sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cristiano: O primeiro hoquista do FC Porto Campeão Europeu em seleções seniores


Está a atingir ponto máximo o Europeu/2016 de Hóquei em Patins que decorre em Oliveira de Azeméis, nestes dias de temperaturas altas de meio de Julho. Havendo no ar autêntico calor de esperança na reconquista do título que se tem escapado há anos, precisamente desde que a seleção portuguesa foi orientada pelo então treinador Cristiano Trindade Pereira, no Campeonato da Europa disputado no pavilhão municipal de Paços de Ferreira.


Passando a bola de atenção para o nosso campo, puxa-se o setique atrás para rematar a outro ângulo,  até transpor facto do mesmo Cristiano, quando jogador em plena ascensão, também ter sido campeão europeu e logo da primeira vez que foi selecionado para estar na equipa das quinas num Europeu de seniores. Tendo-se então tornado Cristiano o primeiro hoquista do FC Porto que alcançou esse estatuto. Já antes havia sido Bicampeão europeu pela seleção de juniores e então conseguiu ser também como sénior, à primeira oportunidade.

É de realçar que então o hóquei patinado estava voltado quase só ao Sul do país e por isso merecem registo os poucos hoquistas do Norte que durante anos, devido a serem de valia mais que evidente, conseguiram furar a folha de esquema, com destaque para Cristiano que durante longo período, tal o seu valor superior, foi o único hoquista do FC Porto a enfileirar na Seleção A de Portugal.

= Cristiano, na equipa da seleção A de Portugal que evenceu o Campeonato da Europa de 1971=

No presente Europeu de hóquei em patins seis jogadores do FC Porto representam Portugal e Espanha, quer a chegar à decisão do título, como na melhor prestação possível: Nélson Filipe, Hélder Nunes, Gonçalo Alves e Rafa pela parte da seleção portuguesa; Carles Grau e Ton Baliu, hoquistas do FC Porto também, jogando pelo seu país do outro lado da Ibéria. Num naipe de valores portistas que demonstram estar o FC Porto sempre na alta roda dos acontecimentos desportivos. Fazendo mais uma vez história.


Ficou entretanto também na história o primeiro Europeu de hóquei em patins em que um hoquista do FC Porto fez parte da equipa campeã, tendo sido em 1971, através de Cristiano. Anteriormente já Acúrcio Carrelo, o primeiro hoquista internacional do F C Porto, estivera no Campeonato Europeu de 1957, sem contudo então Portugal ter conseguido melhor que o segundo lugar, havendo sido a Espanha que recebeu o correspondente trofeu europeu. Porém, muitos anos depois, no Europeu de 1971, o segundo hoquista internacional portista, Cristiano, alcançou o título e com contribuição importante, tendo sido dele os golos decisivos que derrotaram a Espanha, ao ter marcado os dois últimos tentos que deram vantagem por 4-2 perante a forte esquadra espanhola, num repleto Pavilhão dos Desportos de Lisboa.

Atendendo à raridade de o FC Porto ter tido na ocasião um representante na seleção de hóquei, e sobretudo pelo papel importante desempenhado, Cristiano foi então alvo de justa homenagem do FC Porto, a que se associou a Associação de Patinagem do Porto, em sessão solene decorrida na sala-museu do F C Porto, na antiga sede social do clube, à Praça do Município (atual Praça General Humberto delgado), no Porto.

Dessa honrosa realidade, quer da presença de Cristiano na seleção campeã da Europa em 1971, como da homenagem seguinte, damos agora nota através de imagens da equipa e do respetivo tributo clubista, por meio de recorte guardado pelo autor de parcelas da reportagem publicada no jornal O Porto.


Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))

1 comentário:

  1. Os atletas do norte designadamente os que pertenciam ao Futebol Clube do Porto, sempre tiveram dificuldades de acesso às seleções nacionais, independente do valor que tinham e as modalidades que praticavam. Recordo-me, p.ex. de ter sido chamado à seleção de futebol um defesa esquerdo do sporting chamado Otávio (??) que não era titular na equipa leonina,em detrimento do titular do FC do Porto cujo nome não me ocorre agora.
    Cristiano e Acúrsio Carrelo foram selecionados porque possuíam classe acima dos melhores e a sua escolha garantia valor acrescido para a conquista de títulos. Não havia como contornar a preferência.

    Depois, o hegemonia nas modalidades virou e o norte impôs-se pelo valor dos atletas e resultados alcançados.

    DRAGÃO, SEMPRE!

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