sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Efeméride da inauguração do rebaixamento do relvado e aumento das bancadas do estádio das Antas

 

A efeméride que calha lembrar, desta vez, é daquelas ocorrências passadas há já uns anos bons mas coisa ainda bem presente nas lembranças. Como quem revê em papeladas amarelecidas pelo tempo algo guardado de recortes de jornais e revistas, mais fotos de papel manchado e riscos feitos pela erosão do passar dos anos, enquanto damos conta que a vida vai voando, mas de vez em quando pousa sempre que há motivos de particular recordação. Como nesta data em que faz anos que numa fria noite de dezembro, já lá vão afinal muitos anos, estive na bancada das Antas, de coração quente com o que lá em baixo deocorria, desde que a Aurora Cunha assomou junto ao relvado como porta-estandarte, ladeada pelo futebolista bi-bota d'ouro Fernando Gomes e o hoquista António Alves, como representantes do ecletismo do clube. Até ao final do jogo de cartaz, com a taça em disputa a ficar em casa.


Isso foi a 17 de Dezembro de 1986, quando foi inaugurado o rebaixamento do relvado do Estádio das Antas, para ampliação das bancadas em profundidade do local, obra que aumentou a sua lotação em muitos mais lugares, ao tempo ainda sem cadeiras. Tendo sido uma das primeiras grandes concretizações do Presidente Nuno Pinto da Costa à frente dos destinos do FC Porto.


Tal concretização, então, antecedeu o grande feito que deu forte impulso ao FC Porto, como foi no ano seguinte a conquista da Taça dos Campeões Europeus de futebol, cuja caminhada se iniciou durante as obras do rebaixamento do estádio. Motivo porque na 1ª eliminatória, ao início da época futebolística de 1986/87, o FC Porto jogou em Vila do Conde, em casa emprestada, e nos seguintes jogos em casa, já com o relvado concluído, contudo ainda com as bancadas em construção durante alguns dos desafios disputados, até culminar na final de Viena, em 1987.


Relativamente à inauguração do novo tapete e do amplo anfiteatro das Antas (de cujo jogo, com o convidado Benfica, a taça correspondente ficou em casa, perante vitória portista em penaltis de desempate, após igualdade no tempo regulamentar), junta-se imagens do bilhete da festa e do desdobrável de envolvimento ao mesmo, como recordação pessoal dessa presença inesquecível.


Como festa bonita que foi, merece também ser devidamente recordada essa noite de comemoração festiva da Casa do Futebol Clube do Porto. Quão se pode rever através da reportagem que a revista Dragões fez, em modo que passado todo este tempo ainda faz história descritiva e ilustrativa do acontecimento.


Armando Pinto

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