sábado, 25 de março de 2017

Eduardo Luís: Recordando a Taça dos Campeões de Viena, como lembrança de Património Nacional


Pode a hora mudar, como acontece agora –  tal é por decreto nas mudanças de Estação dos anos, à saída do inverno e pela entrada do outono... mudarem-se os tempos e certas vontades... mas há coisas que permanecem: Como a inesquecível vitória de Viena. Quando se dizia “havemos de ir a Viana”, em trocadilho gracioso ao verso de Pedro Homem de Melo, por então parecer quase inatingível  vencer em Viena, na Áustria. Onde o FC Porto foi enfrentar o campeão alemão Bayern e… venceu. Onde e quando ganhamos a nossa primeira Taça Europeia conquistada pelo FC Porto, a Taça dos Campeões Europeus de 1987. Algo que não mais esquece, coisa que sempre lembraremos como o início do maior crescimento do grande FC Porto.

Pois esse tema foi bem lembrado, também, na curta mas incisiva entrevista de Eduardo Luís ao JN, integrante da rubrica Património Nacional do suplemento Ataque do Jornal de Notícias, de publicação semanal aos sábados. Com lugar na edição daquele diário no passado sábado e que, como hoje é sábado, agora anotamos, transpondo para aqui como memória que é, já.


Perante título «Viena na alma e a répica à mão» e foto sob legenda «O ex-futebolista Eduardo Luís, com a réplica da Taça dos Campeões Europeus, conquistada ao serviço do F. C. Porto» aquela coluna do JN deu vez para Eduardo Luís evocar essa façanha em que ele esteve presente, como um dos heróis que estiveram em campo, lá longe no Pratter, em Viena de Áustria. E quem não pôde ir a Viena, viu pela televisão…  e vibramos como sonho que vimos realizado.

Pois o defesa de então, Eduardo Luís, não se remeteu à defesa, desta vez, e como aquilo foi algo especial, não fez por menos:

«”Ainda hoje, quando vou na rua, as pessoas me falam nisso e me lembram como foi. É como se a taça também fosse um bocadinho delas”, conta Eduardo Luís, antigo jogador do F. C. Porto. A taça é a que está retratada na réplica que segura carinhosamente e diz respeito ao título europeu conquistado pelos dragões, em 1987.


Da histórica final de Viena, frente ao Bayern de Munique, o ex-central recorda Hoeness, o avançado de quase dois metros que "nem chegou a fazer mossa", uns últimos 15 minutos "de grande categoria" e tudo o que conduziu ao histórico calcanhar de Madjer. "A jogada passou por quase todos os jogadores, sem que o Bayern tocasse na bola. Salvo erro, foram 17 toques", salienta.

Entre umas meias-finais da Taça das Taças "históricas", frente ao Aberdeen de Ferguson, e a final dessa prova, perdida para a Juventus, nesse ano de 1984, destaca ainda o bicampeonato conquistado pelos dragões. "Foi especial pela luta que houve até ao fim, com o Benfica. Decidiu-se tudo nas últimas duas jornadas", lembra, ele que, depois de quase 20 anos como treinador, decidiu que não vai "voltar ao futebol".

Por isso, agora, concilia um gabinete de fisioterapia com o trabalho numa empresa imobiliária. Mas as pessoas que o abordam na rua lembram-no a toda a hora da eterna grande conquista.»

«Bilhete Pessoal / Passe Curto:

Nome: Eduardo Luís Marques Kruss Gomes
Naturalidade: Loures
Idade: 06/12/1955 (61 anos)
Clubes que representou: Desportivo de Olivais e Moscavide, Benfica, Marítimo, F. C. Porto, Rio Ave, Ovarense.
Principais títulos: quatro campeonatos nacionais, duas Taças de Portugal, três Supertaças e uma Taça dos Campeões Europeus.»

ARMANDO PINTO

((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

Obs.: O texto entre parênteses e as imagens com marca de água foram naturalmente retiradas na referida edição do Jornal de Notícias. Enquanto a cimeira imagem dupla, com marca personalizada, é de gravuras de calendários de bolso, usados nesse tempo e hoje de arquivo pessoal do autor deste blogue.

A. P.

1 comentário:

  1. Senhor Armando Pinto,


    o Eduardo Luís era um defesa versátil de enorme qualidade, e que hoje seria titular em qq Grande Equipa, porquê? Sabia sair a jogar como se fosse de um médio se tratasse, hoje essa caracteristica é fundamental, a qualidade na saída de bola desde tras. No FC Porto co-habitou com uma dupla que jogava de olhos fechados, o Eurico e o Lima Pereira, e o Eduardo Luis pagou essa factura, foi habitualmente o 3º central nessa década de 80 (com a lesão do Eurico, surgiu o Celso, curiosamente com quem jogou a final de Viena, devido a uma lesão do Lima), mas o Eduardo Luís também jogou como lateral, na direita ou na esquerda (já lá vou), e sem comprometer, justamente pela sua versatilidade e qualidade!

    Fica a curiosidade, o Eduardo Luís foi titular em ambas as Finais Europeias do FC Porto na década de 80, mas em posições distintas na defesa;

    Final de Basileia, como lateral esquerdo por lesao do Inacio!
    Final de Viena, como central a par do Celso, novamente devido à lesão do Lima Pereira!

    1 abraço,

    PT

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