segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Faleceu D. António Francisco dos Santos: sorridente “Bispo do Porto” e respeitado “Dragão de Honra”


Faleceu D. António Francisco, o Bispo do Porto que tinha em seu nome o mesmo nome do mítico Bispo da Carta “Pró-Memória” a Salazar, tão marcante de seu apostolado na Diocese da Cidade da Liberdade, mais do tão simpático Papa Francisco, arauto de novos tempos religiosos. Um Prelado que muito honra a Diocese Portucalense em o ter tido nos seus eleitos.

Com efeito, em surpreendente e quase inacreditável notícia, a manhã deste dia 11 de setembro chegou com o embate da infeliz novidade:
- Morreu o nosso querido Bispo do Porto, Dom António Francisco, devido a fulminante ataque cardíaco. Pessoa que muita alegria transmitia ao ambiente da Diocese Portucalense como se viu ainda no passado sábado na belíssima Peregrinação a Fátima da Diocese do Porto  algo, que nos mistérios insondáveis da vida, acabou por ser seu «adeus», na despedida pública dos fiéis diocesanos e perante tantas pessoas que o admiravam. Tocando ainda durante a manhã desta segunda-feira todos os sinos das paróquias da diocese do Porto em sinal de luto por sua memória.

Ser Bispo do Porto, realmente, é uma função eclesiástica e um múnus histórico de importantíssimo papel na sociedade nacional, como se revela na honrosa galeria que, entre tantos, se glorifica historicamente, desde aquele D. Hugo dos tempos das primeiras cartas de Foral, mais D. João Peculiar influente na independência política que levou ao reinado da fundação nacional e o D. Pedro Pitões da tomada de Lisboa, até ao Cardeal D. Américo da reorganização canónica para os atuais limites diocesanos da Sé Portucalense, passando depois por uns D. António Barroso, D. António Barbosa Leão, D. António Castro Meireles, D. Agostinho Sousa, D. António Ferreira Gomes, D. Júlio Tavares Rebimbas, D. Armindo Lopes Coelho e D. Manuel Clemente, até D. António Francisco. Numa constelação de estrelas sacrossantas que ficaram a cintilar no universo resplandecente da audácia bondosa nortenha, qual a crença de quem não verga a cerviz perante prepotências do poder reinol e desempenha relevantes serviços em prol da comunidade.


Entre esses desempenhos, dentro das facetas de outrora que levaram combatentes de Entre Douro e Minho a seguirem D. Pedro Pitões adjuvante de D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa, tal como D. António Barroso se tornou mártir vivo na mudança do regime monárquico para a República e D. António Ferreira Gomes sofreu exílio político durante o regime do Estado Novo de Salazar por não servir a dois senhores, também a ligação dos Bispos do Porto às principais instituições representativas da área diocesana foram tidas em conta na memória coletiva. Honrando os Bispos do Porto com sua presença momentos e acontecimentos de relevo da vida do grandioso clube desportivo mais representativo da região. Como, no meio de tantas ocasiões, lembra o facto da bênção na inauguração do estádio das Antas ter sido por D. António Ferreira Gomes, Bispo que também benzeu as diversas instalações que mais tarde foram surgindo durante a dinâmica presidência de Afonso Pinto de Magalhães, assim como, na qualidade de entidade acompanhante do presidente Pinto da Costa, o portista D. Armindo Coelho benzeu com seu hissope na inauguração do estádio do Dragão e D. Manuel Clemente procedeu à bênção do pavilhão Dragão Caixa. Cuja caminhada foi continuada por D. António Francisco, Bispo do Porto a partir de 2014 e que em 2015, em sinal de apreço, como portista assumido e prestável consócio, foi honrosamente galardoado com o Dragão de Honra, na cerimónia da respetiva Gala da Entrega dos Dragões de Ouro acontecida em novembro daquele mesmo ano – como aqui se recorda, através de recorte da brochura de apresentação oficial e dum apontamento de reportagem da revista Dragões de janeiro de 2016.


D. António Francisco dos Santos, além de Dragão de Honra, era membro do Conselho Consultivo da Futebol Clube do Porto-Futebol, SAD.

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Com enorme pesar regista-se então que faleceu hoje, dia 11 de Setembro na Casa Episcopal da cidade do Porto, vítima de enfarte agudo do miocárdio, o Senhor D. António Francisco dos Santos, Bispo Diocesano do Porto.


Neste local de Memória Portista, como tal também, cumpre-nos ainda o dever de informar publicamente, segundo está anunciado, que as  exéquias solenes serão celebradas na próxima quarta-feira dia 13 deste mês de setembro, às 15 h 00, na Catedral do Porto. O corpo do Senhor D. António estará em Câmara ardente a partir das 17 h 00 de hoje, dia 11, estando a Catedral aberta das 9 h 00 às 24 h 00. Está previsto que o Presidente da República marque presença no funeral, entre outras individualidades dos mais diversos quadrantes da vida nacional. Todos reconhecendo que D. António Francisco esteve curto período à frente da diocese do Porto, mas em tão pouco tempo fez muito.

Entretanto a Câmara Municipal  do Porto, presidida pelo Dr. Rui Moreira, decretou 3 dias de luto na cidade Invicta e o FC Porto apresentou condolências à Igreja Católica Portuguesa através de comunicação em nome da Direção. Também os Governantes da Nação Portuguesa e diversos políticos se manifestaram publicamente, assim como algumas Câmaras Municipais do Distrito do Porto, entre as quais Gaia e Gondomar, pelo menos, decretaram dias de luto municipal. O Presidente do FC Porto referiu emocionado (em curta declaração ao Porto Canal) que perdeu um grande amigo. Como amigo também era tido na simpatia pública, dizemos nós.

O Bispo do Porto, D. António Francisco, desaparece assim fisicamente do número dos vivos aos 69 anos, em direção à morada celeste que norteou sua passagem na terra. Paz à sua Alma.

Armando Pinto
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NOTA BENE: Para relembrar seu percurso, recorde-se o que aqui também foi escrito aquando da sua nomeação como Bispo do Porto, em fevereiro de 2014 
(clicando em) 
A. P.

2 comentários:

  1. Este Bispo do Porto era um homem bom que despertava afetos e chamava gente à Igreja. Note-se que na comunicação social ninguém diz destes pontos no que refere do cargo e distinção no F. C. do Porto. Tem de ser blogs como este a por pontos nos is.

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  2. Do Infinito e para sempre podemos dizer que é uma honra o Futebol Clube do Porto ter tanta da melhor gente como o senhor D. António Francisco entre sócios e simpatizantes do clube. Como tivemos heróis sócios honorários, Gago Coutinho e Sacadura Cabarl, sócios, D. Armindo Lopes Coelho, figuras muito públicas, Amália Rodrigues. Contudo nos mídia parece que têm medo de anotar isso. Se fosse do clube dos mandões de Portugal era um ver se te avias a acotovelarem-se a ver quem publicava mais isso. Tristeza. Cá nós temos orgulho! não é amigo de tão boas memórias portistas?

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