quinta-feira, 20 de agosto de 2020

14ª Supertaça (em 2004) entre as diversas conquistadas diante do Benfica – a do golo de Quaresma !


A 20 de agosto de 2004 o FC Porto ergueu mais uma Supertaça portuguesa, ao derrotar o Benfica com um golo de Quaresma, sem resposta. E que golo! Resultando numa inesquecível alegria, no prazer da vitória alcançada, em acerto de contas e recuperação de prestígio.


O FC Porto, depois de ter sido Campeão Europeu pela 2ª vez e Campeão Nacional de 2003/2004, havia perdido a final da Taça de Portugal já no prolongamento, quando não merecia ter saído assim do campo no acabar dessa época. Tendo seguidamente passado por tempos difíceis com a saída de Mourinho para Inglaterra e levado atrás alguns dos craques da equipa, tendo o plantel sofrido grandes baixas com mais transferências acontecidas, pela visibilidade que a conquista da Liga dos Campeões proporcionara. Para piorar a situação ocorreu a passagem do treinador Del Neri, que nem aqueceu o lugar… e o receio advindo na expetativa de como seria com um treinador estrangeiro quase desconhecido, o espanhol Fernandez. Tal como os novos jogadores, das aquisições surgidas, eram ainda incógnitas no conhecimento dos apoiantes e adeptos.


Pois no primeiro jogo a sério da nova época, na final da Supertaça entre os vencedores do Campeonato e da Taça, um dos novos recrutas do FC Porto, Ricardo Quaresma, jurou logo bandeira e disse de imediato ao que vinha. Enquanto, contrariando a satisfação dos adversários com a perda de tempo ocorrida com Del Neri, já Victor Fernandez conquistava seu primeiro trofeu ao serviço do FC Porto.


Ora, então, nesse dia 20 de agosto, em 2004, pela noite dessa sexta-feira de tempo de veraneio, o FC Porto proporcionou grande alegria a tanta gente em férias e a toda a mole humana que viveu grande euforia de autêntica desforra. Em tal inesquecível noite em que o autor destas linhas assistiu a tal jogo emocionante pela transmissão televisiva.


Então, «o campeão nacional e europeu FC Porto defrontava o Benfica, em Coimbra, depois da final da Taça de Portugal perdida para os lisboetas no prolongamento três meses antes. Do onze que subiu ao relvado em Gelsenkirchen, na final da Liga dos Campeões, apenas Vitor Baía, Nuno Valente, Costinha e Carlos Alberto repetiram a titularidade, e foi um jovem estreante de Dragão ao peito a assumir o protagonismo: Ricardo Quaresma. A magia do craque que chegou ao FC Porto na transferência de Deco para o Barcelona fez desaparecer Argel no lance que deu a Supertaça aos azuis e brancos, já em plena segunda parte. O central brasileiro ficou desfeito pelo génio de Ricardo Quaresma e Quim nada pôde fazer para evitar o remate vitorioso do então número 10 portista.»


(Nessa noite de tal grande alegria eu vivi o acontecimento pela televisão, estando nas instalações da Casa do Povo da Longra, associação de que era presidente, ao tempo, nos preparativos e conclusões da organização do passeio anual do pessoal da instituição, elementos diretivos e das atividades, bem como sócios e aderentes. Estando na ocasião a dar instruções em reunião com membros do Rancho da casa, que fundara anos antes como coletividade folclórica do escalão Infantil e Juvenil, enquanto ia deitando olhos ao jogo. Acontecendo que esse grupo de gente amiga tinha simpatizantes de diversas cores, quão depois uns ficaram de sorriso aberto e houvesse semblantes acabrunhados. Resultando no dia seguinte que a excursão, realizada no dia imediato, tivesse decorrido sob acordes de boa disposição geral, desde a leitura de jornais comprados propositadamente, até ao saborear mais satisfeito do farnel típico, além de o céu ter estado sempre azul vivo no passeio pelos lugares visitados.)


Porque recordar é viver, como se diz e sente, pode-se rever algo dessa final por meio de imagens das páginas do jornal do dia seguinte, revendo o que foi impresso n’ O Jogo, adquirido no sábado 21 de agosto. Porque coisa assim é digna de ser recordada, sempre.


Armando Pinto
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