terça-feira, 1 de setembro de 2020

Recordando a chegada de Pena ao FC Porto, em 2000...

Entrado o mês de setembro, ainda estão na ordem do dia as novidades sobre o plantel portista, para a época que se avizinha, como naturalmente acontece com a constituição das outras equipas concorrentes. Mas como o que nos interessa é o nosso caso, enquanto vai havendo espaço para expetativas e esperanças futuras, não fica mal relembrar anteriores contratações, das que ficaram na memória de anos passados.

Assim sendo, quando nesta data até há efemérides dignas de menção (como das ocorrências da data de nascimento de Hernâni Ferreira da Silva, o célebre avançado e capitão do FC Porto dos anos 50, nascido em 1931; bem como em 1936 Canto Moniz tomou posse de presidente do FC Porto; assim como em 1962 foi inaugurada a instalação elétrica do Estádio das Antas… etc. etc.), cujas ocorrências já foram relembradas em anteriores ocasiões neste espaço de memória…  continua-se por aqui entretanto a relembrar aquisições de futebolistas de outrora. Como, ao início do século XXI aconteceu com a vinda do Pena.

Nesse princípio de época de 2000/2001, tendo o Campeonato Nacional começado já a meio de agosto, foi depois da 2ª jornada da prova que o FC Porto adquiriu um novo reforço para o ataque da equipa, mediante a aquisição do brasileiro Pena, chegado no início de setembro de 2000.

No verão desse ano 2000 Jardel já não estava no FC Porto e o avançado que havia sido contratado, o croata Maric, lesionou-se com gravidade em jogo da pré-eliminatória europeia. Assim houve que contratar alguém mais. Pois que, mesmo com o triunfo alcançado na primeira jornada do Campeonato Nacional diante do Benfica, de seguida a equipa portista deu mostras de algumas lacunas, nomeadamente no ataque. Bem como se sentia necessidade de dar outro alento ao ambiente clubista, porque com a alteração do equipamento principal, passando a ser usada uma versão muito antiga em vez do padrão das duas listas largas que vigorara quase sempre, havia certo desconforto associativo. Ora os resultados não estavam a ajudar. Então a escolha recaiu sobre outro brasileiro, esse de nome Pena, que tinha brilhado no Palmeiras. Dando-se a chegada do novo elemento no início de setembro.

E a 1 de setembro Pena chegou às Antas – como registou a revista Dragões.

Chegado então com a campanha da época já iniciada, Pena não ficou na foto de conjunto da equipa de princípio da temporada, nem ficou a constar na literatura de início de época. Como no livrinho de “Caça Autógrafos” que foi distribuído pelo jornal O Jogo e serviu para angariar e guardar as rubricas dos jogadores do FC Porto, motivo porque no exemplar do autor destas linhas houve que improvisar (tendo eu conseguido o autógrafo dele em espaço à parte, como anotei, acrescentando no mesmo pequeno álbum)!

Pois bem, Pena entrou bem e a todo o gaz. Aconteceu que foi bem-sucedida a sua vinda, tendo um arranque que logo entusiasmou a família portista e passou algum receio para as hostes rivais. Logo no primeiro jogo, à 3ª jornada do campeonato, marcou os dois golos da equipa, na vitória diante do Paços de Ferreira. Continuando depois a somar.

No decurso do tempo o avançado marcou 17 golos nos 15 primeiros jogos disputados de azul e branco. Com uma primeira época bem melhor que a segunda, depois, por entretanto ter havido influência de motivos particulares no seu enfraquecimento posterior, assinou 42 golos nas duas temporadas em que permaneceu no Porto, tendo contribuído para as conquistas de uma Taça de Portugal e uma Supertaça. E esse apelativo nome de guerra desportiva, Pena, ficou na história do FC Porto.

Armando Pinto

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