No mundo azul e branco, depois do principal motor que é o futebol,
outros impulsores existem a movimentar incitamento afetivo da alma portista, como
acontece com o hóquei em patins. Num universo ativador que teve alma com o
surgimento de Cristiano Trindade Pereira e seus sucessores, depois
continuidade com Vítor Hugo Silva e alguns mais, entre os quais se destacou
Filipe Santos, até aos atuais hoquistas de azul e branco vestidos, que enchem
as medidas dos pavilhões onde ecoa o batimento dos setiques a par com o pulsar portista.
Ora, como prova de toda essa feição memorial, depois de há
tempos ter sido vincada a carreira de Cristiano no Jornal de Notícias, desta
feita coube a Filipe Santos tal atenção do JN, agora tida com esse célebre defensor
aguerrido que era artista na marcação de grandes penalidades. Tendo sido alvo duma
distinção assim esse antigo hoquista dragão, este sábado recordado no
Jornal de Notícias na rubrica “Património Nacional” do suplemento “Ataque”, caderno
semanal publicado aos sábados.
Sob título «O sentido adeus do homem dos penáltis», o JN
resume num curto texto o que mais ressalta do percurso hoquístico de Filipe Santos:
«Diz-se que não há amor como o primeiro, mas, pela
experiência de Filipe Santos, o último também tem que se lhe diga. É essa a
história que conta esta foto em que o ex-hoquista exibe a camisola com que se
despediu da carreira de atleta. "Por muito que saiba que um dia vai
acabar, é sempre difícil. Foi um misto de orgulho e de nostalgia", recorda
o atual responsável pelo projeto Dragon Force de hóquei em patins, a propósito
do dia em que pendurou os patins. "Foram 24 anos a jogar no mesmo
clube", assinala.
É que Filipe Santos até começou nos Carvalhos, mas ingressou
nos dragões aos 14 anos e só saiu de lá ao fim de 30 títulos conquistados
enquanto sénior. "O período do “decacampeonato” foi marcante, até por ter
sido algo que fica para a história. O primeiro foi especial porque, à partida
para a segunda fase, estávamos seis pontos atrás e acabámos por ser campeões
ainda antes da última jornada. O terceiro também, porque houve uma grande
renovação na equipa. E o último... por ser o último".
Enquanto isso, ia-se assumindo como o herói dos grandes
títulos da seleção. "O meu primeiro momento alto foi quando; ainda júnior,
fui ao Campeonato do Mundo sénior e acabei por ser o único a marcar no
desempate por penáltis da final. Com a Itália. Anos depois, aconteceu o mesmo
numa final de um Europeu, com a Espanha", lembra. "Curiosamente,
nunca me achei especialista em penáltis", confessa. Que faria se fosse...»
(segundo disse por suas palavras, transcritas para o jornal por Ana Tulha –
conforme se mostra aqui abaixo, em recorte jornalístico respetivo – incluindo barra
lateral com dados de seu “Bilhete Pessoal”).
Armando Pinto
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