terça-feira, 12 de outubro de 2021

A propósito da Apresentação de Contas do FCP /2021: - Vislumbre de contas antigas num panorama de tempos idos (no testemunho do Presidente Pinto de Magalhães em 1970)

No atual ambiente de outono estão na ordem do dia as ideias clubistas derivadas da apresentação das contas do FC Porto, através da comunicação pública feita esta terça-feira, dia 12 de outubro. Podendo-se ficar com uma ténue noção dos desígnios que direcionam o FC Porto nos tempos que correm, à vista da saída dos dias difíceis da pandemia. Na certeza que o FC Porto como grande que é está também sujeito a tudo em grande escala, qual grande nau, grande tormenta. Mas com perspetivas animadoras, afinal.

O tema, pelo que a atualidade transborda, leva a um remirar por tempos de antanho, bastando recuar algumas décadas. Conforme se pode vislumbrar pelo estado da vida clubista em inícios de 1970, à chegada do último ano da presidência de Afonso Pinto de Magalhães. Num tempo que, como é sabido, a vida do clube ainda era muitíssimo mais difícil e, mais que as contas, estava a ser feita a elevação do clube em todos os aspetos necessários à sua grandeza. Mas com o futebol a passar então por época pouco interessante, como se sabe, e não esquece, porque nem só dos melhores momentos pode rezar a história. Quão também não se podem esquecer as vitórias que então representavam algo mais, por quanto mais difícil for qualquer coisa, mais prazer proporciona.

Assim, para se fazer contas à vida desses tempos, comparativamente com as de agora, não só em números económicos mas também na economia da vida, veja-se o que foi explícito numa entrevista de que deu conta o jornal O Porto, em sua edição de 3 de janeiro de 1970, com Pinto de Magalhães a fazer o ponto da situação desses anos ainda antes do 25 de Abril. 



Armando Pinto
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