quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Ciclo-Cross do inverno desportivo doutros tempos


Hoje (quando este artigo é escrito e publicado pelo autor) é dia de assinalar o aniversário da entidade que rege oficialmente o ciclismo português federado.

Com efeito, «a União Velocipédica Portuguesa - Federação Portuguesa de Ciclismo comemora hoje, 14 de dezembro de 2016, o 117.º aniversário. É a mais antiga Federação desportiva portuguesa em atividade. Ao longo de mais de um século foram muitas as figuras e os acontecimentos que fizeram do ciclismo uma das modalidades mais populares em Portugal. Mesmo antes do nascimento da Federação, já se pedalava com sucesso, como vemos pela cronologia do ciclismo nacional: 1894 - É inaugurado o Velódromo Rainha Dona Amélia, no Porto. Situa-se nas traseiras do Palácio das Carrancas, que hoje alberga o Museu Nacional Soares dos Reis…»

(Como consta num artigo difundido pela página informática da UVP-FPC, seguindo-se mais factos e datas do historial mais mediático da modalidade no semblante português, numa «viagem pela cronologia do Ciclismo em Portugal», qual «pedalada pela História de uma das modalidades mais populares do país.»)


Vem a propósito relembrar, numa das facetas entretanto alteradas, que tempos houve em que também havia competição de nível na variante do Ciclo-Cross, que era e é prova de inverno, como se sabe. Embora hoje o mesmo seja disputado por outros escalões, que não ao nível dos profissionais e categorias próximas, antigamente, pelos idos anos de sessenta e setenta, pelo menos, era a nível maior; e então, entre dezembro e janeiro, servia ao mesmo tempo de preparação para a época a seguir, cujas corridas de estrada normalmente surgiam já em janeiro. 
Como neste blogue já ficou historiado, em parte, sendo que nesses tempos os ciclistas do Norte eram mais afoitos a tais corridas cheias de dificuldades, em terrenos enlameados e deveras irregulares. Em cujos traçados se salientavam alguns ciclistas de nomeada, como Sousa Cardoso, Joaquim Leão, Alberto Carvalho, Cosme Oliveira, Custódio Gomes, Venceslau Fernandes e outros que foram campeões da especialidade. Mas também nos escalões de formação, ao tempo chamados amadores (em comparação já aos profissionais), como, aproveitando a “deixa”, recordamos aqui e agora – através do caso duma época, ao início de 1970, com exemplo do Campeonato Regional de Ciclo-Cross em Amadores. Algo quer nesses outros tempos era parte integrante do calendário de inverno desportivo nacional e, por inerência, também portista.


Armando Pinto

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