quarta-feira, 22 de abril de 2020

Revista “Dragões” e crónica d’ A Bola em tempo de Pandemia


Já está em espaço informático mais uma edição da revista Dragões. Que brevemente deverá chegar também à caixa de correio caseira dos assinantes, além naturalmente de ficar à disposição dos interessados nas lojas do clube.

Quem desta vez já recebeu esta edição da Dragões com data de março são os Sócios do FC Porto com mais de 70 anos de idade, ou seja os que estão no chamado grupo de risco da pandemia do Covid-19.


Ora com o conhecimento de já estar “cá fora” esta mais recente edição da revista oficial do FC Porto, houve também notícia de o Presidente Pinto da Costa ter enviado uma revista destas a cada sócio da referida faixa etária, junto com uma carta explicativa, mais a oferta dum cachecol. E além disso ser difundido na internet, pelas redes sociais, foi também dado nota nalguma imprensa sobre a referida carta. Como no caso do jornal A Bola, que não compramos nem lemos por norma, mas de cujo número houve conhecimento vasto por via duma notícia referente à candidatura de Nuno Lobo às próximas eleições do FC Porto, que tem circulado pelo Facebook.

Assim sendo, em tempo de confinamento, enquanto temos de estar em casa por causa da pandemia do Covid/Coronavírus, e com quase tudo parado, incluindo o futebol e restantes modalidades desportivas, ainda há coisas a mexer e que nos fazem despertar para o mundo do FC Porto que nos interessa.

Pois então, porque nisto de período de retiro também há a aproximação às eleições que também têm estado em espera, colocamos tudo isto neste espaço de memorização, porque tudo o que respeite ao FC Porto nos merece atenção.


Assim: A Revista “Dragões”-2020-nº 400, datada de março e chegada agora a público em abril, tem referência do próprio Presidente na já habitual "Página do Presidente, quanto ao mesmo facto da carta enviada. Na qual, escrita à mão aos sócios com mais de 70 anos, Jorge Nuno Pinto da Costa afirma «Venceremos», como frase forte em texto a tranquilizar os adeptos mais velhos, nesse envio de mensagem de força para esta luta.

Como tal, enquanto se pode dizer que o mundo está parado e o futebol também, no emblema azul e branco vai havendo sinais de movimentações, conforme se nota.

Não conhece o autor deste blogue o teor total da missiva, pois não tenho ainda essa idade, embora já não falte muito para apanhar tal escalão, contudo pelo que se tem lido na comunicação pública, o gesto simbólico é interessante e deve servir de exemplo para que os sócios sejam mais lembrados, sempre.


Disso mesmo faz eco então também o jornal A Bola, encimando artigo a seguir dedicado ao também candidato Nuno Lobo, nos seguintes termos:


«Nuno Lobo é candidato à presidência do FC Porto, juntando-se a Pinto da Costa, no cargo há 38 anos, e José Fernando Rio na corrida eleitoral. Em contacto com Matos Fernandes, presidente da Assembleia Geral, o empresário do setor da restauração, de 50 anos, licenciado em Ciências Históricas, ficou ontem a saber que deve entregar a 4 de maio - primeiro dia útil após o fim do estado de emergência que vigorará até dia 2 - as 300 assinaturas previstas nos estatutos como mínimo indispensável para poder ir a votos. Recorde-se que as eleições estiveram inicialmente marcadas para o passado sábado, mas a pandemia de Covid-19 obrigou a um adiamento para data a definir.

«No atual contexto, conforme todos perceberão, foi um esforço brutal para conseguirmos as assinaturas. Até ao dia da entrega, contamos reunir ainda mais», revelou A BOLA, Nuno Lobo, decidido a esclarecer que a «candidatura agora apresentada não é contra a figura de Pinto da Costa», ponto de partida para criticar o passado recente de um «trajeto glorioso» iniciado em 1982: «Vivemos um pesadelo de 19 anos sem ganhar um campeonato [de 1959 a 1978], esse período ficou perdido no tempo com inúmeras vitórias, mas nos últimos seis anos só ganhámos uma liga. Isto é o retorno a um passado triste. Não queremos viver com aquele espírito do Benfica das conquistas do passado, essas ainda a preto e branco. Não sou anti-Pinto da Costa, se ganhar até gostaria que fosse presidente honorário, gosto muito de Reinaldo Teles, mas chegou a hora de mudar.»


Natural de Angola, mas desde os nove anos a viver na Invicta, após dois em Lisboa, Nuno Lobo é um «adepto doente do FC Porto, no melhor sentido da palavra».

Integrou os Dragões Azuis, primeira claque do clube, esteve envolvido na criação dos Super Dragões - «aproveito para destacar o papel das nossas claques, os Super e o Coletivo» - e até fundou o Movimento Portuense, já extinto.

 «Mal-habituado por tantos triunfos», estranha o «enfraquecimento constante do plantel», socorrendo-se de exemplos: «Como é possível ter deixado sair a custo zero Herrera e Brahimi? E não ter acautelado a situação do Alex Telles, com contrato só até 2021? Sem nada ter contra ele, o Marcano saiu a custo zero e um ano depois pagámos quatro milhões por ele.»

***
Posto isto, registando o que vivemos dentro de casa, como se diz e no caso é mesmo verdade, mas com a cabeça mais ao longe, até ao mundo do Dragão, nesta temporada difícil destes tempos mais difíceis da nossa existência coletiva, não deixamos de ter presente o FC Porto.

Armando Pinto
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