quinta-feira, 31 de março de 2022

Ciclismo atual do FC Porto mesmo com o caso da suspensão de Raul Alarcón – sem decisão ainda definitiva – por causa do passaporte biológico (mas não uso de doping) por decisão da UCI confirmada pelo TAS - porém ainda em recurso...

O ciclismo português antes do aparecimento de Adriano Quintanilha, com equipas fortes na modalidade, andava em agonia no desporto português. De modo que o público se desinteressara efetivamente desse desporto das bicicletas de corrida, a pontos dos ciclistas serem praticamente desconhecidos, poucos sendo os que eram conhecidos sequer de nome de adeptos interessados no ciclismo, indo longe os tempos de banhos de multidões como anteriormente. Até que isso foi mudando precisamente com o reforço das equipas da W52, e então quando houve a junção com o FC Porto aconteceu o grande “boom”, passando a estar em alta, como se diz, acontecendo um desenvolvimento rápido. Mas causando estrondo entre invejosos e aziados, entre quem não tinha a modalidade dentro de seus quadrantes clubísticos. Porque quer se queira quer não, em Portugal é o mundo dos clubes que move o desporto e é no âmbito e horizonte das preferências clubísticas que tudo gira. Com os dos clubes da capital a não gostarem que outros sejam melhores. É a verdade nua e crua.

Pois desde que começou a parceria da W52 com o FC Porto que a Equipa W52-FC Porto domina o ciclismo português, sem rival nas grandes competições. Daí que havia que tentar minar isso, ou combater dentro do que fosse possível aos opositores. Para mais porque o Benfica deixou de ter ciclismo e enquanto foi o único dos grandes com a modalidade, mesmo assim, não conseguiu chegar perto do palmarés do FC Porto, que era e é o clube desportivo português com mais vitórias em Portugal em provas importantes e de regularidade. E o Sporting deixou fugir a oportunidade de ter a parceria com a estrutura mais forte, depois de desencontros com Quintanilha, que apesar de ser conhecido como sportinguista até essa altura, foi tratado com desdém no clube leonino nesses contactos. Acrescendo que o Sporting se apressou a tentar contrariar o facto com sua associação à equipa histórica do Tavira, sem contudo ter tido sucesso em cima das bicicletas e no andamento pelas estradas. Culminando tudo com o que ocorreu através dos organismos internacionais, sendo por essa via conseguido fazer alguma coisa. Porque a realidade W52-FC Porto era e é um projeto a abater e a equipa W52-FC Porto algo que mexe com as invejas e azias dos adversários, desde dirigentes a público do contra, por assim dizer.

Assim sendo, foi injustamente vítima de tudo isso o ciclista espanhol Alarcón, a correr com inscrição em Portugal, nas suas participações pela W52-FC Porto, o qual apresentou recurso sobre a anterior decisão da UCI, mas cujo protesto não foi atendido nas instâncias do ciclismo, passado muito tempo, ficando por enquanto arredado de provas até outubro 2023, além de todos os resultados, entre 2015 e 2019, terem sido anulados, mas ainda não de forma definitiva. Para que assim, caso se concretize a vontade dos homens do poder do ciclismo oficial, o FC Porto perca esses resultados, obviamente, por decisão arbitrária de quem se colocou do lado dos opositores, é óbvio. Sendo estranho mesmo como demorou tanto tempo a decidir, o que demonstra que houve por ali muitas e opostas tomadas de posição e interferências. Porém ainda, repete-se, sem que haja uma decisão judicial definitiva.

O espanhol, que sempre clamou a sua inocência, recorrera ao TAS (Tribunal Arbitral du Sport), que agora ratificou a decisão do Tribunal Antidopagem da UCI, refutando, nomeadamente, a alegação de que "há vários fatores que afetam o volume do plasma e que influenciam os parâmetros hematológicos, que não estão relacionados com práticas dopantes".

Decisão então oficial de modo estranho, visto Alarcón nunca ter acusado positivo em todos os controlos efetuados nos finais das etapas, em todas as corridas em que participou e foi chamado para ser controlado. Algo que enfraquece a modalidade, que se revela atrita a influências de bastidores, de tal modo. Sendo que o passaporte biológico do atleta não mostra "qualquer anomalia", como "inadequação na preservação das amostras", "falha na cadeia de custódia" das amostras ou "ausência de qualificação" dos agentes antidoping que recolheram o sangue.

Desta forma Alarcón fica incluído, por ora, no número de ciclistas que perderam suas vitórias ns Volta a Portugal, dos quais o mais sonante foi Joaquim Agostinho, por duas vezes, mas esse e outros mesmo por doping. Ao contrário de agora.  

Com esta situação o Portista Amaro Antunes e o então ciclista do Sporting Joni Brandão, atualmente a vestir a camisola portista, foram oficiosamente 'promovidos' a vencedores das Voltas a Portugal correspondentes a 2017 e 2018, respetivamente. Numa decisão do TAS referente ao recurso do espanhol, datada de 28 de janeiro, com uma ideia de "muito certamente o uso de um método proibido, ou seja, transfusão sanguínea". Sem ser verdadeira, mas apenas hipotética. Como é explícito na palavra do texto, sabendo-se que em linguagem escorreita a palavra certamente condiz com possivelmente. Mais, conforme também aparece no texto oficial, a expressar que "O painel considera que o perfil [hematológico] do corredor evidencia uma grande possibilidade de manipulação sanguínea…” Ou seja, apenas possibilidade. Mas decidiram assim, sem certeza. Com que fins e a pedido de quem e do quê?

Assim, o painel do organismo de ciclismo da UCI rejeita o recurso do ciclista de 36 anos, confirmando a suspensão de quatro anos imposta pela UCI até 20 de outubro de 2023, e a anulação de todos os resultados desportivos do ex-corredor da W52-FC Porto entre 28 de julho de 2015, data do primeiro resultado 'adverso', e 21 de outubro de 2019, pelo que o espanhol 'perde' as duas Voltas a Portugal conquistadas. Alarcón foi suspenso pela UCI em 8 de maio de 2021, depois de já ter sido suspenso provisoriamente em 21 de outubro de 2019.

O espanhol, que sempre clamou a sua inocência, recorreu ao TAS, mas outros interesses se sobrepuseram, por ora. Mas ainda com possibilidades de reversão...

Isto leva a concluir como há muitos adversários a querer diminuir a equipa W52-fFC Porto, mas ao mesmo tempo a que todos os que se sentem se empertiguem mais, quer os ciclistas como toda a estrutura do FC Porto se sintam, porque quem não se sente não é boa gente. E a equipa W52-FC Porto continuará a ganhar.  


Nota: A notícia difundida ontém e hoje nalguns órgãos de comunicação social na prática ainda não corresponde à verdade. Houve entretanto um recurso para o tribunal cível, na Suíça, que decidirá por fim. Mas até lá nada é definitivo, neste caso.

Obs.: Curioso como certa comunicação social sabe que ainda há um recurso pendente e pode levar algum tempo mais, mas já estão a tentar colocar a situação de forma não verdadeira; ao mesmo tempo que dirigentes de orgãos com responsabilidades comentaram antecipadamente a despropósito.

A propósito, veja-se como no jornal A Bola o principal patrocinador e responsável desmascara o caso:

«TUDO ISTO NÃO PASSA DE UMA PALHAÇADA»

CICLISMO 12:13 - Por Fernando Emílio

« Em reação à notícia divulgada na quarta-feira por A BOLA sobre a ratificação, pelo Tribunal Arbitral do Desporto (Tribunal Arbitral du Sport - TAS), da suspensão de quatro anos aplicada pelo Tribunal Antidopagem da UCI ao espanhol c, com efeitos diretos nas classificações das voltas a Portugal de 2017 e 2018, bem como de outras competições, Adriano Quintanilha, responsável e patrocinador da equipa do ciclista, a W52-FC Porto, deu conta de que a decisão já foi contestada, tendo sido apresentado recurso num tribunal civil na Suíça.

«Por não concordarmos com a decisão do TAS, apresentámos, no dia 5 deste mês, e através de advogados espanhóis, recurso para o tribunal civil na Suíça, porque acreditamos nas palavras do corredor que afirma estar inocente. A primeira decisão que foi tomada pela UCI não nos surpreendeu, por sabermos como é que as coisas funcionam. É uma situação muito parecida com o que se passa em Portugal, onde não são divulgados os nomes dos ciclistas que se encontram suspensos preventivamente pela ADoP [Autoridade Antidopagem de Portugal]», deu conta, a A BOLA, Adriano Quintanilha. 

«O caso de Raul Alarcón tem contornos muito estranhos. Só em outubro de 2019 comunicaram que apresentava valores anormais no passaporte biológico referentes a 2017 e 2018. O ciclista não correu a Volta a Portugal de 2019 devido a queda no Grande Prémio Abimota e tomou medicamentos para as dores, porque fraturou a clavícula, mas tudo foi devidamente declarado. Nesse ano recebeu o vencimento por inteiro e em 2020 foi apoiado monetariamente e já existia um acordo para renovar para 2020 e 2021», precisou o empresário do setor do vestuário.

«É uma perseguição que estão a fazer ao ciclista e à equipa. Se não confiasse no Raul não estava a apoiá-lo e a gastar dinheiro em recursos. Só para este último pagámos cerca de 40 mil euros e iremos até às últimas consequências. Não preciso do ciclismo para nada, todos conhecem a minha vida profissional, sou pela verdade e pela honestidade, mas não tentem enganar-me. Tudo isto não passa de uma palhaçada, com alguns senhores sentados nos cadeirões e nós a pagar. Tenham vergonha e não levantem mais problemas», concluiu, crítico, o responsável pela W52-FC Porto, empenhado em fazer chegar o documento justificativo do recurso ao nosso jornal, bem como o nome da cidade em cujo tribunal civil foi apresentado, já que pela via desportiva o caso ficou encerrado.  »

Armando Pinto


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