quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Infeliz saída antecipada da Liga dos Campeões de 2017/2018: Para reflexão e revigoramento!


O FC Porto, com a equipa quase que contagiada pela noite de chuva morrinhenta e com alguma tristeza condizente à data de dia de cinzas, acabou nesta quarta-feira cinzenta por ter uma jornada infeliz e fica praticamente afastado da edição desta época da Liga dos Campões, onde era já o único representante português, visto os outros clubes compatriotas terem sido eliminados ainda na fase inicial.  

Com um volumoso resultado adverso, facto mais inesperado, aliás, está tudo decidido, perante uma derrota que surpreende pelos números e por ser algo que não é normal na casa do FC Porto. O que leva os apoiantes portistas a estarem tristes por não estarem habituados a isto, contrariamente a adeptos de outros clubes que nas décadas recentes se desabituaram de boas prestações nesta chamada também Liga Milionária. Mas, para quem não andar ao sabor de circunstâncias passageiras, pese os cinco golos sofridos, há que não esquecer que noutros anos que acabaram vitoriosos alguns resultados do género aconteceram, sem terem feito sucumbir a equipa portista. Como naquela derrota por 6-1 na Grécia pelos idos de 1978/79, por exemplo, que acabou por fortalecer o espírito da equipa de modo que depois foi mais superada a anterior travessia e finalmente foi vencido o campeonato português, obtendo o FC Porto então o título de bi-campeão nacional. Entre tantos exemplos, bastando puxar pela memória ou pesquisar na história.

De qualquer modo, aqui para o autor destas linhas, a ser agora ou depois a eliminação, pode ser que não seja pior que tenha acontecido já, para a equipa se concentrar nas duas provas portuguesas mais importantes do calendário nacional. Sabendo que quanto mais tarde se desse a eliminação isso daria mote para haver lavagem de cérebros contra corrupção patente no caso dos e-mails, em tempo de maior branqueamento. E ainda bem que cá por casa não são para já os diretores a dar motivos de crise, mas sim um resultado destes que vem abalar episodicamente o semblante do mundo azul, que depressa tem de voltar a ser azul brilhante.

Nem tudo estava bem antes, nem agora deixa de estar, por isto. O importante é que o que esteve mal desta vez, como até noutras ocasiões também desta época, sirva de lição e haja melhor posicionamento.

Não vou agora nem depois aqui comentar as peripécias do encontro, mesmo porque se desta feita não faltam críticos de José Sá, também aquando da primeira época de Casillas no clube não faltaram adeptos a deixar-se ir na onda dos adversários e a partirem para a má língua fácil, por assim dizer. E as mágoas ainda não esquecidas de umas finais de taças perdidas não há muitas épocas, e outros jogos de mais guarda-redes detentores de percursos grandiosos mas que tiveram momentos infelizes dos que custam a passar? Sem deixar de dar opinião, contudo, que Casillas tem valor suficiente para ser titular (embora se continuar a suplente esta época, na ordem de ideias que tem vigorado, pode até ser o que vá jogar a final da Taça de Portugal).  

Como disse Pedroto a seguir ao tal mau resultado na Grécia em 1978 e depois lembrou no final da época, "a derrota por vezes é mãe da vitória", querendo dizer que o melhor dos maus momentos é que uma derrota pode e deve dar origem a futuras vitórias. Para refletir e revigorar o espírito do universo portista.

Em suma, como no final também disse Sérgio Conceição: “Temos de honrar este símbolo e assumir a responsabilidade deste resultado. E temos de dar uma resposta positiva já no domingo, frente ao Rio Ave, naquele que é o nosso principal objetivo”. E depois continuar a olhar em frente, na frente!

Armando Pinto

1 comentário:

  1. Más notícias para o Benfica.
    O Porto está fora da 'Champions'.
    Porque levou 5 do Liverpool que tinha dado, há um mês, 4 ao City que deu 4 ao Basileia que tinha dado 5 ao Benfica.

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