Na newsletter “Dragões Diário", na rubrica "Aconteceu" (neste
dia), é agora lembrado que «há 60 anos, José Maria Pedroto marcava o último
golo com a camisola do FC Porto. Fê-lo na sétima jornada do campeonato, frente
ao Sporting de Braga, nas Antas. Foi o último de 35 golos em oito épocas consecutivas
de azul e branco, durante as quais conquistou dois campeonatos e duas Taças de
Portugal, palmarés que repetiu mais tarde enquanto treinador do FC Porto.» Isso
quanto a campeonatos, pois em Taças de Portugal foram mais, só pelo FC Porto
foram 3, a cujos triunfos juntou ainda mais duas como treinador do Boavista.
Ora, Pedroto, como médio dedicava-se mais a pautar o jogo,
na captação de jogadas e distribuição de bola, como se diz em linguagem
futebolística, mas quando lhe surgia oportunidade também fazia o gosto ao pé e
mais a gosto dos apoiantes portistas. Como foi então pela última vez a 7 de
novembro de 1959, segundo a indicação aludida. (Data contudo não coincidente
com o que está no “Almanaque do FC Porto”, por Rui Miguel Tovar e produto
oficial FCP, onde tal jogo aparece referido com data de dia 2 desse mês.) Tendo
então a equipa portista alinhado (se estiver correta a informação) com Acúrcio,
Paula, Arcanjo, Barbosa, Pedroto, Monteiro da Costa, Gastão, Ferreirinha,
Humaitá, Adérito e Hernâni.
Pedroto, depois de ter envergado a camisola do FC Porto a
partir de 1952, estava então a fazer últimos jogos como jogador na equipa
principal do FC Porto. Tendo tido uma festa de homenagem após a conquista do
Campeonato de 1959 (em março desse ano de 59, no jogo de entrega oficial das
faixas de campeões), que não foi de despedida porque ainda jogou até finais de
1959, já na época de 1959/60. Pois tinha contrato até ao final da época, em agosto de 1960, embora nos últimos tempos até ao final do contrato praticamente
só tenha feito jogos particulares e ajudado no Campeonato de Reservas. Estava já a preparar-se para ser treinador, até que enveredou de seguida pela carreira que
o elevou ainda mais no panorama do futebol.
O FC Porto passava então por fase de renovação, com a fixação
na equipa principal de novos jogadores como o guarda-redes Américo, o defesa
Paula, o avançado Jaime (a entrarem na equipa onde ainda pontificavam uns Acúrcio, Virgílio, Arcanjo, Carlos Duarte, Hernâni, Perdigão, etc) e de passagem também contando momentaneamente no plantel com jogadores em ascensão,
tais os casos de Armando, Ferreirinha, Coimbra, Humaitá, Adérito, etc.
Já com a mudança de orientação do futuro em mente, em finais
da carreira de futebolista e depois da conquista do título de campeão nacional mais
célebre (pelos contornos e feliz superação sobre o caso-Calabote), no mesmo ano
de 1959, durante o defeso da época oficial de futebol, Pedroto deu novo rumo à sua vida
também no aspeto sentimental e familiar.
Até ali solteiro e bem comportado, também, fazendo parte da equipa dos solteiros do FC Porto em jogos festivos (como à época era costume de vez em quando, conforme a imagem de ocasião em que alinhou junto com Américo, Virgílio, Arcanjo, Morais, etc.), José Maria de Carvalho Pedroto casou então, com uma jovem universitária e depois licenciada com o curso de farmácia, D. Cecília, constituindo uma linda família, que ainda hoje é referência no universo portista. Quão se pode dizer que a colheita de 1959 foi mesmo de Porto Vintage, saboreado com golos bebidos pelo título nacional e no casamento.
Até ali solteiro e bem comportado, também, fazendo parte da equipa dos solteiros do FC Porto em jogos festivos (como à época era costume de vez em quando, conforme a imagem de ocasião em que alinhou junto com Américo, Virgílio, Arcanjo, Morais, etc.), José Maria de Carvalho Pedroto casou então, com uma jovem universitária e depois licenciada com o curso de farmácia, D. Cecília, constituindo uma linda família, que ainda hoje é referência no universo portista. Quão se pode dizer que a colheita de 1959 foi mesmo de Porto Vintage, saboreado com golos bebidos pelo título nacional e no casamento.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Em rigor, o último golo de Pedroto não foi a 2, nem a 7: foi a 1 de Novembro de 1959! Neste jogo, o FCP perdeu com o Braga e Puricelli fez o seu último jogo, no qual, aliás, teve uma síncope! Jorge Castro
ResponderEliminarViva sr. Jorge Castro. Deduzo que essa sua correção tem cabimento, pois o dia 1 de novembro de 1959 além de ser feriado também calhou ao domingo, dia tradicional dos jogos nesse e durante muito tempo. E sendo assim é mais um exemplo de um erro que consta do Almanaque do FC Porto escrito em 2011, por Rui Miguel Tovar, como produto oficial FCP. Podendo ter sido daí que o pessoal da newsletter do clube se equivocou, embora normalmente parece que seguem informações do museu.. Mas de qualquer modo peço se poderá indicar onde confirmou essa informação, para efeitos de futuras confirmações. Obrigado. AP
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