quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Paulo Futre: recordação sempre presente – e também em “presente” de aniversário…


Em maré de lembranças sobre aniversariantes, o último dia de fevereiro de mais um ano normal traz à liça a recordação de Futre – a propósito de seu aniversário natalício.

Paulo Futre foi um jovem esquerdino, nascido no Montijo e que apareceu um dia nas notícias como surpreendente aquisição do FC Porto, após ida a Lisboa do então Vice-presidente portista Alexandre Magalhães para consumação de sua vinda, em consonância com anteriores contactos diretos de Nuno Pinto da Costa. Com toda uma envolvência que ficou para a história e de seguida teve um filme de sucesso, culminado na final da Taça dos Campeões Europeus da magistral jogada antecedente aos golos da épica vitória, em Viena.


Quando veio para o FC Porto Futre, como Montijense, logo foi associado à vinda muitos anos antes de um seu conterrâneo que ficou na história do FC Porto, o Custódio Pinto, em seu tempo conhecido simplesmente por Pinto e popularmente referido como “Pinto do Porto” – por então ser um dos maiores símbolos do futebol do FC Porto, mas também devido a então haver outro Pinto por perto, jogando no Guimarães seu irmão Manuel Pinto. Chegando a juntar-se no FC Porto o Pinto mais novo, jogador polivalente que tanto jogava a médio como avançado pela equipa azul e branca, assim como nas alas e no centro do terreno de jogo, e um outro conterrâneo, o defesa Barrigana, familiar do antigo guarda-redes “mãos de ferro” (antecessor no Porto da mesma zona tauromática da chamada área galega do Ribatejo). Os quais, em dia que se encontraram, num jogo entre FC Porto e Vitória de Guimarães, posaram juntos – conforme se pode recordar por foto anexa, constante do livro dedicado em 1964 ao Pinto do Porto na coleção “Ídolos do Desporto”.


Futre, oriundo do Sporting, apesar de pouco tempo de estada nas Antas, tendo representado o FC Porto de 1984/1985 a 1986/1987, ficou como um dos cromos raros da memória portista. Embora depois de ter ganho fama e proveito em Espanha numa das melhores fases do Atlético de Madrid, ainda tenha estado em Lisboa no Benfica, rival também de seu primeiro clube e adversário direto do clube dragão, tendo depois andado por Itália, assim como depois de largar as chuteiras seguiu como comentador televisivo, num canal de feição pró-sensacionalista e deveras anti Porto e avesso ao Norte do país. Contudo emergindo a figura memoranda de Futre sobre isso, como que pairando acima do presente a sua aura do passado.

Em atenção ao que representou a sua passagem pelo FC Porto, recordamos Futre, aqui, na passagem de mais um seu aniversário natalício. Deitando mãos a sua ficha, constante do livro “F. C. Porto Campeão dos Campeões”, de 1987, da lavra de Manuel Dias, entremeando com imagem de um postal alusivo à grande temporada do FC Porto em 1987 (do acervo estimativo do autor destas linhas), bem como um trecho do livro “FC Porto Figuras & factos 1893/2005”, de J Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.


Abraço de parabéns, Futre – neste dia de aniversário que apraz registar, à data de 52 anos de vida que teve bons momentos na História do FC Porto!

Armando Pinto
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