sábado, 6 de abril de 2019

Aerogramas entre memórias de correspondência portista…


Ainda fazem vir acima muitas recordações os célebres “Aerogramas” do tempo da guerra do ultramar português, com que era mantida correspondência entre o povo português na ligação de quem estava a cumprir serviço militar nas colónias das províncias ultramarinas, com familiares e amigos distantes no continente nacional.

Não é necessário explicar o que era isso, embora para as gerações que não viveram esse período possa ser algo quase mitológico. Sendo um tipo de carta de envio por correio aéreo, sem necessidade de sobrescrito, a fechar através de processo de colar as pontas do formato apropriado, de papel desdobrável. Coisa que foi frequente nos costumes nacionais durante a Guerra Colonial, como meio de comunicação preferencial entre as famílias na Metrópole e as tropas destacadas nas províncias em guerra com Portugal, ou seja Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, mas também com as restantes onde estavam militares em missão de soberania, como em Macau e Timor, por exemplo. Em virtude de ser um meio gratuito de correspondência, mantido pelo antigo SPM (Serviço Postal Militar) entre 1961 e 1974, através de emissão oficial do Movimento Nacional Feminino, organização de representatividade estatal.


Assim, desses modelos de partilhas de missivas, também ficaram alguns exemplares de trocas de correspondência entre pessoas afetas ao FC Porto. De cujo acervo, como recordação pessoal, ilustramos aqui o tema recordatório mediante um dos diversos exemplares existentes em arquivo pessoal do autor destas linhas. No caso (com a frente e o verso, de endereço e remetente) da comunicação mantida por esse meio com um antigo atleta do FC Porto, ao tempo jovem hoquista do FC Porto que, em inícios dos anos setentas, fora cumprir o resto de seu serviço militar obrigatório nas longínquas paragens orientais de Timor…

Armando Pinto
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