Nascido que foi a 19 de novembro de 1948, perfaz nesta data 74 anos de vida o “Leopoldo do Porto”, como era conhecido o sr. Leopoldo José Nogueira Amorim, antigo futebolista que teve a honra de ser Capitão da equipa principal do FC Porto.
Como homenagem de Parabéns, recorda-se aqui e agora um artigo feito quando o mesmo Leopoldo tinha 68 anos (em dezembro de 2016), a propósito duma coluna que lhe havia sido dedicada pelo Jornal de Notícias no suplemento dos sábados.
O FC Porto é um mundo apaixonante, bem como é amoroso o sortilégio do Natal e outros fascínios. Tal como é encantador quando o FC Porto cativa as paixões portistas, a bem dizer conforme na atualidade acontece depois da presente série de vitórias e fase atual de ataque goleador, mais defesa consistente, contando os jogos de baliza bem fechada e remates que dão golos.
Assim sendo, quando o FC Porto volta a ter apoio dos portistas habituados aos bons e maus momentos da coletividade, assim como no Natal é época de reunião familiar, vem a propósito lembrar um antigo futebolista que ficou na memória portista – Leopoldo Amorim. O simpático defesa Leopoldo, do tempo da primeira passagem de Pedroto a treinador do futebol sénior azul e branco das Antas. Aquele mesmo Leopoldo que entre a massa de apoiantes portistas era conhecido por Bacalhau, um apelido popular que se lhe tornou nome de guerra no mundo do futebol. Epíteto esse que vem a calhar para evocar o Leopoldo, em tempo de quadra natalícia e do fiel amigo da gastronomia portuguesa, quando o típico bacalhau é rei nas mesas da consoada.
Pois Leopoldo foi tema de uma rubrica semanal do Jornal de Notícias, sendo sobre ele no passado fim de semana a coluna dos sábados que no JN vem dentro do suplemento Ataque, no espaço intitulado Património Nacional, sob título “Um Bacalhau à moda de Pedroto“, incluindo legenda identificativa do “Leopoldo Amorim, antigo jogador do F. C. Porto”, em foto acompanhante.
Na pertinência presente… qual no piscar das luzes decorativas de Natal... é a preceito relembrar então Leopoldo, o popular Bacalhau, por sempre ter ficado associado a momentos que mexeram com a sensibilidade portista, aparecido então como um valor à parte.
Curiosamente, ao tempo em que Leopoldo evoluiu nos relvados com a camisola azul e branca, e mesmo depois, era desconhecido o porquê desse tal apelido com que normalmente o defesa portista foi conhecido. Até que no artigo de sábado, 10 Dezembro, em artigo desse espaço especial, o JN publicou a explicação do próprio, ao mesmo tempo que explanava quanto «Leopoldo Amorim recorda como o "Mestre" o convenceu a deixar um emprego numa empresa de tintas para jogar pelo F. C. Porto:
Aos 19 anos, a vida de Leopoldo Amorim parecia mais do que definida. Acabava de assinar contrato com o Amarante e ia conciliar o futebol com o trabalho numa empresa de tintas. Até que um homem lhe mudou a rota - esse mesmo, José Maria Pedroto. "Fui chamado para uma reunião nas Antas e disseram-me: "Vais ser profissional e ganhar dois contos e quinhentos por mês. Nem pensei em mais nada", recorda, salientando que, sem o "mestre", talvez nunca tivesse sido profissional.
Certo é que foi e que, logo ao primeiro jogo, envergou a braçadeira de capitão. "Só mais tarde o Pedroto me disse porquê. Na altura houve lá uns problemas, três jogadores foram suspensos e ele escolheu-me por eu não estar envolvido naquela história", conta.
Ora, em vez de o tranquilizar, o estatuto só lhe... aguçou os nervos. "O jogo até correu bem. Ganhámos 1-0 à CUF e eu estive bem, mas, nos primeiros dez minutos, andei perdido dentro de campo. Lembro-me que, antes do jogo, no balneário, o Pedroto disse-me para assobiar e eu nem isso conseguia", lembra o "Bacalhau", como um dia lhe chamou Djalma ("por ser muito magrinho", diz) e, num instante, todos os outros.
O nome ficou - e as memórias também. Como a do campeonato do segundo escalão conquistado pelo Varzim, ou da última época como atleta, ao serviço do V. Guimarães, antes de enveredar pela carreira de treinador. De tudo, sobra uma mágoa: a de nunca ter sido campeão pelos azuis e brancos.»
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Bilhete Pessoal / Passe curto:
- Nome: Leopoldo José Nogueira Amorim
- Naturalidade: Porto
- Data de Nascimento: 19/11/1948
- Clubes que representou: F. C. Porto, Varzim e V. Guimarães
- Principal título: um campeonato da antiga segunda divisão nacional (pelo Varzim)
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Recorde-se que Leopoldo, depois de ter passado pelos escalões de formação do Sport Progresso, ingressou ainda como júnior no Futebol Clube do Porto. Havendo-se estreado como sénior na equipa principal do FC Porto em plena temporada de 1968/69, na sequência do caso que levou ao desfecho do campeonato desse ano. Sem nada ter a ver com ele diretamente, mas ficando ligado a tal episódio por ter sido chamado a alinhar, como o próprio relembra.
Passados entretanto os anos já decorridos, o caso dá para recordar como na vida do FC Porto sempre houve e haverá de modo marcante momentos bons e menos bons, mesmo com pessoas que ficaram relacionadas com boas e menos boas ocasiões. E no caso calha bem para fazermos memória de Leopoldo, um simpático defesa que vimos com a camisola linda das duas listas azuis sobre fundo branco, como o azul das veias ressalta na candura dos sentimentos.
Posto isto, como evocação de sua carreira, desejamos assim no dia de seu aniversário que mantenha esta sua boa forma. Continuando por aqui na admiração deste Portista que de vez em quando, a título pessoal, vai tentando fazer alguma coisa pela Memória Portista.
Armando Pinto
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Um excelente atleta, um grande Homem, um grande Pai e mais do que cunhado, um irmão.
ResponderEliminarPode dar -me contacto da esposa do Leopoldo que se chama Mafalda. Fomos amigas em A. Fernão de Magalhães depois seguimos rumos diferentes e hoje gostava de voltar a contacta- lá. Obrigada. Cumprimentos
ResponderEliminarNão tenho o contacto. Mas pode ser que alguém, dos que lerem ainda, possam vir comentar e corresponder. Por vezes leva tempo, mas pode entretanto aparecer alguém que saiba.
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