segunda-feira, 10 de junho de 2019

Efeméride: Vitória de Joaquim Leite na clássica de ciclismo Porto-Lisboa, em 1970


Depois de anos de entusiasmo do mundo portista pelo ciclismo, sobretudo desde finais da década de quarenta, mais seguinte grande superioridade do ciclismo do FC Porto pela década de cinquenta e acentuadamente até meio dos anos sessentas, o FC Porto teve depois períodos de menor fulgor. Com outras fases em que os ciclistas do FC Porto iam por vezes conseguindo suplantar os adversários de modo mais evidente. Então, ombreando com os concorrentes, as vitórias, embora mais espaçadamente, foram surgindo. E como o que é mais difícil e raro se torna mais apreciado, sempre que havia alguma vitória dos corredores das camisolas azuis e brancas era tal facto sobremaneira admirado. Foi assim o que se passou em 1970, no dia de Portugal. Em pleno Feriado Nacional do Dia de Camões e Dia da Raça, a 10 de Junho de 1970: Na estirada da clássica corrida nacional Porto-Lisboa, Joaquim Leite, do FC Porto, entrou no antigo estádio de Alvalade a toda a velocidade de campeão, vencendo essa grande prova.

Disputara-se então a 40ª edição da clássica Porto-Lisboa, percorrida na distância de 330 km, em quase dez horas de corrida. Tendo Joaquim Leite vencido categoricamente, com o tempo total de 9 horas, 49 minutos e 20 segundos. Verificando-se assim a respetiva

Classificação:
1º-Joaquim Leite (FC Porto), 9 h 49 m 20 s;
2º- António Pereira (Coelima), m. t.;
3º- Manuel Mendes (Sporting), m. t.;
4º - Lino Santos (Sangalhos), m.t...

Classificaram-se ainda de seguida mais 39 corredores (entre os quais ficaram para trás grandes nomes como Firmino Bernardino, Leonel Miranda, Fernando Mendes, Hubert Niel, Joaquim Leão, José Azevedo, etc.), terminando 43, com apenas duas desistências em tão longo percurso.


Desse inesquecível dia, em que de ouvido colado ao rádio cá o autor destas linhas ouviu alvoroçado o relato da chegada e sentiu uma grande alegria com essa vitória, foi guardado no arquivo pessoal uma devida memorização, que agora aqui se recorda. Ainda sentindo o júbilo que aí Joaquim Leite dera ao então jovem portista… que guardou essa alegria, entre outras, nos arcanos da memória portista – conforme se dá para ler de recorte da crónica que à época foi publicada no jornal O Porto.


Armando Pinto
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