No atual panorama futebolístico vem muito à baila das
apreciações o tema dos jogadores de referência, facto que no caso portista se
reflete na menção dos chamados jogadores à Porto. Algo que em épocas algo remotas era
mais vincado, quando os futebolistas passavam muito tempo no clube. Embora não
seja preciso ter andado muito pela Ribeira do Porto para se ter afeição ao
clube com o nome da Invicta e se identificar totalmente ao significado do clube
dragão. Havendo, entre tantos que mais personificam essa mística, como símbolos históricos de dedicação e paixão, nomes como
Pinga, Valdemar Mota, Araújo, Hernâni, Virgílio, Arcanjo, Américo, Custódio
Pinto, Festa, Pavão, Rolando, Gomes, Rodolfo, João Pinto, Jorge Costa, Deco,
para só referir alguns de memória. Estando bem lá no meio Rodolfo, um jogador
mesmo à Porto, como se diz. Carismático capitão da equipa que ganhou o célebre
Campeonato Nacional de 1977/78 e o “Bi” seguinte em 1978/79.
Dizia-se que os jogadores mais dedicados eram aqueles que
mais se ”rabunhavam”, ou seja os que até ficavam arranhados de tanto batalhar,
nunca virando a cara à luta, esforçando-se até mais que o limite das forças.
Tal o que nos fazia ver e nos faz rever na imagem do “Rodolfo do Porto” – que vem agora a talhe recordar. Por calhar
nesta data a efeméride de sua estreia com a camisola da equipa principal do F C
Porto. A camisola das duas listas azuis do F C Porto que seria a única de clube que conheceu, além naturalmente das camisolas das seleções nacionais para que foi chamado a representar.
= Rodolfo na equipa campeã e bicampeã nacional da década de
setenta =
Faz agora anos que, a 12 de Março de 1972, Rodolfo, como era
conhecido enquanto jogador, se estreou oficialmente na equipa principal do FC
Porto, envergando a camisola que sempre conheceu. Esse raçudo médio (adjetivando
sua raça em campo) tinha então 18 anos feitos há pouco mais de um mês e foi
titular em Coimbra, frente à Académica, em jogo que terminou com vitória portista
por 1-0, golo de Abel. Entretanto Rodolfo Reis, como depois passou a ser conhecido como
treinador, só vestiu uma camisola enquanto jogador de clube, a do grande FC Porto e foi
sempre um exemplo de garra, mística e vontade de ganhar.
= Rodolfo num momento de convívio, em descontraída
brincadeira junto com Oliveira e Gomes, durante uma passagem pela Escócia em
1975 (aquando de confronto com o Dundee), a que não faltaram gorros e saiote (Kilt) de
indumentária etnográfica da região visitada, na ocasião =
Rodolfo era, em seu tempo de atleta profissional, um dos
futebolistas mais queridos no seio dos apoiantes portistas, precisamente por
toda a raça que punha na defesa do clube. E continua a ser uma recordação constante,
no apreço que os grandes vultos do F C Porto representam no sentimento do mundo
azul e branco, em tudo quanto representa o afeto da família portista.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Agora um grande amigo do Rui Santos grande apaixonado pelo futebol $$$$ e completamente independente segundo o ex-capitão Rodolfo.. "Estou contigo Rui... tens muita razão".
ResponderEliminarCumprimentos
A. Martins
Rodolfo foi um grande capitão do FC Porto e jogador à Porto. Como treinador foi campeão com a equipa junior do FC Porto e nos seniores adjunto do Fernando Santos no F C Porto. Como alguma gente que não aceita bem não ter continuado no clube, é agora uma voz crítica. Pporém o que cai mal é que está a haver um fenómeno com as televisões de Lisboa, que têm captado antigos jogadores do norte, os quais possivelmente por necessidades, fazem o que nesses canais de televisão querem que eles façam, isto é, serem vozes contra o Porto. Parecem aqueles deputados e governantes que quando vão para Lisboa esquecem as suas raízes. Rodolfo, Vitor Baía, Jaime Magalhães e outros estão a dar tiros nos pés, começam a perder simpatias em muitos portistas. Sendo que o passado ainda ajuda a que fique alguma simpatia.
ResponderEliminarConcordo. Só que hoje os tempos são outros, os adversários Benfica e Sporting também poucos têm de jeito. No Porto estão a vir acima alguns como o Ruben Neves, o Sérgio Oliveira e os novos da equipa B que estão aos poucos começam a ser convocados para os AAs. Penso que falta também alma nos adeptos, como os que souberam esperar muitos anos. Ainda hoje contra o União os nossos jogadores parecia que estavam a jogar com medo. Como a paertir do 2-1 passaram a enervar-se com os assobios. Tem de se saber aguentar melhor. Os outros quando o Porto foi pentacampeão não esperaram seis anos? E o Sporting não espera há coisa de década e meia ou vai para isso?
ResponderEliminarRolando, Pavão, Rodolfo, João Pinto capitães como o Porto jamais teve.
ResponderEliminarRodolfo talvez o mais carismático. Personalidade fortissima ao nível do seu inquestionável portísmo.
G. Mendes
Aviso: Aqui qualquer comentário que distorça a história do F C Porto é eliminado, obviamente. Quem queira doutra forma está à vontade, faz um blogue próprio e aí pode inventar e contrariar o que quizer, Ok. Entretanto, quem ousou dizer que na foto de baixo, da brincadeira com adereços escoceses não está o Rodolfo, não conhece a sua fisionomia de verdade. Inclusive esta foto está num livro também com a mesma identificação, mas nem era preciso neste caso. Aliás o (outro) jogador que o comentador referiu já nem jogava no F C Porto nesse tempo.
ResponderEliminarArmando Pinto
Lê-se num blog portista esta verdade:
ResponderEliminar"Quanto ao Rodolfo Reis, ninguém coloca em causa o portismo, nem que ele queira o melhor para o F.C.Porto, aquilo que se discute é a diferença entre a rapidez com que dispara para dentro e a lentidão com que dispara para fora."