quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Troféu Luís Otero – Objeto duplamente histórico na memória museológica portista


Tal como noutros tempos houve alterações profundas na sociedade perante mudanças estruturais, como foi em Portugal no período de transição da Monarquia à República, entrado o século XX (para não recuar demasiado na cronologia) diante do desaparecimento de antigos dinheiros como eram as moedas de Reis até à entrada do Escudo, mais a mudança das cores nacionais do azul e branco da realeza para o verde e vermelho do Partido Republicano Português e seus movimentos associados, como à entrada do século XXI surgiu a moeda Euro que substituiu pela metade o Escudo, também no futebol tudo se tem alterado ao longo dos tempos e talvez até mais depressa. Acontecendo, no caso do futebol, como desporto rei, que o facto se evidencie demasiado na repentina situação das transferências e grandes somas envolvidas. Contudo, antes disso ainda, o panorama foi sendo modificado em variados aspetos menos agressivos, como eram em tempos distantes as provas do início de época, através de torneios famosos que eram possíveis por não existirem ainda pré-eliminatórias de acesso às competições europeias, nem os campeonatos nacionais começarem em pleno período de verão, havendo inclusive férias grandes, como era chamado a esse período de veraneio alongado.


Pois então, enquanto pelos idos de quarenta e inícios de cinquenta, do século XX, ainda não existiam provas internacionais oficializadas, foram decorrendo jogos de permutas entre equipas de diversos países, tendo o FC Porto tido jogos famosos com receções vitoriosas diante do Vasco da Gama do Brasil, Arsenal de Londres, Portuguesa do Rio, Fluminense, o Real Madrid, Vazas, Valência, etc, cuja repercussão se refletia em tais momentos terem sido distinguidos com publicações de coloridas separatas de publicações da especialidade, à época, em género de “posters” médios ilustrados. Gravuras essas que se viam nesse tempo, como embelezamento, por exemplo, coladas ou pregadas a forrarem tapamentos de locais públicos, quais divisórias de tábuas de madeira em tascas e similares estabelecimentos de comes e bebes nessas eras, quando não em quadros emoldurados a decorarem lojas de comidas e casas de pasto, como em tempos idos se chamava aos restaurantes tradicionais de aspeto singelo ou clássico, respetivamente. Para depois, quando começaram as provas europeias oficiais, iniciadas a partir do Outono, os períodos de verão antecedente aos jogos de campeonato eram precedidos de torneios internacionais organizados por clubes, que se foram tornando famosos.

Então, pelos anos sessentas, em plena década que o FC Porto em Portugal não conseguia mostrar sua valia pelas manobras dos bastidores federativos, foi conseguindo desforrar-se no estrangeiro, onde foi sendo possível fazer coisas bonitas e ganhar provas importantes. Tal o caso do famoso torneio espanhol do Troféu Luís Otero, anualmente organizado em Pontevedra, na Galiza.


Eis o atraente trofeu que agora, em Setembro de 2017, é o “Objeto do Mês” de amostra no espaço público de acesso à Loja do Dragão e ao Museu do FC Porto: o Troféu Luís Otero, de 1964. Sendo esse o segundo, como importa sempre recordar, pois que tal torneio e consequente troféu foi conquistado por duas vezes pelo FC Porto, a primeira em 1962 e por fim em 1964.

Com efeito, como é descrito na relação correspondente, a propósito, «ao longo da história, o FC Porto marcava presença em importantes torneios de verão, autênticos festivais futebolísticos que ajudavam a preparar as épocas desportivas, a encantar plateias nacionais e estrangeiras e, também, a depositar factos e objetos memoráveis no património do clube.


É o caso do Troféu Luís Otero, conquistado pela segunda vez pelo FC Porto em 1964 com uma equipa onde emergia Rolando, um dos históricos capitães azuis e brancos, e o jovem Artur Jorge. A taça, erguida em Pontevedra (Espanha), e outras curiosidades sobre este torneio descobrem-se no Hall do Museu, área de circulação livre, onde todos os meses há uma revelação da diversidade e riqueza da coleção do clube, colocando a história ainda mais ao alcance de todos » - para todas as idades e com entrada livre, no Hall do Museu.
                                                                                                     Rolando »»»

Assim sendo, apraz avivar o facto ao quadrado, recordando a vitória dupla conquistada, através de alguns dos dados relacionados com essa participação em tal torneio, da primeira vez realizado entre três competidores, e à segunda dois, sempre com o FC Porto em jogo.

= Azumir e Valdir =

Em 1962, os participantes foram o Pontevedra CF e Real Betis, de Espanha, mais o FC Porto, de Portugal. Tendo o FC Porto tido o seguinte programa

- Meia-final, a 24 de Agosto de 1962 - FC Porto, 2 - Real Betis, 1 [golos: 1-0 por Hernâni, aos 40´; e 2-0 por Azumir, aos 44´; 2-1 pelo espanhol Luís, aos 87´]´,
Alinhando as equipas com
FC Porto: Rui; Virgílio, Miguel Arcanjo, Mesquita, Atraca, Paula, Carlos Duarte, Pinto, Azumir, Hernâni e Serafim.
Real Betis: Corral; Colo, Ríos, Arieta, Lasa, Bosch, Senekovic, Luís, Ansola, Cortés, Portilla.

- Final, no seguinte 26 de Agosto - Pontevedra CF, 0 - FC Porto, 2 [golos: 0-1 por Azumir, aos 52´, e 0-2 por Serafim, aos  58´]
Alinhando os finalistas assim
Pontevedra CF: Gato (Estévez); Firi, Calleja, Cholo; Pastor, Bea (Guillermo);Recalde, Vallejo, Tucho, Cerezuela, Ferreiro.
FC Porto: Rui; Virgílio, Arcanjo, Mesquita; Festa, Paula; Carlos Duarte, Pinto, Azumir, Hernâni e Serafim.


Chegados os elementos da comitiva portista ao Porto no dia seguinte, houve receção apoteótica que, a propósito, foi também ainda há um ano recordada globalmente. Incluída tal lembrança que foi nas efemérides referidas diariamente na página informática do Museu FC Porto e extensivamente partilhada na pública carta de mensagens e novidades do clube, “Dragões Diário”, relembrado a 27 de Agosto, que nessa data fazia anos que «em 1962, a equipa do FC Porto regressava a casa com o Trofeo Luis Otero, de futebol, conquistado em Pontevedra (Espanha). Vários jogadores históricos, como o guarda-redes Américo, faziam parte do plantel nesse ano». Os quais, entre mais, se podem recordar visitando o Museu para conhecer melhor os ídolos perpetuados na memória do clube.


Por acaso Américo não chegou a alinhar em nenhuma das vezes em que o FC Porto venceu esse torneio, por estar lesionado. Contudo fazia parte do plantel obviamente, tendo de ambas as vezes depois alinhado logo de início no campeonato português, ele que era e foi o guarda-redes nº 1 desse valioso grupo, do qual se recorda uma das formações contemporâneas.


Volvidos dois anos (com interregno de um ano em que só participaram o Bétis e o anfitrião Pontevedra, com o visitante sevilhano saindo vencedor), em 1964 o FC Porto voltou a ser convidado, sendo participantes o Pontevedra CF, de Espanha, e o português FC Porto:

- Final, a 6 de Setembro de 1964 - Pontevedra CF, 0 - FC Porto, 2 [golos:0-1 por Bernardo da Velha, aos 32´, e 0-2 por Nóbrega, aos  75´]
Alinhando
Pontevedra CF: Fermín; Azcueta, Batalla, Cholo; Martín Esperanza, Roldán I; José Luis (Recalde), Cerezuela (Roldán II), Vallejo, Neme, Odriozola.
FC Porto: Rui; Festa, Almeida, Joaquim Jorge; Carlos Baptista, Paula; Jaime (depois Artur Jorge), Bernardo da Velha, Valdir, Pinto (Rolando) e Nóbrega.


Armando Pinto
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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Franklim Pais - Guardião de Títulos e Um dos Rostos do Hóquei em Patins do FC Porto


No mundo de exotismo afetivo que engloba a História do FC Porto, como grande fenómeno existencial que é o baluarte da simbiose de cores azuis e brancas, constam tantos e tantos nomes que se formaram, evoluíram e contribuíram para o engrandecimento do colosso desportivo maioritariamente azul, a dar ênfase à tonalidade da cor das veias salientes dos adeptos apoiantes. Mas também, nesse universo azulado, se vão intercalando nomes de aderentes, entre desportistas que entraram e não mais saíram depois. Tal o caso de Franklim, antigo guarda-redes de hóquei em patins, mais tarde treinador e atualmente “team manager” dentro da estrutura do hóquei patinado portista. Oriundo de outras bandas mas que, tendo depois ingressado no seio do clube dragão, veio para ficar no FC Porto. Sendo que, depois que arrumou as caneleiras de guarda-redes e após triunfante percurso também como treinador, é na atualidade um elo de ligação entre o setor dirigente e o departamento técnico, qual diretor sempre presente, mesmo mais que assessor do treinador e ao mesmo tempo superdirigente atento à equipa, no que mais se vê do panorama da equipa principal de hóquei do FC Porto, além de tudo o mais perante tudo o que respeita à modalidade dentro do clube.


Franklim Pais, como guarda-redes, entrou no FC Porto e depressa se mostrou digno da galeria de bons guarda-redes que passaram pelo clube azul e branco, desde Moreira, Branco, Brito, Castro, Zé Manel, Luís Caetano, Beleza, Vítor Francisco, Domingos Guimarães, etc. Tendo tido depois uma carreira brilhante na defesa das balizas portistas, a pontos que, passados anos, ainda é constante recordação, considerado como é uma das referências dessa bonita modalidade no ecletismo portista. De tal forma que recentemente teve destaque no Jornal de Notícias, na coluna “Património Nacional” do suplemento semanal “Ataque” publicado aos sábados nesse diário português de forte implantação.

Atendendo ao facto, registamos essa deferência com transplante de tal peça jornalística, para aqui:

« Património Nacional - Franklim Pais: o topo da Europa sabe melhor a duplicar

Franklim Pais e as medalhas correspondentes às duas vitórias na Liga dos Campeões, em 1984/85 e em 1989/90
(Foto: João Manuel Ribeiro/Global Imagens – Jornal de Notícias)

Parecem iguais e, na verdade, dizem respeito à mesma competição. Mas contam histórias bem diferentes. Ambas entram no álbum das melhores memórias de Franklim Pais, antigo guarda-redes de hóquei em patins e hoje team manager do F. C. Porto. "Dizem respeito a duas Ligas dos Campeões, os dois títulos mais importantes que conquistei, a nível de clubes", explica.

A primeira (1984/85) foi especial por ser inédita no palmarés dos dragões e o coroar de uma época de ouro. "Ganhámos tudo. Lembro-me que na segunda mão da final, estávamos a perder 5-1 com o Novara ao intervalo e virámos para 7-5. Só que o ambiente estava tão adverso que começaram a atirar rolos de papel higiénico para o campo e o jogo não acabou. Tivemos de receber a taça no balneário", conta, recordando também o triunfo de 1989/90, após "um jogo memorável no Américo de Sá, com uma vitória por 6-0 frente ao Noia, na primeira mão da final" e a consequente festa em Barcelona, "em plena noite de S. João".

Depois, claro, há as memórias arrancadas a tantos anos de seleção. "A vitória no Campeonato do Mundo de 1982 é inesquecível. Portugal não ganhava um título há alguns anos e eu era o benjamim da equipa", aponta, antes de lembrar um momento mais caricato. "Um Portugal-Holanda, em Oviedo, na altura da ETA. O pavilhão teve de ser evacuado, porque houve uma ameaça de bomba. Saímos a correr, de patins e tudo, e só retomámos o jogo no dia seguinte".»

= Franklim entre Gente Portista, num encontro de convívio de antigos atletas e apoiantes do Hóquei em Patins do FC Porto.

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« Passe Curto
Nome: Franklim José Ribeiro Pais
Naturalidade: Porto
Idade: 07/12/1961 (55 anos)

Clubes que representou:
Infante Sagres, Juventude de Viana, Famalicense, F. C. Porto
Principais títulos, pelo FC Porto e Seleção Nacional: duas Ligas dos Campeões, duas Taças CERS, uma Supertaça Europeia, seis campeonatos nacionais, cinco Taças de Portugal, oito Supertaças, dois Campeonatos do Mundo, dois Campeonatos da Europa »

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Posto isto, aproveitamos o caso para uma merecida homenagem evocativa a este senhor do hóquei portista, um dos grandes nomes do hóquei do FC Porto, enfileirando na galeria de grandes vultos como foram, por exemplo, uns Acúrcio Carrelo, Alexandre Magalhães, Cristiano Trindade Pereira, Vitor Hugo Silva, entre mais uns tantos que fazem parte da memória portista - tal a ficha de Franklim Pais, campeão nacional pelo FC Porto seis vezes como guarda-redes e 'Octa' como treinador.


Franklim José Ribeiro Pais, nascido no Porto a 7 de Dezembro de 1961, começou a jogar hóquei em patins no Infante de Sagres. Havendo de seguida continuado seu percurso pelo plantel da Juventude de Viana, até ter finalmente ingressado no F. C. Porto, onde teve a carreira que o levou a ser considerado um símbolo do FC Porto, clube que mais tempo representou. De tal modo que foi guarda-redes do FC Porto e da Seleção nacional de prestígio.


Entretanto, e por fim, Franklim chegara ao FC Porto na época 1984/85. Já com o FC Porto a habituar-se à conquista de títulos, embora até essa altura o clube das Antas tivesse apenas vencido 2 campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal, 2 Supertaças e 2 Taças das Taças. Tendo assim a sua chegada ao FC Porto coincidido com o início da caminhada vitoriosa portista na modalidade.


= Foto da equipa, orientada por Cristiano Pereira, que venceu o Novara na Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1985/86.

Então, esse que é o guarda-redes mais titulado de Hóquei em Patins da história do FC Porto ficou associado a grande parte dos campeonatos de seniores de permeio conquistados pelo FC Porto na modalidade (recordando que anteriormente o FC Porto fora já campeão em 1982/83 e 1983/84). Aos Campeonatos nacionais conquistados passou também a somar diversas Taças de Portugal e Supertaças. Enquanto a nível europeu, só lhe faltou vencer a Taça das Taças, pois o FC Porto venceu essa competição (em 1981/82 e 1982/83) quando Franklim ainda representava a Juventude de Viana.


Como treinador, ainda, Franklim foi um caso raro no Desporto nacional, pois esteve incluído na maior série de campeonatos consecutivos na modalidade desportiva que em Portugal conquistou mais títulos, quer a nível de Seleções como de clubes.


Aos 8 campeonatos nacionais conquistados como técnico principal, Franklim junta ainda 6 campeonatos como jogador e 2 como treinador-adjunto (de António Livramento e Cristiano Pereira), além dos posteriores como dirigente supervisor. 

= Ao tempo em que era Adjunto de Cristiano, em 1999/2000

Como treinador, faltou-lhe ser também campeão da Europa (pois perdeu as finais que disputou frente ao Barcelona), um título esse que venceu por duas vezes quando era guarda-redes do FC Porto (vencedor portanto em 1986 e em 1990). Tendo Franklim sido primeiramente suplente utilizado (já que Domingos era o guarda-redes titular) naquela inesquecível final a duas mãos, frente ao Novara, em que o FC Porto chegou ao intervalo do jogo da 2ª mão a perder por 5-1 (venceu 7-5!), e foi titular na 2ª conquista da Taça dos Campeões Europeus, em 1990, frente ao Noia (vitórias por 6-0 e 5-2). A nível internacional, também merece destaque as duas Taça CERS (espécie de Taça UEFA do Hóquei em Patins) que conquistou enquanto jogador do FC Porto. A primeira, em 1993/94, numa vitória sobre o Vic (derrota por 2-5, na 1ª mão, e vitória por 7-1 na 2ª), e na segunda, em 1995/96, numa vitória sobre outra equipa espanhola, o Tordera (vitória por 3-0, na 1ª mão, e por 7-1 na 2ª). O outro troféu internacional que conquistou foi frente a uma equipa portuguesa, quando o FC Porto derrotou (vitória por 9-3, na 1ª mão, e derrota por 3-4 na 2ª) a Sanjoanense, na Supertaça Europeia / Taça Continental em 1985/86.

Franklim também foi internacional por Portugal mais de uma centena de vezes, tendo-se sagrado por duas vezes campeão da Europa e campeão do mundo. Ao passo que dentro do FC Porto Franklim é dos poucos que recebeu o 'Dragão d´Ouro' como jogador e como treinador.

= No ano do 1º Título como treinador principal, em 2001/2002

Como um dos rostos do hóquei em patins portista, apesar de não se mostrar muito e não ser dos mais expansivos, Franklim, a par com sua figura no imaginário de apoio clubista, está na retina da memória ainda de fresco na conquista de três troféus na temporada finda de 2017. Fazendo assim parte da equipa do FC Porto, treinada por Guillem Cabestany, que conquistou triunfos na Supertaça, a abrir, depois o Campeonato Nacional, de forma épica vivida no último jogo, e fechando a época com a vitória na Taça de Portugal, ficando os Dragões novamente detentores de todos os troféus nacionais – feito que se fica a desejar tenha mais repetições na continuidade.


Armando Pinto
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domingo, 20 de agosto de 2017

Zé Dias ou José Alberto Dias – um jovem médico-cantor e autor portista de belas melodias


Quando o Porto ganha tudo é mais belo, até o calor sufocante dum domingo de Agosto se torna numa suave brisa calorosa. Então tudo se transforma, quase fazendo esquecer quaisquer contrariedades. Havendo boa disposição, por estarmos melhor com a vida e bem mais dispostos a dar atenção a tudo o mais. Calhando bem quando se ouve uma melodia que nos fala também disso mesmo, como uma canção chegada ao conhecimento aqui do autor destas linhas um dia destes e que desde então já ouvi vezes sem conta. Uma canção bem elaborada e melhor conseguida, como se diz quando algo é realizado na perfeição, soando melodiosamente aos ouvidos, tocando em harmonia no coração. E de modo especial, como o próprio autor da composição musical refere no caso de uma outra canção de sua autoria, escrita por ele mesmo para acompanhar os maus dias, porque apesar de tudo é uma música alegre. Assim sendo, neste dia em que até é um bom dia e ouvindo-se o Dr. José Alberto Dias, médico anatomopatologista, residente no Porto – de quem se trata aqui e agora, um portista dos bons como se nota na cantiga – melhor ainda.

Ora a canção (a partilhar acima, clicando no link para acesso) é bonita de ouvir e de modo particular é mais bela também por ser sobre o sentimento que une os bons Portistas. Sendo da autoria do jovem médico que canta esse original dedicado ao nosso glorioso F.C. do Porto.

Tivemos conhecimento disto através de pessoa amiga (o felgueirense Dr. António Carlos Sousa que é pessoa bem relacionada na cidade invicta e não só, a quem agradecemos afinal a notícia), derivando lembrarmo-nos de divulgar, por tudo e todos os que são do FC Porto nos merecerem o melhor apreço, quanto mais quando é assim gente de muito valor.

Oriundo de família de tradições das ciências ligadas à saúde, já que é filho de pais médicos (a mãe é oftalmologista de Guimarães e o pai anatomopatologista de Barcelos e criador dum laboratório de análises com seu nome), bem como uma irmã licenciada em farmácia, além de um irmão de outra área, formado em engenharia, mas na mesma área da música, sendo todos os três irmãos compositores de letras e músicas que cantam por amadorismo, nesse campo, mas na prática revelando-se excelentes cantores, quais “Bee Gees” portugueses. Dos quais nos ressalta para aqui o Dr. Zé Dias, como autor e cantor dessa linda canção portista, mais de todas as outras obviamente (de cujo rol entretanto publicado no You Tube damos nota em baixo, com o respetivo link.

Algo assim, com efeito, merece conhecimento amplo. Apesar deste jovem médico-compositor e cantor o ser quase por pura diversão e prazer privado, para si e pessoas de suas relações, a canção em apreço, tocando o afeto portista, bem merece mais – como aqui e agora fazemos, em nome do Portismo que nos corre nas veias e faz bater o coração.

Armando Pinto
= Músicas do Dr. José Alberto Dias:
(clicar em)

A. P. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Taça e Camisola da Volta de 2017 no Museu do FC Porto – entre Memórias de anteriores façanhas congéneres


Já estão no Museu FC Porto By BMG mais duas importantes peças que passam a integrar o património portista, testemunhando mais um grande feito de representantes do FC Porto, como são a taça e uma das camisolas da conquista da Volta a Portugal em bicicleta de 2017. Aumentando assim o valioso acervo museológico portista, por entre o que está patente e o que repousa ainda em reservas de armazém do Museu do FC Porto, até ao aumento projetado com a galeria futura do Dragão, qual cista ou cava de onde ecoe mais a chama memorial.


Com efeito, dois dias depois da brilhante vitória na Volta a Portugal alcançada pela equipa azul e branca de ciclismo, foi oficialmente entregue no Museu do FC Porto a taça correspondente e a camisola amarela de Alarcón, em ato simbólico cumprido a preceito com a presença de parte dos ciclistas e os responsáveis técnicos, mais o diretor principal, que depositaram nas mãos do presidente do clube tais símbolos de grande valor na estima clubista. Cuja entrega ao Museu da “amarela” e do troféu que simboliza a vitória na Volta a Portugal foi rececionada por Pinto da Costa, em apreço a tais dois símbolos da retumbante vitória da W52-FC Porto-Mestre da Cor na 79:ª edição da Volta a Portugal.


Acompanhado pelo diretor-desportivo Nuno Ribeiro, mais pelos colegas de equipa Joaquim Silva, Tiago Ferreira, António Carvalho e Rui Vinhas, Raúl Alarcón entregou o troféu e uma camisola amarela ao Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que num improviso à sua maneira efusiva enalteceu o grande espírito de equipa, considerando-o fundamental para mais uma conquista dos Dragões na "Grandíssima Portuguesa", como disse dirigindo algumas palavras aos heróis das pedaladas que tanto satisfizeram os apoiantes portistas. Em ato realizado através duma simples mas “muito significativa cerimónia”, na qual também marcou presença o presidente da W52-FC Porto-Mestre da Cor Adriano Quintanilha – segundo se viu felizmente pelas imagens do Porto Canal e se vê em imagens da página informática do clube.


Desse modo foi dada sequência à tradição distinta de afeto entre os representantes do FC Porto em distinção aos êxitos do ciclismo portista, entre os ciclistas e dirigentes, como tem acontecido ao longo dos tempos. Tal como se recorda com imagens de eras passadas, também, desde cerimónias de entrega de camisolas amarelas de liderança da corrida-rainha, noutros tempos (em que os detentores da liderança da prova recebiam a camisola no início da etapa, na frente do pelotão de ciclistas, através de dirigentes honrosamente encarregados de entregarem e ajudarem a vestir a camisola a envergar pelo então primeiro classificado), mais momentos de felicitações após algumas das históricas vitórias, até à receção oficial de tais símbolos.


Assim, com efeito de rememoração, como exemplos entre tantos, recordamos através de imagens alguns instantâneos alusivos a vitórias, presenças de dirigentes e outros momentos:

Tais como um dos respeitantes à vitória final de Dias dos Santos na triunfal cerimónia protocolar da Volta a Portugal de 1949...


... depois a presença distinta do então diretor Soares dos Reis (antigo guarda-redes internacional de futebol e posteriormente dirigente do clube), honrando a Equipa do FC Porto participante na Volta de 1950...


... passando pelo desfile dos ciclistas do FC Porto na parada festiva da inauguração do estádio das Antas, em 1952, junto com respetivos diretores desse tempo...


... continuando com Artur Coelho a vestir a amarela conquistada no primeiro dia da Volta a Portugal de 1956...


... bem como é um orgulho o FC Porto possuir taças recebidas por vitórias totais na Volta, como é o caso da Taça de Equipas, de mais uma vitória coletiva referente ao triunfo da Equipa do FC Porto na Volta a Portugal de 1959, então ganha também individualmente por Carlos Carvalho e entregue em receção na sede do clube, ao tempo junto ao edifício da Câmara Municipal portuense..


Volvidos anos - idêntica cerimónia de entrega à Direção dos trofeus conquistados na Volta a Portugal de 1962, como comprova a foto de troféus patrimoniais do clube (estando o vencedor individual José Pacheco entre os dirigentes, junto com toda a equipa que venceu "Por Equipas" a classificação coletiva dessa Volta e também o Prémio da Montanha de Mário Silva nesse ano, conforme as taças maiores, junto com outras de mais outros prémios)...


... depois o Dr. Miguel Pereira a dar um abraço em nome do clube, quando Mário Silva vestiu a amarela na Volta a Portugal de 1966...


... tal como, com outros diretores, se passou com Cosme Oliveira na Volta de 1967...


... e José Azevedo na de 1969...


... até à entrega da camisola amarela de Manuel Zeferino ao então presidente Dr. Américo Sá, em 1981...


Culminando com um abraço presidencial na Volta de 2016, o ano passado:


... e agora a deposição dos atuais galardões, que passam a estar publicamente em exposição no museu do FC Porto, honrando a história dos bravos ciclistas que tiveram e têm tanta gente portista a puxar por eles ao longo das estradas e a vibrar com tão espaventosas vitórias, ao sopro de tal correria que faz bater sentimentos.


Armando Pinto
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