quinta-feira, 18 de abril de 2019

Autos da paixão do futebol

     
Em tempo de semana santa da quadra pascal, quando está no ambiente sensível todo um imaginário relacionado com o êxodo do povo de Deus após fases relacionadas com matanças do cordeiro e sinais da lei, mais a posterior Paixão de Cristo... virá a propósito trazer acima da atualidade a paixão que se sente pelo que estão a fazer ao futebol, especialmente os responsáveis de sua área administrativa. Na atualidade também do que se passou com o recente afastamento do FC Porto da competição mais importante da Europa do futebol e continuidade sucessiva do quanto de mal fazem em Portugal, no sistema desportivo vigente. Entendendo-se assim porque é que tanto a UEFA como a FIFA fazem de conta que não vêm nem sabem, assobiando para o lado, do que tem acontecido no futebol português, com a corrupção conhecida que tem levado à conquista de campeonatos falsificados pelo clube superprotegido pela governação nacional.

Como antigamente havia nesta época do ano a representação de espetáculos populares a recrear a Paixão de Cristo, tradição agora rara mas que ainda acontece nalgumas terras com Autos da Paixão, entoados perante assistência fiel, calha ser ocasião de recordar o que sobre a inventona do chamado Apito Dourado foi passado a escrito, através de dois livros publicados em 2010.


Para que a memória se não perca e isso esteja sempre vivo, sem ser necessária ressurreição do que a comunicação social afeta ao regime procura adulterar, há pois esses dois livros a narrar tim tim por tim tim tudo o que se passou e não aconteceu, afinal. Estando em mãos de interessados, como em bibliotecas e outros suportes, esses dois livros. Um da autoria do advogado de Nuno Pinto da Costa, Dr. Gil Moreira dos Santos, e outro da lavra do também advogado e então presidente da Assembleia do FC Porto, Dr. Fernando Sardoeira Pinto, entretanto falecido. "Apitos Desafinados"... e "Apitos Finais, Dourados ... E algo mais!". Dois volumes documentais, quão garantes da verdade, que também constam da biblioteca pessoal do autor destas linhas, guardados com estimação como tudo o que tem valor e merece apreço.


Armando Pinto
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