Homenagem aos Campeões de 1922 do FC Porto - Primeiros do 1º Campeão Nacional da história do futebol português

A 18 de junho de 1922, nesta data de há 98 anos (pela contagem desta evocação, em 2020), o FC Porto sagrava-se o primeiro Campeão Nacional da história do futebol português: Em jogo de finalíssima de desempate e após prolongamento, no Campo do Bessa, os azuis e brancos batiam o Sporting por 3-1 e conquistavam a edição inaugural do Campeonato de Portugal. Tendo a equipa portista sido composta por Lino Moreira, João Brito, Alexandre Cal, Balbino Silva, João Nunes, Artur Augusto (que no ano anterior foi o 1º futebolista do FC Porto a ser chamado para a seleção nacional), Tavares Bastos, José Mota, Floriano Pereira (sobrevivente da 1ª Grande Guerra), Velez Carneiro e Júlio Cardoso.

Desse jogo tendo sido já anteriormente referido algo noutras lembranças, também por aqui neste espaço de memorização, calha a preceito associar um acontecimento de interligação.

Naturalmente que durante a época mais jogadores foram utilizados, acrescentando-se por isso uma equipa do FC Porto desse tempo com algumas variantes.

= Equipa do F C Porto em 1922. Incluindo (a partir da esquerda), de pé: Armando Moura, Mota, Alexandre Cal, Bastinhos, João Nunes, Hall, Velez Carneiro e Lino Moreira, sentados – Floriano Pereira, Balbino e António Lopes Carneiro.

Ora, meio século depois, nas Antas, em 1968, o grande clube da Invicta, por iniciativa do presidente Pinto de Magalhães, organizou uma homenagem aos pioneiros das vitórias portistas. Então apenas cinco dos heróis de 1922 resistiam ainda à passagem do tempo e estiveram presentes nas cerimónias realizadas no âmbito de programa extensivo à inauguração duma galeria de quadros com fotografias de internacionais e outros antigos símbolos do clube no museu da (antiga) sede do clube e no estádio das Antas, mais a inauguração e bênção do mausoleú do FC Porto em Agramonte.

Pois assim sendo, com o impacto que teve, calha recordar algo saliente disso, entre outros acontecimentos, sobre tal facto ocorrido em 1968, numa jornada de saudade e reconhecimento. Das que foram em boa hora concretizadas durante a gerência de Afonso Pinto de Magalhães.

Na sessão solene de homenagem aos Campeões de 1922, num sentido discurso do capitão e marcador do golo decisivo contra os de Alvalade, usando da palavra em tom emocionado, João de Brito relembrou esse que foi um dos dias mais importantes da história do clube, recordando: “O que nos festejaram e nos felicitaram! O que nos disseram e de nós escreveram! E a popularidade de que nos cercaram!”

Dessas históricas horas vividas se recordam tais factos, por meio de imagens que falam melhor que mais palavras. Acrescentando apenas um trecho jornalístico (do Jornal de Notícias), com recortes de jornal, pelo que exprime de especial uma das parcelas de reportagem coeva…

Isso, portanto, no seguimento do cerimonial desse "Domingo de Saudade" de "Recordar e Viver a Glória do Passado", incluindo a inauguração do mausoléu e da galeria de quadros de honra de grandes futebolistas do passado.

Como recordar é viver, já nesse tempo se deu assim uma boa maneira de recordar as glórias eternas, com forte desejo de fortalecimento do futuro. O FC Porto tem desde longos tempos História e recomenda-se!

Armando Pinto

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