domingo, 16 de fevereiro de 2020

Armando Silva (guarda-redes): Dois anos de saudade na imortalidade da recordação eterna


Passam dois anos do falecimento do grande amigo senhor Armando Pereira da Silva. Dois anos de ausência, afinal, do grande guarda-redes e amigo sr. Armando Silva, para mim para sempre o “Armando do Porto”, mas que também foi o “Armando do Braga”.


Armando Pereira da Silva, nascido a 11 de Outubro de 1938, faleceu a 16 de fevereiro de 2018. Depois de uma assinalável carreira desportiva, iniciada nas camadas jovens do FC Porto, onde evoluiu de 1954/55 a 1957/58 como júnior, tendo de seguida subido a sénior ainda nessa época de 57/58 e de imediato esteve como suplente da equipa portista na final da Taça de Portugal ganha em 1958 pelo FC Porto ao Benfica. Como sénior manteve-se no FC Porto ainda até 1960, tendo depois passado por outros clubes, como foi no Gil Vicente em 1960/61, de permeio com estada no Ultramar em serviço militar em Angola devido à guerra colonial, tendo ali jogado e sido campeão pelo Ferroviário de Malange. Feita essa obrigação militar e regressado ao então continente português, representou o Salgueiros em 1963/64, até que estabilizou no Sporting de Braga de 1964/65 a 1969/70, tendo ali sido o guarda-redes efetivo da vitória na Taça de Portugal de 1965/1966. Em 1970 regressou ao FC Porto, voltando assim a ter o emblema do clube dragão ao peito entre 1970/71 a 1972/73. Regressaria por fim ao Braga no defeso de 1973, voltando a defender a camisola nº 1 do clube arsenalista do Minho de 1973/74 a 1974/75. 


Isso num percurso que levou a ter sido considerado especialista a defender penaltis, inclusive ficando detentor do recorde mundial de defesas de penaltis seguidos, tendo culminado então  no reconhecimento oficial de ter sido agraciado com a Medalha de Mérito de Exemplar Comportamento da FPF por nunca ter sofrido qualquer castigo na sua longa folha de serviço.

Ainda experimentou a função de treinador, tendo sido Campeão Distrital da 2ª Divisão da AF de Braga pelo A. D. Terras de Bouro em 1983/84. Enquanto a nível familiar soube criar uma família que o tem por trave mestra da correspondente existência e no plano social granjeou admiração e amizades sinceras e eternas.


Faz agora dois anos que desapareceu fisicamente deste mundo. A passagem desta efeméride serve mais pela oportunidade de o lembrar, se bem que esteja sempre na nossa memória. Sendo inesquecíveis os laços de amizade que tivemos e eu mantenho no meu íntimo.


Curiosamente este dia, passados dois anos desde o seu falecimento, coincide com uma ocasião em que o Braga do meu amigo senhor Armando me deu uma alegria e deixou muita gente a ver Braga por um canudo (derrotando o Benfica, no estádio da Luz, em Lisboa). Sendo que no além, lá no infinito azul celeste também o meu amigo senhor Armando estará feliz, mais ainda numa plenitude bem posicionada, por saber do facto deste seu amigo estar bem disposto, podendo a data de sua partida também ter esse condão de passar neste ambiente mais brilhante.


O meu amigo Armando do Porto, que também foi do Braga, continua a ser constante recordação. Porque quando há fundamentos fortes jamais desaparecem as grandes edificações. Até sempre, senhor Armando!


Armando Pinto

OBS.: Recorde-se o que há dois anos aqui ficou anotado, por ocasião do seu falecimento (clicando) em


https://memoriaporto.blogspot.com/2018/02/falecimento-de-armando-1938-2018-grande.html

AP

1 comentário:

  1. Foi meu treinador uma época em que fui atleta de "Os Limianos", em Ponte de Lima. Trato excecional. Esbanjava simpatia. Paz à sua alma.

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