Foi esta segunda-feira, 24 de outubro, tornado público que a
W52-F. C. Porto renunciou à intenção de se inscrever como equipa profissional para a próxima temporada de 2023. Apenas indo passar a competir no escalao de Sub-23 para a próxima temporada, embora com ideia de próximos projetos em anos seguintes.
W52-F. C. Porto renunciou à intenção de inscrever-se como
equipa continental para a próxima temporada, numa carta endereçada ao
presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) a que a comunicação social
teve acesso.
"Adriano Teixeira de Sousa, na qualidade de Presidente
da Direção da Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo (Quintanilha) na
sequência das pendências de processos que correm trâmites nas entidades
competentes, cujo tempo de decisão não é possível determinar e precavendo o
melhor benefício do próprio ciclismo, vem por este meio solicitar a Vossa
Excelência que não seja prosseguida a intenção de constituir a equipa
profissional continental W52-F. C. Porto 2023", lê-se na carta enviada a
Delmino Pereira.
Em 05 de outubro, um dia depois de sete ciclistas da W52-F.
C. Porto terem sido suspensos pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), a
FPC revelou ter adiado a decisão quanto à candidatura daquela estrutura ao
estatuto de equipa continental em 2023, depois de ter solicitado "novos
dados" à União Ciclista Internacional (UCI).
Assim sendo, à falta de resposta em tempo útil, visto com
esse atraso impedirem de ser planeada a época, apesar de a equipa portista estar
formada, mas sem haver certezas, naturalmente, de modo a poder ser assegurado o futuro
das carreiras dos ciclistas, não restou outra solução. Dando possibilidades aos
dois ciclistas portugueses de Elite que estavam apalavrados (Amaro Antunes e
António Carvalho) de ainda terem assim conseguido arranjar equipa (passando a
representar o Feirense). Enquanto os restantes, todos ciclistas promissores,
farão parte da equipa de Sub-23 da W52-FC Porto, como solução imediata para suas carreiras.
Conseguiram assim os adversários diretos eliminar a
concorrência superior, de modo a poderem ganhar também, a nível maior. E o ciclismo sofre rude golpe.
Deixando praticamente de ter interesse, à vista das equipas que não foram
investigadas poderem continuar… de tal forma.
Foi obviamente uma trama muito urdida por quem queria
afastar os que não davam jeito, não olhando a meios para atingir fins, para o
efeito. Então se os ciclistas da W52-FC Porto tiveram análises limpas, nunca acusaram doping?!
Obviamente depois, vendo o que estava a acontecer, tiveram de dizer como os responsáveis
queriam, para não terem penalizações mais alongadas e ainda poderem antever algo
de seu futuro, como quem diz prevendo o mal menor. E tanto assim foi e é que os 3 ciclistas que não aceitaram dizer como os responsáveis queriam, ou seja não aceitaram declarar-se culpados, injustamente, o que seria a faltar à verdade, continuando portanto a dizer-se inocentes, estão com os seus processos indefenidamente parados, sem resposta nem solução, para já, estando a perder de vista a continuidade de suas carreiras desportivas e seu modo de vida honesto.
Só falta agora e de futuro haver quem louve os antigos ciclistas que
no passado ganharam e perderam Voltas a Portugal por doping…! Mas também se aguardando melhores explicações,
oficiais, do já passado recente, com elucidações fundamentadas, e não só estórias da carochinha. Bem como algumas outras
tomadas de posição, a nível do próprio clube visado, o FC Porto, através da sua Direção, em modo oficial, pois não se pode
andar atrás do ciclismo só nas vitórias que dão azo a fotografias bonitas.
Por mim, falando pessoalmente, deixo de seguir o ciclismo a nível de seniores, os chamados profissionais de Elite, nessa modalidade
que volta a cair com os atuais dirigentes dos organismos oficiais. E qualquer
bom Portista deixa de seguir essa competição das bicicletas de corrida
clássica na categoria de profissionais, como qualquer firma que queira ter credibilidade deixa de confiar nos
resultados e não arriscará publicidade contraproducente. Pois, como se diz na
sabedoria popular, quem não se sente não é filho de boa gente. Sendo como se sabe, que as competições dos Sub-23 não costumam ter grandes atenções mediáticas, para não dizer que quase nem contam para notícias, ao menos.
Isto à vista de um adepto comum, na pureza da paixão clubista,
pela modalidade que fez serem Portistas muitos que passaram a sentir Portismo
pelos anos sessenta, como no caso pessoal, quando no futebol o FC Porto não
tinha hipóteses de lutar contra os clubes do regime e no ciclismo o esforço
físico sobre as bicicletas superava desportivamente os adversários copinhos de
leite e pastéis de nata.
O ciclismo cá para mim, afinal, para já e enquanto não se der o regresso duma equipa do FC Porto ao escalão de cima, fica em banho-maria como recordação de
tempos em que os melhores podiam vencer.
Armando Pinto
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