sábado, 15 de julho de 2017

Justiça tardou mas chegou: F. C. Porto e Pinto da Costa absolvidos no processo "Apito Final". Conselho de Justiça devolve seis pontos da época de 2007/2008 ao FC Porto em 2017.


Efetivamente, assim é. Justiça tardia mas que repõe a verdade: Dada razão ao FC Porto e ao Presidente Pinto da Costa. Foi preciso passar 9 anos, anos e não meses, para sair esse veredito… embora, como diz o ditado de que mais vale tarde que nunca, chega finalmente tal reposição. Mas agora, os corruptos que estiveram por trás disso tudo e sobretudo o tal advogado feito à pressa e os juízes de costela benfiquista vão ficar impunes? Mais uma acha para a fogueira da corrupção recentemente vinda a público com o conhecimento dos e-mails que, agora, já há quem queira apagar… tarde de mais!!!

Ora, como vem na edição deste sábado do JN, dia 15 de julho, «O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol decidiu absolver Pinto da Costa e o F. C. Porto no processo "Apito Final".
A SAD portista e o dirigente tinham sido considerados culpados de "corrupção da equipa de arbitragem na forma tentada" pela Comissão Disciplinar da Liga, em 2008 e foram agora ilibados, segundo um acórdão datado de 5 de julho, a que o JN teve acesso


Acrescentando o jornal O Jogo: «Recurso apresentado por Pinto da Costa teve provimento e a SAD beneficia dele: foi anulada a decisão de retirar pontos à equipa no campeonato de 2007/08.
O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu razão a Pinto da Costa no recurso apresentado ao castigo de dois anos de suspensão e multa de dez mil euros aplicados em 2008, no âmbito do processo Apito Final. A decisão, de 7 de julho deste ano, a que O JOGO teve acesso, baseia-se na ilegalidade da utilização das escutas telefónicas e na falta de credibilidade atribuída aos testemunhos de Carolina Salgado. Pinto da Costa vê assim a pena - que já cumpriu - anulada e a SAD portista, que fora castigada com a perda de seis pontos e uma multa de 150 mil euros, também beneficia, uma vez que "o recurso interposto de uma sentença abrange toda a decisão".»

Com efeito, volvidos todos estes anos, o FC Porto volta a ter mais 6 pontos oficiais no campeonato terminado em 2008, obrigando a ficar desatualizados os dados em publicações referentes desse campeonato em que o FC Porto conquistou em campo muito justamente o título nacional correspondente. Na altura esses pontos não fizeram falta porque o FC Porto ganhou o campeonato com larga superioridade na pontuação. Mas se fizesse? E se tivesse ido avante a proposta do Benfica à UEFA para retirar o FC Porto das competições na temporada que se seguiu e por vontade do então maioral do futebol europeu esteve quase para acontecer…? Com que cabeça agora fica mais uma vez esse tal Platini…?


Passados nove anos… e passados estes dias todos, também é que isto se sabe, por meio do Jornal de Notícias, do Expresso e d´O Jogo, já que entretanto ainda não viera a público e os jornais afetos ao clube do regime ainda não mostram…

Enquanto isso, há largos anos, entretanto, Pinto da Costa já fora ilibado de tudo e de todas as acusações no processo chamado "Apito Dourado", por mais que tenha havido invenções de histórias em livros escritos por pessoas quase analfabetas e filmes feitos por artistas que não tinham jeito para mais nada (alguns dos quais já devem estar a pagar tais pecados noutro mundo). Até que agora, no presente, mais um processo chega ao fim, por muito que custe aos verdadeiros corruptos ...

De permeio e para já fica a dúvida de como ficará a folha de todos os envolvidos. Sendo pertinente perguntar: - Será que alguma vez haverá verdadeira justiça no futebol português? Ou o crime irá sempre compensar ?

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Em "Dragões Diário" é feito um atualizado ponto da situação:

«Está reposta a verdade desportiva. Em dezembro do ano passado, transitou em julgado a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa que, em maio de 2011, considerou inexistente o acórdão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (CJ da FPF), de 4 de julho de 2008, que negava provimento a um recurso interposto por Jorge Nuno Pinto da Costa relativo às decisões do processo ‘Apito Final’. Recorde-se que a ‘reunião’ desse órgão foi realizada à revelia de quem teria o dever de a presidir e, à data, teve como uma das consequências a confirmação das decisões da Comissão Disciplinar da Liga que determinavam a retirada de seis pontos ao FC Porto (descontados na tabela classificativa de 2007/08) e uma suspensão de dois anos do seu Presidente, para além de outras sanções pecuniárias. Na sequência do trânsito em julgado da decisão que considerava inexistente o acórdão de 2008 por motivos administrativos, o atual CJ da FPF entendeu que continuava por julgar a matéria de facto que justificava aquela reunião, ou seja, o recurso apresentado por Pinto da Costa. Fê-lo ao longo dos últimos meses, e acabou por dar como não provadas as acusações de corrupção desportiva no jogo Beira-Mar-FC Porto de 2003/04. Como consequência, foram anuladas todas as sanções aplicadas quer ao FC Porto – que recupera os seis pontos que lhe foram indevidamente retirados na classificação de 2007/08 –, quer ao seu Presidente.


Razão ao retardador
Quando, em maio de 2008, o FC Porto anunciou que não recorreria da pena de perda de seis pontos imposta pela Comissão Disciplinar da Liga, poucos compreenderam essa decisão. Na altura, a SAD considerou que seria preferível que essa subtração tivesse impacto numa época em que o clube foi campeão com 20 pontos de vantagem do que arriscar, em sede de recurso, nova decisão injusta que incidisse na classificação das temporadas seguintes. Para além disso, entendia-se que o recurso apresentado por Pinto da Costa, versando a mesma matéria de facto, implicaria necessariamente o clube. Nove anos depois, isso confirma-se: a absolvição do Presidente teve como consequência a absolvição do FC Porto.

Mais um furo na credibilidade
A justiça tarda, mas por vezes chega mesmo. A decisão que hoje conhecemos é uma derrota para todos os pseudo-justiceiros que, à margem da legalidade, mas sobretudo da decência, procuraram denegrir a imagem do FC Porto e de todos os que o servem, colocando em causa o mérito desportivo da única equipa que, ao longo dos últimos 50 anos, teve capacidade para prestigiar o futebol português através da conquista de títulos internacionais. Entre essas figuras, é impossível não destacar Ricardo Costa, popularmente conhecido como ‘o benfiquista de Canelas’, que vê, uma vez mais, a sua sanha justiceira tornar-se improcedente e inconsequente. Este acórdão do CJ da FPF desfere um golpe certeiro e decisivo na fundamentação jurídica que artificialmente construiu para tornar o seu exercício de funções na Comissão Disciplinar da Liga uma extensão do seu fanatismo clubístico.


Para estar atento
Álvaro Baptista era um dos elementos do CJ da FPF que, perante a ausência do seu presidente e de outro dos seus membros, decidiu prosseguir uma ‘reunião’ onde seriam tomadas decisões muitíssimo relevantes sobre o futebol português, num ato que viria a ser confirmado pelos tribunais como uma aberração administrativa. Foi, mesmo, o 'pseudo-presidente' e porta-voz desse órgão que, já de madrugada, anunciou as suas deliberações à comunicação social. Atualmente, integra o Conselho de Disciplina da FPF, como vice-presidente de José Manuel Meirim para o futebol não profissional. Para além disso, é deputado do PSD, e foi um dos autores da proposta que tinha como objetivo o esvaziamento de poderes da Liga (nomeadamente no que toca à elaboração de regulamentos de disciplina e de arbitragem) e a sua transferência para a FPF – um caso flagrante de conflito de interesses. Álvaro Baptista parece ser uma daquelas personagens que, à sombra da ausência de qualquer notoriedade pública, se vão mexendo aqui e ali e influenciando a tomada de medidas que se podem revelar estruturais para o futebol português. É, sem dúvida, uma figura a seguir.

Para felicitar (I)
A justiça desportiva, com alguns anos de atraso em relação à justiça civil, acabou por confirmar aquilo que qualquer adepto de futebol em plena posse das suas faculdades intelectuais já sabia: a equipa do FC Porto que se sagrou campeã europeia em 2003/04 não precisava de ajudas externas e ilegítimas para empatar em casa do último classificado da Liga (sim, porque convém nunca esquecer que o que estava em causa nestes processos era a suposta corrupção da equipa de arbitragem que dirigiu um confronto entre primeiro e último classificados do campeonato que até terminou empatado a zero). Por mais este reconhecimento da valia desportiva da equipa que dirigiu, não há nada mais justo do que felicitar José Mourinho.

Para felicitar (II)

Jesualdo Ferreira teve o mérito de liderar o grupo do FC Porto que, em 2007/08, se tornou o campeão com a maior vantagem sobre o segundo classificado da história da Liga portuguesa: 20 pontos (mais tarde, André Villas-Boas bateria esse recorde por um ponto). Durante quase dez anos, essa supremacia conquistada no campo, na luta contra os adversários e contra quem sempre tentou prejudicar o FC Porto, foi formalmente reduzida a 14 pontos. A decisão do CJ da FPF repõe a verdade desportiva, e por isso felicitamos o ‘mister’ Jesualdo. Não por ter ganho, agora, seis pontos – porque esses disputou-os e venceu-os nos relvados –, mas por, finalmente, lhe ser devolvido aquilo que lhe foi roubado, honrando o mérito de uma das melhores equipas da história do futebol português.»

Armando Pinto

2 comentários:

  1. O FC Porto e Pinto da Costa já tinham sido ilibados pela justiça civil, agora foi em definitivo na justiça desportiva onde as escutas foram tidas em consideração.
    O que não foi provado foi o nexo de causalidade, contrariamente ao que os jornais lisboetas querem mentir.
    Eles, os do SL Bosta, andam borrados, tamanho o polvo que montaram.

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  2. Falta a condenação ao malvado advogado Ricardo Costa, mais um produto do sub-mundo português que dá diplomas a adeptos do regime, mas que tem de pagar também cá na terra o que tem de penar. Mais tem de haver condenações a a toda a corja de mafiosos que porejudicaram o FC Porto para procurarem dar vitórias ao clube do regime.

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