terça-feira, 6 de maio de 2014

Alfa e Ómega dos Treinadores Portistas, no primeiro dia de Julen Lopetegui no FC Porto !


Já é conhecido o novo treinador principal do futebol portista, apresentado formalmente ao início da tarde desta terça-feira, sob auspícios do bom tempo ambiental de inícios de Maio. Antes ainda de terminar a presente época de fraca memória, embora prestes a findar, começando-se a preparar atempadamente um novo período do Dragão.


Foi pois Julen Lopetegui já apresentado como novo treinador do FC Porto. Haverá quem esperasse outra dimensão, no caso, diante dalguns nomes que andavam no ar das cogitações, bem como há quem fique desde já esperançado, confiando que Pinto da Costa sabe muito de futebol e tem hábito de ver os defeitos e descortinar virtudes. Mas, como se sabe, em futebol um treinador só será boa aposta se ganhar. Sendo necessário, para isso, que não se repitam erros e precipitações, porque na época ainda presente não faltou só ganhar, escasseou atitude capaz de levar às vitorias.


Ora o novo treinador é um espanhol que, apesar de ainda ter uma curta carreira como técnico de futebol, alcançou entretanto títulos internacionais ao serviço das seleções jovens de Espanha. Sendo na história um dos poucos treinadores espanhóis com assento no banco de comando do F C Porto, depois de Passarin em 1951/52 e Fernandez em 2003/04. O primeiro com passagem pouco marcante, enquanto o segundo, apesar de não ter conseguido um bom desempenho no campeonato português, ainda conseguiu vencer uma Supertaça nacional, diante do Benfica, e especialmente foi vencedor da Taça Intercontinental de 2004.

Enquanto isso, o novo técnico dos Dragões, Lopetegui, atualmente com 47 anos, iniciou a carreira de treinador em 2003, ao serviço do Rayo Vallecano, tendo ali permanecido um ano. Depois voltou a treinar em 2008, quando assumiu o comando técnico do Real Madrid B, escalão de formação do clube merengue no qual permaneceu uma temporada, vinculando-se  de seguida à Real Federação Espanhola de Futebol para treinar jovens promessas. Nessas funções, conquistou dois títulos europeus, o primeiro pelos sub-19, em 2011, e o segundo com a equipa de sub-21, em 2013.


Dado o pontapé de saída com a apresentação do novo treinador, esse jovem mas valoroso comandante de jogadores, com quem foi firmado compromisso para pelo menos três anos, é tempo agora de contar as armas. Contando também com a apetência deste novo treinador, cuja juventude se alia a alguma experiência, patente nos resultados que já obteve na vizinha Espanha, onde o futebol costuma ser para homens de barba rija, como soe dizer-se. Não sendo só o nome nem o currículo que levam ao sucesso vitorioso, mas o trabalho e saber, assim como a mentalização que conseguir incutir na equipa.

Assim sendo, feita a apresentação e aflorados seus antecessores de língua castelhana, entre alguns dos treinadores que passaram pelo F C Porto, é oportunidade de ligar o presente ao passado, por quanto isso reforça afinal os vasos comunicantes da seiva que alimenta o pulsar portista.


Julen é o atual treinador do F C Porto, na sucessão da prestigiada galeria de homens que orientaram as primeiras categorias, formações de honra e equipa principal do F C Porto, ao longo dos tempos. Considerando-se como Ómega, na cronologia, na derivada sucessão provinda desde o primeiro que teve a responsabilidade de dirigir a equipa portista, qual Alfa iniciador dessa missão....


Isso numa honrosa lista iniciada com Adolphe Cassaigne, primeiro treinador formal, mas não remunerado, o qual escalou as jogatanas de alguns dos pioneiros que, vestindo camisolas de listas azuis e brancas, disputavam renhidos prélios no campo da Rainha; tal qual o rol foi continuado com Akos Tezler, o primeiro treinador remunerado, que procurou formatar maior organização no empenho posto em campo, no terreno da Constituição...


Depois... seguiu-se a continuidade com Szabo e sucessores, mais tarde houve o famoso Siska, para, anos volvidos, ter surgido Yustrich, inesquecível homem do título de 1956 e outras conquistas ali por perto, não totalmente esquecido com Guttmann... Até que nos anos setentas se elevou José Maria Pedroto, ficando para a história como o Mestre. E daí para cá mais toda a extensa pauta de nomes vencedores dos mais variados títulos.


Como tal, rememorando alguns desses grandes treinadores que deixaram sua marca no F C Porto, relembramos algumas curiosidades por meio de imagens alusivas, ao longo deste trabalho evocativo.

Na esperança que Julen Lopetegui seja um digno sucessor de Pedroto e seus discípulos, aqui recordamos do tempo de José Pedroto o espaço de entrada para o departamento de futebol, nos baixos da bancada do estádio das Antas. Como quem deseja que volte o entusiasmo que a equipa originava por todo o Portismo latente, em torno do mundo azul e banco.


Ainda sem acabar a anterior temporada oficial, porque era preciso começar já a renovação e revitalização, teve então hoje início a nova época! Começando com a certeza que o presidente do F C Porto esta vivo, a dar azo à necessária união da família azul e branca.

Aí está Lopetegui, a quem auguramos a melhor sorte, quão será sinal de felicidade conjunta.  Como se viveu com Pedroto e os que souberam seguir suas pisadas...!


Conforme diz uma mensagem difundida por alguém com interligação entre a estrutura do clube e a massa adepta, agora há que ganhar novo ânimo coletivo, sabendo defender a nossa máxima, contra os nossos verdadeiros inimigos, no exterior.

Entretanto, o arranque do novo ciclo foi dado com uma intensiva atualização da realidade, através de devido enquadramento consubstanciado na visita ao museu do clube, que o novo treinador teve oportunidade de visitar e assim se vai inteirando da grandeza do F C Porto, tal qual foi conhecer o complexo dos campos de treinos, o Centro de Treinos e Formação do Olival, em Gaia, e o relvado do Dragão, no Porto; tudo numa volta de reconhecimento, no primeiro dia de Lopetegui, num novo dia do F C Porto.



(((  CLICAR sobre a seta do filme, para aceder às imagens.

E acima, nas fotos, CLICAR sobre as digitalizações, para ampliar )))

© Armando Pinto

2 comentários:

  1. Bom trabalho, caro Armando Pinto. Mas gora debatemo-nos com uma questão que vale o que vale, mas que não deixa de ter o seu interesse... histórico: já vi em certas páginas perdidas e amareladas pelo tempo o Adolphe Cassaigne ser considerado cidadão belga. Será?

    ResponderEliminar
  2. Viva sr. Vitor Queirós.
    Pois coloca-me uma questão cuja dúvida não sabia existir. Tudo o que conheço indica Adolph Cassaigne como francês, sendo assim referido por Rodrigues Teles, nas mais antigas notas históricas. Mas se há essas referências também antigas, fico igualmente na dúvida, como por vezes acontece em situações do género. Contudo, à falta de outras provas, e não havendo certezas, resta o considerarmos francês, segundo as indicações mais remotas.
    Tenho gostado muito das suas crónicas da revista Dragões, a qual desse modo tem surgido mais interessante e valorizada.
    Abraço.

    ResponderEliminar