton esta época, em jogos oficiais.
    O jogo começou com uma surpreendente agressividade e atrevimento da formação varzinista, que desde cedo enviou a mensagem de que não seria submissiva ao papel de “bombo da festa”, geralmente atribuído ao clube da divisão inferior nestes encontros eliminatórios. Foi um início de jogo que retirou capacidade de construção de jogo aos dragões, que se viram apertados a nível defensivo, com remates e aproximações à sua baliza, prontamente paradas, porém, pelo quarteto defensivo e pela segurança de Helton.
    Pouco a pouco, o FCPorto começou a desempenhar o seu papel, controlando as “rédeas” do jogo, com ataques constantes, preferencialmente pela ala comandanda por Silvestre Varela, que causava desequilíbrios no seio da defesa varzinista.
    Perante esta deficiência na construção de jogo, Lopetegui decide colocar Bueno na posição de número 10, a vir buscar jogo ao meio campo defensivo, decisão esta que deu frutos quando este faz um passe em profundidade que isola Tello que remata rasteiro, para o fundo das redes do clube da Póvoa. Estava inaugurado o marcador aos 20 minutos.
    A reacção varzinista deu-se através de pressão alta ( idêntica à utilizada no começo da partida ), que surtiu o mesmo efeito e atrapalhou a construção de jogo portista, que o Varzim aproveitou a seu favor, criando oportunidades de perigo junto da baliza portista. Martins Indi , com uma série de cortes providenciais ajudou à consolidação defensiva.
    Mesmo em cima do minuto 45, Osvaldo desperdiça na cara do guarda redes e perde a oportunidade de alterar o resultado, que foi inalterado para o intervalo.
    Foi um segundo tempo morno, sem muito a registar, aquele que nos foi presenteado na Póvoa de Varzim. De registar o desperdício portista, especialmente de Osvaldo, que falhou várias oportunidades de golo iminente, e que chegou a colocar a bola no interior das balizas varzinistas, mas em situação de fora de jogo.
    Apesar do jogo estar favorável aos portistas, Lopetegui não prescindiu de colocar em campo sangue novo com as entradas de Danilo e André André, no sentido de consolidar a defesa.
    Estas alterações vieram a resultar no lance do 2º golo portista, que começa em Imbula, que passa para André André na esquerda , que com um remate cruzado coloca a bola fora do alcance do guardião do Varzim, tranquilizando assim os dragões, que passaram no teste e assim, avançam para a próxima eliminatória.

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